Olavo de Carvalho e a caravana bolsonarista para a China comunista

O comunismo internacional já anda dividindo a direita brasileira. O tal do sistema chinês de identificação que deputados bolsonaristas foram conhecer na China, com toda mordomia paga pelo governo comunista chinês, causou encrenca na troupe de Olavo de Carvalho. O guru ficou encrespado com a notícia e aproveitou para fazer um vídeo dizendo que se fosse guru de fato do governo Bolsonaro coisas desse tipo não aconteceriam.

Não vou dizer que é um puxão de orelhas no presidente Jair Bolsonaro, mas como o velho professor é de pavio curto pode ser o sinal de cansaço com as besteiras que já explodiram em menos de um mês de governo. Sou mais novo que o intrépido ativista da Virgínia, mas eu aconselharia muita maracujina, que eu nem sei se ainda existe, mas pode ser algum genérico. Seguramente, muito mais besteiras virão.

Bem, nem precisa ser um filósofo genial para saber que é uma furada embarcar na popularidade de uma figura como Bolsonaro, sem doutrina, partido ou qualquer outra estrutura organizada, levando atrás de si uma carrada de eleitos com a mesma falta de tudo, mas com a ambição de se dar bem na vida, com o menor esforço possível, por meio da política. Mas Olavo acha que sempre tem razão. E se estrepou.

No vídeo divulgado por Olavo nas redes sociais a parte mais engraçada é a de um homem já de avançada idade e que se gaba sem parar da própria inteligência, desta vez fazendo papel de adolescente ameaçando ficar de mal da deputada Carla Zambelli se ela não desistir dessa caravana abilolada. Ele garante que ajudou muito a deputada antes de ela ser eleita.

Zambelli não voltou atrás, é claro. A deputada inclusive já mandou de um hotel na China um vídeo criticando pesadamente o guru da Virgínia, dizendo que ao contrário de quem fica criticando e vive há anos no exterior, ela mora no Brasil. Como se vê, o debate entra na esfera do nacionalismo exacerbado, muito próprio da direita.

Esses comunistas não são fáceis. Não quero amendrontar ninguém com conspirações, mas é capaz de Olavo de Carvalho já ter entrado no radar do tal sistema chinês de identificacão.

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Katrafina. © IShotMyself

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A demissão absurda do mestre Luiz Geraldo Mazza da rádio CBN

A demissão do mestre Luiz Geraldo Mazza da rádio CBN Curitiba, onde era comentarista desde 1995, é mais uma prova de que os novos tempos são de imbecilidade e de arrogância – que não escondem a burrice.

O jornalista de 88 anos e quase 70 de profissão sempre foi um sábio que, na província, nunca se curvou aos que se acham poderosos por conta de cargos e fortuna. Memória viva da história política do Paraná, ferino na medida exata dos que têm conhecimento, sabem questionar e desnudam os enganadores, Mazza sempre foi um farol a orientar com sabedoria quem quis seguir os passos de um jornalismo crítico e longe da bajulação que é comum por aqui. Demitir alguém assim á assinar atestado de incompetência, é virar as costas para os ouvintes que procuram informação e análise correta dos fatos dentro de um contexto histórico. Isso sem dizer que fica no ar a suspeita de outro motivo para tal barbaridade: o servilismo com fins nada nobres.

Segue a nota do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Paraná a respeito da demissão:

Nota de Solidariedade

Prestes a fazer 88 anos, sendo 68 deles dedicados à profissão que escolheu, o jornalista Luiz Geraldo Mazza foi demitido nessa semana da CBN Curitiba. Ele era desde 1995 o principal comentarista da emissora. Tem, inclusive, uma sala que leva seu nome na sede da rádio.

Mazza foi comunicado da decisão na última quarta-feira (16), pelo diretor do núcleo de rádios do Grupo J.Malucelli, Nilson Rosa. No dia seguinte, deixou os microfones e o estúdio, para surpresa e decepção dos colegas.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) não conseguiu contato com o executivo nessa sexta-feira (18), para questioná-lo sobre quais seriam as justificativas do desligamento.

Referência para diferentes gerações de repórteres, produtores e editores, o homem de sobrancelhas avantajadas, voz marcante e sorriso farto é considerado por muitos “a memória viva do Jornalismo e da política paranaense”.

Mazza é membro da Academia Paranaense de Letras e assina uma coluna diária no jornal Folha de Londrina, onde começou a escrever em 1970, em plena Ditadura Militar. Ele e o saudoso Edésio Passos que lideraram a primeira e mais emblemática greve da categoria no Paraná, em 1963. Os três dias de paralisação resultaram num reajuste salarial de 75%, além de cláusulas importantes para a convenção coletiva.

O SindijorPR manifesta sua solidariedade ao jornalista, a seus familiares, amigos, colegas e ouvintes. Vida longa ao Mazza e a todos aqueles que verdadeiramente reconhecem a importância de sua trajetória.

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© Jose Marafona

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Faça propaganda e não reclame!

© Jorge Bispo

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Apenas um ludíbrio

Antes mesmo de nascer, Brasília já estava sendo vendida

Quando vejo a Granja do Torto na televisão, ocupada por este ou aquele presidente —seus principais moradores, até hoje, foram João Goulart (1961-1964), João Baptista Figueiredo (1979-1985), Lula (2003-2010) e, agora, Jair Bolsonaro—, fico me perguntando como seria se a criação de Brasília não tivesse sido marcada, já então, por tretas, mutretas, fraudes, engodos e ludíbrios. Talvez eu não estivesse aqui, escravo do teclado. Estaria em Brasília, rico, aposentado e, quem sabe, de tornozeleira.   

Em 1956, assim que Juscelino Kubitschek anunciou a mudança da capital, do Rio para o Planalto Central, tudo passou a girar em torno de Brasília. Falavam-se maravilhas do projeto de Lucio Costa —ainda não se sabia que seria uma cidade sem ruas, sem esquinas e sem cidadãos andando a pé— e dos prédios de Oscar Niemeyer, embora, depois de prontos, eles lembrassem conjuntos habitacionais.

O fato é que, a partir dali, milhares de corretores começaram a varejar o país vendendo lotes na nova capital. Era uma oportunidade única. Imagine, um terreno perto do Plano Piloto, acessado por um eixo monumental, à beira de um lago e a dez minutos do Palácio da Alvorada!

Foi o que um deles ofereceu a meu pai, estendendo sobre a mesa um enorme mapa de papel encerado, cheio de quadradinhos amarelos. Era só decidir quantos lotes queria, dar uma entrada e receber a escritura ao fim de quatro ou cinco prestações. E assim se fez. Meu pai escolheu os quadradinhos e, meses depois, tornou-se um feliz proprietário na futura Brasília.

Brasília ficou pronta, foi inaugurada, posta para funcionar e, por um motivo ou outro, só alguns anos depois o velho se lembrou de ir lá para vistoriar sua propriedade. Mas nem chegou a comprar a passagem. Um exame do mapa constatou que o terreno que o “corretor” lhe vendera já estava ocupado. Era a residência oficial da Granja do Torto. 

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Terapia ocupacional

2002. Longe daqui, aqui mesmo. Ainda, no bico do urubu.

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Na mira dos amadores

E lá vai o capitão Messias com o seu trolinho, rodando de mansinho, estrada além… A mais recente façanha, foi o decreto assinado na terça-feira que facilita a posse de armas em cidades e zonas rurais de todo o país. Uma medida que, além de estúpida e desastrada, desagrada a opinião pública. Um dia antes, o Instituto Data Folha divulgara que seis em cada dez brasileiros consultados se disseram contrários a posse de armas e defendem a sua proibição. Isso pouco importou ao capitão, adestrado nos quartéis e ensinado a enxergar inimigos até debaixo da cama.

Aí, sou levado a concordar com Hélio Schwartsman, articulista da Folha de S.Paulo, para quem o capitão-presidente destaca-se como a figura de maior relevo no núcleo dos despreparados do governo, isto é, “sua ignorância em relação àquilo que assina indica que ele não tem muita ideia do que está fazendo”.

Além das ideias próprias, proclamadas durante a campanha eleitoral, o entorno do presidente não o ajuda muito. Aliás, só atrapalha. Aquela do ministro Onyx Lorenzoni – que tem nome de modelo de automóvel e sempre esteve envolvido no baixíssimo clero na Câmara dos Deputados e em alguns malfeitos que agora começam vir à luz – de promover a exoneração em massa do quadro funcional de seu ministério, em nome da “despetização”, foi de amargar. Ele apenas demonstrou não ter a mínima ideia do que seja a administração pública. Mal comparando, se fosse médico e tivesse diagnosticado um vírus na corrente sanguínea do paciente, teria matado o infeliz ao extrair-lhe o sangue até a última gota.

O mesmo Lorenzoni foi capaz de garantir, ao vivo e a cores, que “quanto mais armada a população, menor será a violência”. Onde terá s. exª. colhido essa pérola não se sabe. Sabe-se, porém, que os bandidos estão morrendo de medo. Ou de rir. Assim como os fabricantes de armas.

Historicamente, poder-se-ia tentar comprovar a afirmação do bem informado Onyx na Dodge City e na Tombstone de Wyatt Earp ou na Chicago de Capone. Mas parece que lá o resultado foi diferente. O mesmo se poderia dizer da América de Trump, ídolo do nosso comandante, onde se compra arma pelo correio ou no empório da esquina, e depois se chacina escolares, frequentadores de cultos religiosos, plateia de shows musicais ou simples transeuntes.

Posse ou porte de armas nunca garantiu a segurança de ninguém. Ao contrário, triplica o risco de o possuidor ou o portador ser ferido ou morto pela própria pistola. Mas vá querer que o capitão Bolsonaro, que viveu a vida toda com o dedo no gatilho, tenha consciência disso… Que o verde-oliva não lhe oblitere a mente e o horizonte.

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Playboy – Anos 80

1980|Sandy Cagle. Playboy Centerfold

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Orlando Pedroso

© Orlando Pedroso

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

Quatro meses antes de falecer, o lendário diretor Mike Nichols encontrou o seu amigo e diretor de teatro Jack O’Brien para uma conversa onde traçou um panorama de sua vida e de sua carreira: a infância como um filho de imigrantes nos Estados Unidos da década de 40, o começo de sua carreira artística nos palcos, a duradoura parceria com a comediante Elaine May e os primórdios de seu trabalho no cinema e como o diretor adaptou duas peças do teatro para as telonas, criando os clássicos “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?” e “A Primeira Noite de Um Homem”.

Becoming Mike Nichols/Documentário/EUA/2016/Direção de Douglas McGrath

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Gente fina de Ponta Grossa

Benett, o Grande. Prometi anunciar este fim de semana o quinteto básico do Plural. Então vamos lá. Eu já disse que um dia meus filhos, quando eu falar que trabalhei com o Alberto Benett, vão achar que eu estou inventando, pra parecer que sou grande coisa.

Uma das vantagens do Plural vai ser deixar isso bem documentadinho. De parceiros de coluna, agora viramos sócios num projeto que, na definição do José Lázaro Jr., é “o barco que providenciamos pra esse dilúvio”.

Não tem o que falar do Benett. Baita quadrinista, grande chargista, gente fina pacas. E além de tudo, pai do Gabriel e da Melinda. Uma honra combater a teu lado, meu rei.

Rogério Galindo

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Imagine, Trump comunista

A gravata vermelha já podia ser um sinal

Um filme de 1962, “The Manchurian Candidate” —no Brasil, intitulado em idiotês “Sob o Domínio do Mal”—, de John Frankenheimer, trata de um soldado americano capturado pelos chineses na Guerra da Coreia. Eles o submetem a uma lavagem cerebral, que o torna passível de controle por um agente externo à simples visão de uma carta de baralho, a dama de ouros.

O militar é devolvido aos EUA e envolvido numa trama cujo fim é o assassinato do candidato republicano à Presidência, em plena convenção do partido, e sua substituição pelo vice, um aparente direitista hidrófobo secretamente sob as ordens de Moscou.

Lembrei-me do filme ao ler no New York Times que o FBI está investigando o presidente Donald Trump por suspeita de colaborar com a Rússia contra os interesses do país.

A história é a de que, farejando ligações perigosas entre Trump e os russos na campanha eleitoral de 2016 —entre outras, Trump disse que a Rússia deveria hackear o email de sua rival democrata, Hillary Clinton—, o diretor do FBI, James Comey, iniciou uma investigação. Trump venceu, tomou posse e demitiu Comey. Mas o inquérito continuou, sob o comando do procurador Robert Mueller. A dúvida agora é se, ao demitir Comey, Trump não estaria praticando crime de obstrução da justiça —o que, nos EUA, leva a um processo de impeachment— ou, pior ainda, trabalhando para a Rússia, o que, no passado, rendia cadeira elétrica.

Minha teoria é a de que, numa incursão a um bordel de patas —sim, existe— em Moscou, há anos, Trump foi narcotizado e submetido a uma lavagem cerebral para adotar o discurso mais insano possível, de modo a ganhar a confiança dos eleitores desencantados com o raciocínio lógico e se eleger presidente dos EUA.

Imagine, Trump comunista! Se o FBI estiver certo, e geralmente está, vai-se descobrir que sua indefectível gravata vermelha já era um sinal.

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Elas

Monica Rischbieter. © Daniel Svech

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Polymorph_24. © IShotMySelf

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