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Morre a ilustradora Mariza Dias Costa, aos 66 anos
A ilustradora Mariza Dias Costa morreu nessa quinta-feira (28), por volta da meia-noite, aos 66 anos. De acordo com o amigo e também ilustrador Orlando Pedroso, ela passou mal enquanto estava na rua e chegou a ser socorrida pelo Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) e levada ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu.
A causa da morte ainda não foi identificada.
Nascida em 1962 na Guatemala, filha de diplomata, seus desenhos estamparam as colunas de Paulo Francis no “Diário da Corte” de 1978 a 1990, e do psicanalista Contardo Calligaris desde 1999, publicada às quintas na Folha.
Seus trabalhos retratando figuras disformes são considerados inovadores na imprensa brasileira, mesclando ao tradicional nanquim a técnicas como o xerox para reproduzir texturas de tecidos, guardanapos e outros objetos.
“Para mim a ilustração editorial brasileira se divide em AM/DM, antes e depois de Mariza”, escreveu Pedroso na introdução de “…E Depois a Maluca Sou Eu!”, retrospectiva de desenhos da artista publicada em 2013.
Semigolpe, musa plena
Tirando o estrago que fez naquele rostinho de menina mal saída da roça, Gleisi volta, a atirar a esmo nos exmos. Uma gamine, diriam dela os franceses. Quando fala, Gleisi não pensa; quando pensa, é sempre em outra coisa. E ao falar, atiça-nos com o ciciar da língua nos dentinhos frontais, incisivos e caninos, ainda no volume da primeira infância. Ah, os dentinhos…
Voltou para dizer que tirar Jair Bolsonaro agora é ação “semigolpista”. Que diabo é um semigolpe, mulher? (Rejeito a primeira chulice masculina que vem à cabeça.) Semigolpe foi o que derrubou Dilma? Isso é coisa do Jim Jones de Garanhuns, o Oráculo de Santa Cândida, com o pragmatismo leninista aprendido de Zé Dirceu: derrubar Bolsonaro legitima o golpe contra Dilma. Ponto final.
Gleisi elabora: é jogada de quem elegeu Bolsonaro com fake news, prisão de Lula, golpe contra Dilma. Essa malta só pensa naquilo: nas reformas, empacadas na câmara dos deputados. Simples, pristina, virginal, a cabeça de Gleisi. Essa mulher está me consumindo com essa cabecinha infantil. De consolo, ouço Lupicínio, “você sabe o que é ter um amor, meu senhor, ter loucura por uma mulher”. Gleisi me leva à loucura.
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
Com a tag Gleisi Hoffmann, joice hasselmann
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Playboy – Anos 50
Poema do Aviso Final
É preciso que haja alguma coisa
alimentando o meu povo;
uma vontade
uma certeza
uma qualquer esperança.
É preciso que alguma coisa atraia
a vida
ou tudo será posto de lado
e na procura da vida
a morte virá na frente
a abrirá caminhos.
É preciso que haja algum respeito,
ao menos um esboço
ou a dignidade humana se afirmará
a machadadas.
Torquato Neto
O valor de ‘pi’
Só ele pode nos ajudar a calcular o volume da corrupção no Brasil
Uma notícia de jornal trouxe-me à memória um fantasma da adolescência: “pi”. “Pi”, para quem não sabe, tem a ver com matemática. É a resultante da razão entre a circunferência e o diâmetro de um círculo. Não sei o que isso significa —apenas copiei a descrição do jornal. Durante toda a vida escolar, fui atormentado por “pi”. Quando o professor tirava o giz do bolso do guarda-pó, enchia o quadro com números e falava em “pi”, eu já sabia que aquilo logo me renderia um zero.
“Pi”, com esse nome de esquilo de desenho animado, é um desafio para os matemáticos. Desde o grego Arquimedes, eles vêm travando sangrentas batalhas entre si, fazendo cálculos para determinar o valor do bicho. Um “pi” simples vale 3,14 —não me pergunte de quê. Mas, há milênios, esse número tem sido acrescido de decimais, a tal ponto que, pelos cálculos do suíço Peter Trüb, em 2016, “pi” já estava em 22,4 trilhões de dígitos —nem a inflação na Venezuela chegou a tanto. Agora, a japonesa Emma Haruka Iwao acaba de estabelecer um novo valor: 31,4 trilhões de dígitos.
E como ela chegou a isto? Operando, durante 121 dias, 25 computadores, que processaram 170 terabytes de dados. Um terabyte, para se ter ideia, armazena 200 mil músicas. Pois tente imaginar 31,4 trilhões de dígitos.
Devíamos chamar Emma ao Brasil. Só ela, usando sua intimidade com “pi”, poderia ajudar a Lava Jato a calcular o total de dinheiro movimentado pela corrupção nos últimos 30 anos, envolvendo governantes, burocratas, empresários, políticos e partidos. Deve estar em níveis de “pi”.
Quando nos damos conta da naturalidade com que temos ouvido falar em milhões ou bilhões de reais roubados, e não distinguimos mais uns dos outros, é porque já nos tornamos cínicos ou indiferentes. E por que não? Afinal, como disse o juiz Ivan Athiê, aquele que soltou Michel Temer outro dia, “propina não é crime —é gorjeta”.
Publicado em Ruy Castro - Folha de São Paulo
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Zé da Silva
Colocaram a balança digital no banheiro. Não pedi. Me olho de frente no espelho para fazer a pança sumir. Odeio fotos por causa disso. Meu perfil é uma vírgula grávida. Olha a corcunda! Lon Chaney eu te amo, principalmente quando pendurado na Notre Dame. Pois eu subi na plataforma depois de vários dias temendo o resultado naqueles números. Milagre! Acho que o medo me fez fechar a boca. Aí a coisa, pra variar, virou nóia. Me ensinaram que o peso correto é o da manhã, depois que se esvazia a bexiga daquele líquido que o presidente divulgou ao ser utilizado como líquido de ouro em cabeça alheia. Sete quilos desapareceram. Sempre confiro antes de dormir. Mas ao lembrar da imagem antiga numa praia deserta, sunguinha diminuta e pose de artista, os números caem como bigorna na alma: 35 quilos a menos. Dormi pensando nisso e acordei com a certeza de que era magro e não sabia.
Publicado em Roberto José da Silva - Zé Beto
Com a tag roberto josé da silva
Comentários desativados em Zé da Silva
Mural da História
Kombi
Domingos Oliveira, para mim, é e sempre será o antônimo da morte
Sonhei que estava no banco do meio da antiga Kombi do meu pai, cercada por ruidosos atores do Teatro Oficina. Ao dobrar uma esquina, o carro parava, alguém abria a porta e Jair Bolsonaro pedia carona, ao lado de Michelle e o filho caçula do presidente —o que passou o rodo nas meninas do condomínio Vivendas da Barra.
Nem em sonho a mistura do Oficina com o Messias parecia lógica. Espremida entre a primeira-dama e uma atriz de vanguarda vestida de preto fatal, eu arriscava a pergunta: “Jair, o que é que você está fazendo nessa kombi?!”.
Recém-chegado da viagem aos Estados Unidos, o presidente precisava chegar o quanto antes ao Congresso, onde a votação de uma pauta importante o aguardava. Seguíamos aboletados, como se o convívio e o destino comum fossem possíveis.
Apesar do desejo onírico, não há como conciliar minha infância nas coxias de teatro com as novas diretrizes éticas e morais que, hoje, controlam o Brasil.
Caso tivesse ocorrido naquele dia, tenho certeza, o choque com a morte de Domingos Oliveira o teria colocado ao volante da minha Kombi sem direção.
Toda memória se assemelha a um sonho.
Conheci Domingos criança, na casa dos meus pais. Me lembro do estranhamento de vê-lo na sala, com as pernas finas metidas numa bota de cano alto até o joelho, o tronco curto coberto por uma
camisa bufante e a cabeça adornada por uma cabeleira farta. Era uma mistura de poeta do século 19, pirata e hippie de butique.
Domingos disparava máximas com a sofreguidão de um romântico. Apesar da paixão incondicional pelas mulheres, pelos amigos, pela arte e pela vida, era um homem racional. Na sua escala de valores, nunca houve revolução, causa ou luta de classe que se comparasse, em importância, aos sentimentos, ao amor e à amizade.
Numa era brutal como a que atravessamos, na qual a radicalidade dos anos de chumbo retorna tosca e rastaquera, perigosa e oportunista, o legado de Domingos pode ser lido, mais uma vez, como frivolidade burguesa. Mas não.
Para os que amaram “Todas as Mulheres do Mundo” e “Edu Coração de Ouro”; para os que, como eu, estrearam com ele na adolescência e estiveram diante de Domingos numa sala de ensaio; para os que admiraram o profundo conhecimento que esse artista inatual tinha da dramaturgia e a maneira suicida com que transformava seu cotidiano em drama; para os que, como Caio Blat e Pedro Cardoso, o encarnaram na ficção; para os que assistiram ao velho Domingos revisitar sua juventude no maravilhoso “Barata Ribeiro 716”; para todos os que o amaram e festejaram, resta a certeza de que, em momentos tristes como os de agora, só nos resta ser gauches.
“Quando nasci, um anjo torto/ desses que vivem na sombra/ disse: Vai, Domingos! ser gauche na vida./ As casas espiam os homens/ que correm atrás de mulheres./ A tarde talvez fosse azul,/ não houvesse tantos desejos./ O bonde passa cheio de pernas:/ pernas brancas pretas amarelas./ Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.”
Há um ano, ele me disse que os remédios do Parkinson provocavam alucinações tétricas nele. Era comum que acordasse cercado de estranhos no quarto, sentados na cama, ou o observando do armário. E lhe vinha um medo que em nada correspondia àquilo que era.
Nas últimas semanas, no entanto, o pânico arrefeceu. Estava jogando dados com a neta, quando a pressão caiu e, sem agonia, ele partiu. Uma cortesia dada pela natureza, diz o próprio, num vídeo premonitório que corre à solta na internet, aos homens lúcidos que optaram pela vida.
Domingos é e sempre será, para mim, o antônimo da morte.
Publicado em Fernanda Torres - Folha de São Paulo
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A comemoração oficial do 31 de março de 1964
A ação do governo é oficial na comemoração da referida data, o dano a outrem caracteriza-se pela dor moral das vítimas e seus familiares que comprovadamente sofreram sequelas decorrentes daquele período, tais como, sequestros, torturas, assassinatos, exílio, adoções forçadas e sob sigilo, censura e toda sorte de mazelas que a história oficial registra, por meio de documentos oficiais do Estado brasileiro, tais como, os relatórios da comissão da verdade dentre outros documentos históricos e reconhecidamente verdadeiros.
Por sua vez, a Constituição garante que são invioláveis a honra e a imagem das pessoas, assegurando a indenização por dano moral à indenização.
No plano internacional, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário, garante que toda pessoa tem o direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral.
E ainda, o nosso Código Civil prevê que quem por ação causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito, fato que garante a sua respectiva indenização.
Dos países da América Latina, o único que ainda não acertou as contas históricas com a Ditadura é o Brasil.
Para exemplificar, Chile, Argentina, Uruguai e até o Paraguai além de anularem as leis das Anistias, por considera-las inconstitucionais, reescreveram os livros de história, em favor da verdade histórica e do não esquecimento daqueles períodos que acometeram aqueles países.
O balanço histórico que pretendem fazer com a ditadura brasileira equivale a dizer que o Nazismo, o Franquismo, o Salazarismo e o Stalinismo, tiveram pontos mais positivos que negativos, respectivamente, na Alemanha, na Espanha, em Portugal e na Rússia. Nenhum país comemora ditaduras ou períodos de exceção, apenas os que se encontram nestes regimes. O Brasil caminha para isto?
A aludida comemoração traduz um elogio oficial às profundas mazelas humanas que foram cometidas a partir daquele período, coisa que o atual presidente enaltece em seus discursos.
A frágil democracia brasileira ainda possui mecanismos constitucionais e legais para que as pessoas que se sintam abaladas em seus sentimentos e na intimidade das suas memórias familiares, possam ajuizar ações para pleitear indenizações quanto a esta festa oficial.
Desenvolver a cultura da participação democrática e de um estado justo é a melhor agenda para os países que pretendem sair do subdesenvolvimento econômico e do neocolonialismo global do século XXI.
Publicado em Claudio Henrique de Castro
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