João Teixeira de Faria

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Ratinho Jr e a vacina oportuna

Um pequeno movimento, muito sutil por enquanto, foi feito pela assessoria do governador eleito Ratinho Jr, ao lançar a ideia de que as contas públicas do Paraná não estão lá com essa bola toda. A governadora Cida Borghetti anda dizendo que vai deixar R$ 5 bi em caixa e o próprio coordenador do Plano de Governo, Reinhold Stephanes, chefe da transição, afirmou que o Paraná tem as contas equilibradas.

O movimento sutil de negar o que foi dito, tem endereço certo, CPF e RG e no jargão da publicidade é chamado de “vacina”. No caso, mudar a janela cor-de-rosa-aberta-para-o-mundo em termos de finanças estaduais para evitar professores e servidores públicos na porta do Palácio Iguaçu e cobrando a reposição salarial que lhes foi tirado pelo ajuste fiscal estonteante feito nos anos Beto Richa.

E, depois, mas não menos importante, o governador que entra precisa de discurso efetivo, de anunciar obras e mais obras, e manter a esperança. E, se depois de meses, nada for feito, o governador precisa de outro discurso efetivo, o da herança maldita do caixa vazio.

Diante do cenário pantanoso, vacinar é preciso.

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Lucro

Bolsonaro governa o hospício chamado Brasil sem ter assumido oficialmente o cargo. Isso porque Michel Temer é um banana que se revelou ao assumir isso que está aí. Em meados do ano que vem já se terá ideia do que é o novo governo. Para o mais otimista dos que entendem um pouco do país, se a coisa ficar do mesmo jeito, já é lucro.

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Mural da História

18 de janeiro, 2009 – O Ex-tado do Paraná

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Confusos e distraídos

‘Tchau, Tasso’, disse eu ao Ciro

Uma amiga andou perdendo o sono por causa do Natal. Nada a ver com compras ou presentes. Mas porque, noites em seguida e até de manhã, o tec-tec de uma bolinha de pingue-pongue no andar de cima não a deixava dormir. Ele se perguntava como o casal seu vizinho conseguia jogar pingue-pongue a noite inteira e sair cedo para trabalhar. Mas o mistério acaba de se resolver. Ninguém estava jogando pingue-pongue. Era a gatinha do casal brincando com uma bola que subtraíra à árvore de Natal de seus donos. Essas bolas não são mais de vidro, mas de plástico, como as de pingue-pongue, e fazem o mesmo tec-tec.

Minha amiga atribuiu o equívoco à sua imaginação, que às vezes se mistura com a realidade a ponto de se confundirem. Ela é daquelas que fazem sinal para o metrô na estação, tentam abrir a roleta com a chave de casa e, ao volante, abaixam a cabeça ao entrar no túnel. Um dia, numa loja, esbarrou num manequim e pediu-lhe desculpas pensando que era o vendedor. Já lhe aconteceu de, ao tomar um ônibus, esquecer o filho no ponto e só se dar conta disso no ponto seguinte. E, fã de jazz, passou uma noite conversando comigo sobre o baterista Gene Krupa. Só que ela o chamava de Frank Capra, que, como se sabe, foi um diretor de cinema.

Eu próprio vivo dando foras. Há anos, fui apresentado num aeroporto ao cearense Ciro Gomes. Conversamos por alguns minutos e pedi licença: “Bem, tenho de tomar um avião. Tchau, Tasso” —e saí, confundindo Ciro com seu arqui-inimigo na política do Ceará, Tasso Jereissati.

Às vezes, a confusão é coletiva. Estava eu num botequim com o escritor baiano Marcos Santarrita quando entra um sujeito e me pergunta: “O senhor é o João Ubaldo Ribeiro?”. E eu: “Não. Eu sou o Rubem Fonseca”. Apontei para o Santarrita: “Ele é que é o João Ubaldo Ribeiro”. O homem nos abraçou, empolgado. Era fã do Zé Rubem e do João Ubaldo.

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Desbunde!

© Michael G. Magin

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Poluicéia Desvairada!

O lixo mais bonito da cidade. © Lee Swain

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João da Grana – João de Deus, o médium goiano investigado por crimes sexuais, limpou as contas bancárias dois dias antes de sair a ordem de prisão preventiva: R$ 35 mi sumiram, como que dissolvidos no éter kardecista. Recebeu um espírito craque em esconder dinheiro. Tipo o do falecido deputado José Janene.

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O retrato do Brasil hoje

Neste início de verão escaldante, o Brasil está assim:

1) Um médium de fama mundial, de nome João de Deus, com prisão decretada por abuso sexual
2) Um ativista italiano, Cesare Battisti, procurado pela polícia para ser extraditado
3) Um ex-motorista, com depósitos incompatíveis, que coloca o presidente eleito em apuros
4) Um general vice-presidente, chamado Mourão, esfregando as mãos
5) Um atentado na Catedral de Campinas, com seis mortos, que ninguém lembra mais
6) Um governo, Temer, com 5% de aprovação e 13 milhões de desempregados
7) Um ex-presidente preso e “puto da vida”, segundo o último visitante
8) Um time paranaense, o Atlético, coberto de glória e discutindo um “h”
9) Um povo que vai entrar em alfa no Natal e só acordar depois do Carnaval!

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O A1-5 nos seus cinquenta anos: muito além da memória

Nesta semana tivemos o aniversário do Ato Institucional nº 5, o famoso AI-5, baixado em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Artur da Costa e Silva, segundo ditador depois do golpe de 1964, que sucedeu ao marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, líder do movimento militar que derrubou o presidente João Goulart e o primeiro militar a ocupar a presidência. O AI-5 vigorou até dezembro de 1978 e foi determinante na vida brasileira. Na sua origem, o ato institucional tem a marca da intolerância com a independência do Legislativo e a liberdade de expressão. Os pretextos foram um discurso do então deputado Márcio Moreira Alves e uma série de artigos do jornalista e deputado Hermano Alves, publicados no diário Correio da Manhã, já extinto. De saída, 11 parlamentares foram cassados no mesmo mês, entre eles os dois deputados. Uma semana antes do AI-5 o Correio da Manhã tivera sua sede explodida por um atentado terrorista.

Foi uma guinada à direita dentro do próprio regime, servindo como instrumento na luta interna entre os militares. A ditadura de 64 nunca teve a unidade política que se apregoa. Pode-se dizer que havia pelo menos dois setores, um deles mais liberal, que com o tempo conseguiu firmar o pé e concluir a abertura política. O presidente eleito Jair Bolsonaro já pegou este processo em andamento, mas na caserna fazia parte da extrema-direita que queria manter a ditadura, numa posição que historicamente mostrou-se totalmente equivocada. No confronto interno com o setor mais moderado, liderado pelo general Ernesto Geisel, esta extrema-direita militar até hoje exaltada por Bolsonaro usava até a violência contra oposicionistas, armava atentados terroristas e infiltrava provocadores em movimentos políticos para criar clima para o retrocesso político.

O decreto de Costa e Silva marca o triunfo da linha dura do movimento de 64 e lançaria o Brasil em um grau de violência política que envolveu censura à imprensa e às artes, cassações e fechamento do Congresso Nacional, prisões, tortura e assassinatos de oposicionistas, mesmo de pessoas com atividade política totalmente pacífica. Ultimamente anda em uso um discurso tosco de uma direita muito mal informada e de má-fé, que tenta impingir a versão de que a repressão da ditadura atingia somente a oposição política violenta e clandestina, com o objetivo de conter o avanço do comunismo. Isso é mentira e política de desinformação. Prisões, torturas e assassinatos atingiram bastante os setores democráticos da oposição, vitimando até mesmo políticos que se opunham absolutamente à luta armada e atividades violentas de grupos minoritários da esquerda. Um exemplo disso, já na finalização da abertura política, é o assassinato do jornalista Wladimir Herzog, que na época da sua morte apenas atuava profissionalmente numa emissora do estatal, a TV Cultura. A violência contra Herzog foi usada em um conflito interno entre a extrema-direita e o governo Geisel.

O AI-5 baixou a censura até sobre jornais conservadores que apoiaram o golpe contra João Goulart, como em O Estado de S. Paulo, um dos mais respeitados diários de então, com uma linha editorial totalmente anticomunista, que teve apreendida sua edição do dia, que trazia um editorial marcante da história do jornalismo brasileiro, “As instituições em frangalhos”. Foram alvos da censura também o semanário O Pasquim, além de Opinião e Movimento, este último tendo sido censurado desde o primeiro número que foi às bancas, sendo obrigado a apresentar aos censores do regime militar todo o material antes de ser publicado. Movimento viveu até uma situação especial, de ter apreendido seu número zero, feito para circular como propaganda informativa de lançamento do jornal.

Trabalhei em Movimento, de seu lançamento em julho de 1975, até o fechamento em novembro de 1981, já sem a censura, mas abalado financeiramente devido aos altos custos criados pela censura. Para ter um jornal impresso era preciso produzir material para pelo menos três. O Opinião também foi liquidado dessa forma. A entrada do AI-5 rebaixou o nível do jornalismo brasileiro de uma forma pesada. Isso pode ser constatado folheando, por exemplo, edições do Jornal do Brasil e Correio da Manhã, dois diários importantes da época, já extintos. O nível de texto e a qualidade política e cultural dos jornais vai num crescendo até o dia da edição do AI-5, quando essa qualidade é afetada drasticamente. Somem as charges e colunas de opinião, num efeito negativo que pode-se sentir em todo os materiais, da área política até a cultural. Os cadernos semanais de cultura, com textos de altíssimo nível, vão minguando até desaparecerem.

É preciso falar mais do desastre que foi a ditadura militar sobre o comportamento dos brasileiros, afetando negativamente a nossa cultura, com a pressão e o afastamento da vida pública dos melhores talentos e o favorecimento de corjas de cafajestes em todos os setores, em especial na área empresarial e financeira. O AI-5 criou até um paradoxo, lamentável para a qualidade da cultura e da imprensa, que foi a supervalorização da atividade militante e dos trabalhos marcadamente de agitação política, favorecendo demais na arte e na cultura os valores de esquerda. Quebrou-se toda uma linha evolutiva cultural, que do ponto onde estamos não dá mais para saber onde é que chegaria. Com o AI-5 essa linha evolutiva desmanchou-se numa terra arrasada. Parte da dramática condição nacional atual vem desse ato de 50 anos atrás, amenizado depois pela abertura política e finalmente com a instalação da democracia. No entanto, ficaram marcas sobre as quais nunca se chegou a uma compreensão plena. Daí a dificuldade até hoje de nos restabelecemos dos terríveis efeitos negativos.

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Tchans!

Kelly Brook. © TaxiDriver

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Questões de ‘famiglia’

Não quebre promessas com a máfia ou com seus filhos pequenos

Há duas categorias com as quais convém honrar os nossos compromissos: a máfia e os filhos pequenos. Os filhos pequenos, principalmente. Afinal, se você promete à Cosa Nostra que no sábado às 18h pagará a mesada pela “proteção” da sua quitanda e aparece sem a bufunfa, é sempre possível protelar a dívida mediante uma perna quebrada ou trocar o valor pela execução de um ou outro soldado raso da família rival. Mas se garantiu aos filhos de cinco e três anos que no sábado às 18h vai chamar os primos e botar colchões na sala para assistirem a “Esqueceram de Mim 2” e não conseguiu encontrar “Esqueceram de Mim 2” para compra ou streaming em lugar algum, você cometeu um crime sem perdão; a pedra de concreto com que aqueles quatro olhinhos furibundos emoldurarão seu coração te levará instantaneamente do alto da ponte iluminada do orgulho paterno para o fundo do caudaloso rio da culpa.

Nesta meia década de experiências audiovisuais com meus filhos, nem Galinha Pintadinha, nem Peppa, nem “Frozen” tiveram o efeito de “Esqueceram de Mim”. Foi nível beatlemania. Eles assistiram às aventuras do Kevin todos os dias por duas semanas e riam em cada cena como se fosse a primeira vez. Meu filho mais novo chegou a pedir ao Papai Noel que trouxesse para mim um frasco de loção pós-barba. Então, numa atitude tão bem intencionada quanto impensada, revelei que o filme tinha continuação e anunciei que eles a veriam no próximo sábado. Com os primos. Em colchões, na sala.

Só na sexta à tarde descobri que não havia “Esqueceram de Mim 2” na Netflix, no Globo Play, no Now, na Apple TV, na Amazon Prime e que o DVD estava esgotado na Cultura, no Submarino e nas Lojas Americanas. Desesperado, recorri ao Mercado Livre. Esperança: havia ali vários DVDs de “Esqueceram de Mim 2”. Desalento: nenhum para retirada. Todos ofereciam enviar a compra por Sedex. Na terça, quando o envelope chegasse em casa, eu já estaria dormindo com os peixes no leito eterno do descrédito familiar. Um dos vendedores, porém, disponibilizava o telefone.

“Oi, amigo. Aqui é o Antonio. Eu acabei de comprar o ‘Esqueceram de Mim 2’. Posso pegar aí?”. “Então, é que eu não trabalho com retirada, só com envio”. “É, eu sei, mas é que é meio urgente, eu passo aí”. “No caso, não tem condição, mesmo”. “Amigo, eu prometi pra minha filha de cinco e pro meu filho de três que eles vão ver o filme amanhã à tarde. Eles chamaram os primos. Faz uma semana que só falam disso! Pelo amor de Deus!”. Longo silêncio. “Tá ligado o Leroy Merlin da marginal Pinheiros?”. “Aham”. “Eu te encontro no estacionamento”. (Disclosure: eu invento muita coisa em crônica, mas este diálogo é 100% real).

“Aonde, no estacionamento?”. “Tem um bagulho branco que vende planta. Tipo uma barraca. Te encontro atrás”. “Beleza”.

Foi minha mulher que —como sempre— ​​ me trouxe à sensatez. Nenhuma transação em estacionamento jamais terminou bem. Pelo menos, é o que nos ensina Hollywood. Eu iria ser sequestrado. Extorquido. Acordaria na famosa banheira de gelo, sem os rins. Minha conta bancária, meus órgãos internos e minha dignidade foram salvos pelo Facebook. “Algum amigo ou amiga tem aí um DVD, Blu-Ray ou pendrive contendo o filme “Esqueceram de Mim 2″? É uma emergência!”.

Venho por meio desta agradecer aos generosos Zé e Rosa, pais da minha amiga Mariana, que gentilmente emprestaram o DVD dos netos. Devo a eles duas horas de gargalhadas infantis e a preservação de minha honra: obrigado! (E se não for pedir muito nem fazer mau uso desde nobre espaço de utilidade pública: alguém aí teria o “Esqueceram de Mim 3”?).

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Viagra político – Michel Temer tomou um Viagra político. Ficou borocochô esse tempo todo desde o golpe contra Dilma, e agora, quando vai entregar a Viúva aos braços do Capitão, decide extraditar Cesare Battisti. Ou não quis deixar o prazer para Jair Bolsonaro.

Perda de tempo e de Viagra. Raquel Dodge e Luiz Fux levarão o mérito. Mérito indevido, dela, ao fazer de repente o que podia ter feito antes; dele, ao não submeter a matéria ao plenário do Supremo. O Brasil virado na casa da Mãe Joana.

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Fujão de Deus!

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