Ayrton Baptista, adeus

A pior notícia que eu já transmiti: o falecimento do meu pai.
……….

Morreu em Curitiba, neste sábado (23), o jornalista Ayrton Luiz Baptista, de 85 anos, vítima de câncer no pulmão.

Curitibano, nascido em 1933, Ayrton foi presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná por três mandatos (1970/ 1979) e da Federação Nacional dos Jornalistas (1977/1980).

Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), atuou como professor do curso de Comunicação Social-Jornalismo. No governo do Paraná, ocupou o cargo de Secretário de Imprensa nos governos Haroldo Leon Peres (1971) e Pedro Viriato Parigot de Souza (1971/1973).

Inciou a carreira em 1955 no Diário do Paraná, onde ocupou várias funções, incluindo a de secretário de redação. Como colunista político, escreveu para diversos veículos paranaenses, como Tribuna do Paraná, Diário Indústria e Comércio, O Paraná, Umuarama Ilustrado, Diário do Noroeste (Paranavai), Metrópole (São José dos Pinhais), Tribuna do Vale (Santo Antônio da Platina) e Paraná Shop, entre outros.

O jornalista também comandou a AB Comunicação, escritório de assessoria de imprensa que distribuiu o AB Noticias, boletim que valorizou vários aspectos da vida paranaense, como administração, cidadania e cultura.

Parte da história do jornalista está contada na biografia “Quase Só Jornal”, lançada em 2009.

Deixa mulher, três filhos e três netos. O velório acontece no Salão Ecumênico da Assembleia Legislativa do Paraná, neste domingo, a partir de 9 horas. Sepultamento às 17 horas no Cemitério Parque Iguaçu.

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Rafael, Álvaro e Hamlet

Ao mudar tantas vezes de partido, o prefeito Rafael Greca revela que tem mais coisas em comum com o senador Álvaro Dias do que “sonhava nossa vã filosofia”.

A “vã filosofia” vem de Shakespeare, dita pelo bibliotecário, de saco cheio, quando o príncipe Hamlet revira olhos e mãos e declama o “ser ou não ser, eis a questão”.

É o caso dos três. A diferença está em que o príncipe inglês morreu sem saber o que era. Quanto a nossos príncipes, eles sabem e a gente também sabe o que são.

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Fraga

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Bolsonaro: errando no governo com o que deu certo em campanha

O governo de Jair Bolsonaro vem sendo vítima de consequências típicas de quem vence uma eleição de forma extraordinária. Na avaliação da sua vitória parece que deixaram de lado casualidades determinantes durante a campanha, a começar das facadas de Adélio. O atentado fortaleceu o mito e ainda criou uma justificativa para Bolsonaro se retirar de cena, evitando mostrar-se integralmente dessa forma que os brasileiros só estão vendo agora: uma figura que causa vergonha alheia até em quem já foi seu fã.

Imaginem este sujeito sem noção que aí está, sendo obrigado a se expor dando entrevistas e tendo que participar de debates. Mesmo amparado na respeitabilidade do cargo de presidente, Bolsonaro perdeu rápido a confiança de uma parcela enorme de brasileiros. Também não consegue se impor como líder, em grande parte porque tem uma dificuldade enorme de se expressar até em questões muito simples. E ao contrário do que se pensava, falta-lhe carisma e capacidade de cria empatia.

Outro erro de avaliação grave foi o de achar que sua vitória se deveu a uma genial ação de comunicação digital. E não foi bem assim. No segundo turno sua comunicação não teve que encarar nenhuma grande dificuldade. Enfrentaram um adversário obrigado a atuar na defensiva e que não teve capacidade de ganhar aliados nem no desfecho da eleição. Por isso, seguiram do mesmo modo do primeiro turno, na linha bolsonarista de desinformação e ataques violentos.

Mas acabou ficando o mito de que ganharam pela capacidade de comunicação, uma fama que está criando sérios problemas agora, na hora de governar. Essa ilusão da campanha fez muita gente acreditar que Carlos Bolsonaro é um bamba no negócio. E não é fácil desfazer o equívoco. Foi ele que sempre cuidou  da comunicação digital do pai, cuja eleição acabou referendando seu talento pra coisa. Como as casualidades estão sempre fora da análise da vitória, Carlos acabou sendo superestimado e ganhou uma influência no governo que está muito além, mas bem acima mesmo, da sua real capacidade política e profissional.

O que vem sendo feito em comunicação é tão errado que nem há o que consertar. Seria preciso jogar tudo fora e fazer algo totalmente diferente. E isso também não será fácil de conduzir, pois a comunicação comandada pelo assim chamado Carluxo cumpriu pelo menos uma de suas metas, concluindo a tarefa de criar um perfil político para a militância governista. É uma militância agressiva, que busca se impor não pelo debate e o convencimento, mas com desdém pelo que o outro diz, com agressão e o ataque cerrado a qualquer um que ouse fazer o mínimo reparo ao que acontece no governo.

Essa militância cabeça-dura já causou muito estrago nesses quase três meses de governo. Afastam inclusive simpatizantes, criando uma profunda rejeição entre a imprensa e causando encrenca até com o Judiciário. O descontentamento atinge até a base aliada do governo no Congresso Nacional, com o afastamento de deputados que já estavam prontos a aderir ao governo, para isso bastando que houvesse articulação política. Foi seguindo o modelo da campanha que as falanges digitais passaram a mirar raivosamente parlamentares, jornalistas e quem mais estivesse pela frente. É o que o Carluxo sabe fazer. E só poderia ter dado certo se o governo do pai dele contasse com tantas casualidades favoráveis como aconteceram para que ele se elegesse.

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© Nicole Tran Ba Vang

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Sharon Stone. © TaxiDriver

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O processo penal espetacular

No Brasil criaram-se as peças processuais espetaculares.

As filmagens, as divulgações das gravações dos depoimentos passaram a integrar o processo penal, ou seja, a soma das peças processuais mais as notícias da mídia.

Petições, termos de perícias, despachos, sentenças, reportagens espetaculares e até entrevistas de juízes fazem parte deste novo processo penal.

Uma coisa é o processo penal em si mesmo, um meio legal para um fim, absolvição ou condenação. Outra coisa é o espetáculo, a notícia, a charge, as críticas, o escárnio público, o drama, as entrevistas e as opiniões – com opiniões e fundamentos provisórios.

Alguns podem argumentar: “É um homem público, tudo deve ser divulgado”. Certíssimo.

Mas se tudo compõe o processo, há uma contradição fundamental: a pessoa pode ser absolvida na esfera penal e condenada pela mídia e pela opinião pública, mídia que, aliás, é formada por cinco impérios da comunicação, um belo oligopólio jamais visto nos países civilizados.

A mídia em diversos países da União Europeia tem, no mínimo, três opiniões diferentes. Todos falam e reciprocamente se contrapõem. Ganha o telespectador que enxerga vários pontos de vista.

Determinado programa espanhol possui cinco jornalistas polêmicos. Depois de ouvir as diversas opiniões, conclui-se que cada uma guarda alguma verdade nas versões sobre os fatos.

Hoje, no Brasil, o juiz dá entrevistas, e compromete-se antes mesmo da sentença final do processo. Em poucas palavras, pré-julga a causa junto com a mídia. Não mantém o recato nem a discrição que são fundamentais para o mister de julgar.

A imprensa é avisada pelas autoridades, buscam-se os melhores ângulos e criam-se vilões e heróis nacionais.

Altas autoridades do Estado e alguns segmentos das elites estão na mira de várias operações. Bravo, bravíssimo! Tem-se a sensação de que, agora sim, a justiça funciona para todos, estamos numa democracia, a mídia delira, o processo penal se expande.

Outrora, o juiz falava apenas nos autos e os advogados não podiam opinar sobre autos que desconheciam. Os estatutos legais proíbem tais condutas. Quem liga para isto?

Todo Poder Judiciário está realmente julgando todos os corruptos – e das investigações não escapa ninguém? Ou há um cenário novelístico à caça de alguns personagens, politicamente escolhidos, para nos dar a sensação de que nenhum poderoso se livra da Justiça e da mídia, impiedosas e justiceiras?

A justiça penal brasileira precisa acertar as contas com as elites corruptas. Esta conta ainda não foi paga historicamente.

Há procedimentos constitucionais que estão sendo atropelados, mas ninguém se importa, inclusive alguns tribunais que flexibilizam princípios. Séculos de corrupção não podem esperar.

Processos lentos levam à impunidade da prescrição, a maioria escapa por este caminho, recursos e mais recursos, daí o motivo de o show continuar.

A condenação pela mídia ao menos dá a sensação de que houve alguma punição, a da execração pública, da prisão espetáculo.

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Deixar um comentário
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Reflexões sobre um voto a mais

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A língua estrangulada

Um absurdo de siglas nos obriga a piruetas mentais para saber qual é o quê

Sempre acreditei que um texto, para ser “bem escrito”, deveria ser conciso, claro e verdadeiro. O problema é quando a concisão compromete a clareza. As siglas, por exemplo. Nada mais conciso do que elas. Mas serão claras? Só se você souber previamente o que significam. Um absurdo de siglas circula hoje alegremente pela língua —nem sempre identificadas entre parênteses—, o que nos obriga a piruetas mentais para saber qual é o quê. Como é impossível saber todas, a sigla é a língua estrangulada.

Duvida? Tente decifrar algumas das seguintes:

PF, CEF, CEP, CPF, CBF, STF, ICMS, ISS, INSS, SMS, SSP, BNDES, GPS, CTPS, FGTS, R$, RSRSRS.
AABB, BB, BC, BBC, BMW, BR, BRT, VLT, IOF, IML, Ipea, Inpi, IPTU, IPVA, TRE, TRU, TRF, TSE, TCE, TCU, TSE, TST, SUS, Sesc, Sesi, Senac.

Fiesp, Fierj, Iuperj, Faperj, Fapesp, Procon, Conab, Contran, Cetran, Detran, Secom, Sudam, Sudene, Enem, Ibama, Funai, Finep, Anatel, Ancine, Anac, Aids, Inca, Incra, Anvisa, Fepasa, Dataprev.

CCJ, CNPq, CNPJ, SBPC, CNI, CVM, PDF, DDD, DDI, CD, DVD, PGR, PGU, CGU, ANPR.

TOC, MEC, PEC, CUT, COB, COI, PIB, PIS, Pasep, Opep, DOU, DOC, Darf, UPP, UPA, USP, DPU, MPU, MMA, MME, MinC.

PM, IBM, TPM, TCM, STJ, STM, MP, MPF, APP, PPP, APTO, ECT, INL, ESG, EBC, FAB, Samu, Cade, SPC, HTTP, WWW.

NBA, NBB, BBB, MPB, CCBB, CNBB, CBN, CNH, FNM, CPI, IPM, Bope, Ibope.

RG, IBGE, JB, BH, FGV, UFC, Uerj, UFRJ, GIG, CHG, SDU, IGU, FHC, HIV, PhD, LGBT.

CIA, FBI, Unesco, OAB, ABI, OEA, Otan, OCDE, OMC, OMS, ONG, ONU, BID, FAO, Fifa, Faap e Coaf. 
DEM, MDB, PDT, PCB, PC do B, PCO, PEN, PHS, PMB, PMN, PP, PPL, PPS, PR, PRB, Pros, PRTB, PSB, PSC, PSD, PSDB, PSDC, PSL, PSOL, PSTU, PT, PT do B, PTC, PTS, PV, SD.

Etc.

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Elas

meu-tipo-inesquecível-nina-charlotteCharlotte Gainsbourg. Por todos os filmes que fez e por ser filha de Jane Birkin e Serge Gainsboug. © Reuters

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Segurança máxima

Dois presidentes presos, não dá mais para esperar, o Brasil precisa urgente de penitenciária para essa categoria prisional. Presídio de segurança máxima, que esses caras são perigosos. Tipo aquele onde mofou o Conde de Monte Cristo. De preferência na ilha da Trindade, a mais remota do Brasil, tão longe que um salvo-conduto de Gilmar Mendes leva dois dias para chegar pela internet.

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