Nesta quinta-feira, em café da manhã com jornalistas, Jair Bolsonaro mandou ver mais uma das suas. Dilma Rousseff vai acabar ficando para trás em matéria de confusão mental. Ele disse que o Brasil “não pode ser o país do turismo gay”.
As suas palavras: “Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. Agora, não pode ficar conhecido como paraíso do mundo gay aqui dentro”.
Na prática, Bolsonaro disse que turismo sexual é aceitável, desde que seja com objetivo heterossexual. Tem que ser coisa de macho. Como ele mesmo afirmou, “quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade”.
A questão não é de governo, na esfera da lei, dos costumes, do respeito à dignidade humana. É um problema pessoal psicológico, que aparenta ser grave. A fixação do presidente é coisa séria.
Ajudo na identificação de alguns observando que de costas estão o Iran e a Adélia. Mas podemos ver o Reinoldo Atem, a Lucélia Auriquio e a Maige… Quem arrisca? Foto de Araton Maravalhas. Toninho Vaz, ainda de Santa Teresa
Foi por causa dos raios de luz furando a persiana e sendo invadidos por partículas de poeira em suspensão. Li em romances policiais, vi em alguns filmes, procurei em muitos lugares até encontrar a sala ideal para isso. Um colchão no chão do quarto e um sofá velho no espaço da luz me bastavam. A hora certa para o meu prazer solitário era depois das cinco da tarde, aquela que os bons fotógrafos exploram. Ficava ali extasiado como se um novo milagre de Fátima estivesse acontecendo. Esticado no sofá de curvim verde musgo, às vezes me levantava e colocava a ponta do dedo indicador na facho daqueles. Até aquele dia. Quando os raios já estavam esmaecendo, surgiram dois olhos e uma sombra. Bela Lugosi como Drácula. O tiro foi certeiro. No meio da testa. Guardei o Colt. Coloquei a mochila nas costas e parti. Não há paz na Terra.
Poder, cotidiano, moda, celebridades, cultura, esporte. Eclética e incansável, a jornalista Mônica Bergamo, uma das mais bem informadas do Brasil, conta em primeira mão para o ouvinte da BandNews FM quais são as notícias mais recentes e importantes do dia, nas mais diferentes áreas. Mônica Bergamo comanda a coluna da página 2 da Ilustrada, da Folha de S.Paulo. Ela é repórter especial do jornal desde abril de 1999. Já teve passagens pela Band e pela editora Abril. Mônica destaca em sua coluna informações dos bastidores do poder, da moda e das celebridades.
A julgar pelos boletins noticiosos televisivos, o Brasil é um país constituído apenas de patifes. No jornal global de 1h20m da última segunda-feira, por exemplo, o cardápio foi farto e variado: construtores e vendedores de prédios que desmontam e soterram pessoas, vigaristas que cobram festas de formatura que não acontecem, infratores de trânsito de todos os naipes, falsificadores de atestados de saúde, raptora de bebê em maternidade… Tudo no mesmo dia. Nos outros, são assaltos, sequestros, balas perdidas, mortes nas estradas, assassinatos à luz do dia, explosões de agências bancárias, policiais que matam crianças… Ofertas constantes. Diárias. Com riqueza de detalhes que entristecem a população e atiçam meliantes em todo o território nacional.
Qual a vantagem disso tudo? Busca de audiência? O telespectador quer ver tragédia e sangue? Não creio. O que sei é que tais informações se prestam para causar medo e afundar ainda mais a autoestima do brasileiro, um povo já atormentado pela pobreza crescente, pela falta de emprego, de educação, de segurança e de assistência médico-hospitalar.
Não devia ser essa a função dos órgãos de comunicação social. Informar sim, mas só desgraças? Boas ações, condutas enaltecedoras, exemplos dignificantes não são mais notícias, não dão ibope? Triste, muito triste.
Fosse eu diretor de jornal ou de noticiários televisivos, assassinatos, violência e trambiques só seriam impressos ou só iriam para o ar excepcionalmente. O que adianta informar aos catarinenses que um transloucado marido paraibano matou a mulher? Ou que marginais explodiram uma agência bancária nos cafundós da Bahia?
O Brasil não é só o que se vê na TV. Com certeza, não é. Aqui, apesar dos governantes, se trabalha, se produz, se constrói. E ainda se sonha. Tirar o sonho da população deveria ser crime de lesa-pátria.
É preciso que nos afastemos desse triste submundo mostrado nos noticiários. É uma realidade que não nos interessa e não nos faz bem. Por favor, senhores repórteres e senhores editores, deixem-nos preservar os nossos sonhos e a nossa esperança, porque sem sonho e sem esperança não há futuro.
O meu saudoso Rubem Alves, que sabia das coisas, ensinava que povos e nações são construídos com sonhos. Dos sonhos nascem os guerreiros, a luta e a vitória.
Minha geração contabiliza o crédito de bons momentos de luta e glória. Viveu os anos dourados de JK, da bossa-nova e das primeiras conquistas mundiais nos esportes, e enfrentou como pode os anos de chumbo da ditadura militar, que castrou talentos e sufocou a liberdade. Por isso, não pode aceitar com naturalidade os bandidos e os falcatrueiros mostrados hoje pela televisão.
Se a criminalidade perdeu a lógica e as autoridades perderam a autoridade, a sociedade deve reagir. A começar protestando contra a atuação dos noticiários televisivos, que ao divulgarem com tanto fervor e riqueza de detalhes a violência e a prática delituosa, acabam por incentivá-las.
Quando a funesta ladainha começar, ainda que ditada pela bonita e competente Sandra Annemberg, desligue o televisor ou mude de canal, prezado telespectador.
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