O João de lá e o Maury de cá

Do enviado especial – Enquanto a filha de João de Deus vai para a capa da revista Veja em reportagem onde afirma que foi estuprada por ele dos 10 aos 14 anos, em Curitiba a situação do também médium Maury Rodrigues tende a se agravar. Ele é acusado de ter cometido crimes sexuais contra pessoas que procuravam assistência do espírito Dr. Leocádioa na Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas. O caso virou reportagem na imprensa local e no programa Fantástico, da Rede Globo. O advogado e jurista René Dotti coordena a defesa. A estratégia usada até agora foi a do silêncio. Mas há informações que a imprensa nacional está batendo na porta do médium de Curitiba. Advogados especialistas em direito criminal garantem que é questão de tempo para que a prisão dele também seja pedida pelo Ministério Público.

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Playboy – Anos 80

1989PetraVerkaik1989|Petra Verkaik. Playboy Centerfold

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Em 2009…

cesta-básica31 de maio, 2009 – O Ex-tado do Paraná

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Desbunde!

Laila. © IShotMyself

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Conversando com estátuas

Dóris Teixeira em Paris no Louvre, 1995. ©Iara Teixeira, a implacável.

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A luta de Yared, a Justiça do Paraná e a família Carli

O que sobrou de 9 anos de luta da mãe e deputada Cristiane Yared para que o responsável pela morte de dois jovens no trânsito de Curitiba, o ex-deputado Carli Filho, fosse exemplarmente punido, foi um desabafo meio desesperado diante dos desembargadores da Primeira Câmara do Tribunal de Justiça. “Por misericórdia – disse ela, num último protesto solitário- “eu espero que não nasça mais nenhum filho no Brasil, para que nenhuma mãe mais precise passar por isso.”

Não se pode avaliar aqui, o que seria um ponto de vista leigo apenas, os trâmites judiciais desta longa causa. Também há que se considerar a situação difícil da família Carli, que perdeu há alguns meses o filho mais novo, o deputado Bernardo Carli, num acidente de avião e é possível que este tenha sido um fator que deve ter pesado na decisão dos magistrados.

A morte do jovem Bernardo manteve silenciosa a opinião pública paranaense, que até então cobrava punição exemplar para o ex-deputado.

É claro que o Fernando Carli Filho de hoje é muito diferente do jovem deputado que tinha o mundo a seus pés há 9 anos. Perdeu o cargo, a estampa privilegiada, a paz, teve problemas de saúde e se refugiou em Guarapuava, a cidade onde nasceu. A perda do único irmão e herdeiro político foi um dado cruel e inesperadamente desumano na tragédia.

Ao final dessa história, e 9 anos depois, só sobra sofrimento. São duas famílias enlutadas por mortes prematuras, os jovens Carlos Murilo de Almeida e Gilmar Rafael Yared morreram num acidente de trânsito por irresponsabilidade do deputado Fernando Ribas Carli. Ele iniciou naquela noite um calvário pessoal que só terminou agora, e mesmo assim, com marcas definitivas. E as mães Cristiane e Ana Rita choram suas perdas dramáticas, sem fim.

Diante de um cenário assim, a Justiça do Paraná pode ter dado um mau exemplo a motoristas que se comportam no trânsito com irresponsabilidade. Mas, a se olhar e considerar todos os fatores, o respeito pelo sofrimento alheio ainda torna até mesmo desembargadores que devem julgar com frieza e imparcialidade, simplesmente humanos.

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Bruna na roda –Vai sobrar para Bruna Marquezine, que usou os serviços de personal trainer prestados por Nathalia Queiroz, secretária parlamentar do senador eleito Flávio Bolsonaro quando este era deputado estadual no Rio.

Nathalia, por ocasional coincidência filha de Fabrício Queiroz, também assessor do deputado, investigado pelo COAF, fazia dupla militância, a da assembleia e a dos famosos.

Falta o conseguinte –É por isso que a revista tá acabando. Pabllo Vittar mulher mais sexy do ano? Nem mulher é, ou vou aceitar mulher com saco no lugar de periquita?” Ratinho Sênior, primeiro pai do Paraná, comenta a eleição de Pabllo Vittar no concurso da revista IstoÉ. E olhe que nem comentou sobre as consoantes duplas. 

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Nove meses!

No hospício chamado Brasil não funciona assim: nove meses depois do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol), o general Richard Nunes, secretário da Segurança Pública do Rio de Janeiro, disse, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, que “ela foi assassinada por atrapalhar ‘negócios’ de grilagem de terra de milicianos na zona Oeste da capital fluminense”.

Alto lá! Apesar de toda a repercussão do caso, o crime não foi esclarecido e esse motivo aí era conhecido desde antes de ela levar uma rajada de balas na cabeça, pois estava sendo ameaçada. Perguntar para ofender: se um figurão do andar de cima do poder daquele estado fosse assassinado, ou mesmo um investigador da Polícia Civil, quanto tempo demoraria para os autores terem sido presos ou cravejados de chumbo como a vereadora e o seu motorista foram naquela noite?

Tanta demora e tanta baboseira divulgada em forma de explicação só faz confirmar quem liga lé com cré no beabá disso que está aí: se puxarem o verdadeiro fio para esclarecimento disso, cai a mansão e o condomínio de bacanas inteiros. Parece que até agora, pela marcação cerrada que faz a imprensa nessa barbaridade, não conseguiram achar um meio de proteger tudo com a invenção mais ou menos plausível para o que fizeram. É ou não é?

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John of God

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As denúncias no pré governo Bolsonaro

Uma semana e um dia depois do relatório do Coaf, que apontou estranhas movimentações na conta do motorista e assessor do deputado Flávio Bolsonaro, o pré governo continua sangrando aos pouquinhos.

É isso que mina a credibilidade que todo governo precisa ter, principalmente no início, para fazer as reformas e mudanças necessárias. Do contrário, os predadores de sempre, leia-se Câmara e Senado, se animam ao detectar o cheiro de sangue na presa. E aí, o toma lá da cá pode tomar proporções inimagináveis.

Nestes oito dias, revelou-se que a conta bancária do motorista Fabrício Queiroz recebia depósitos coincidentes com o pagamento da Assembleia Legislativa do Rio, que a primeira dama, Michelle ,foi agraciada com R$ 24 mil, que mora numa quase favela e que até outro funcionário militar trabalhou mais de ano no gabinete do deputado indo, vindo e morando em Portugal.

A cada dia uma agonia, quando se trata de denúncias sobre governos. E oito dias é tempo demais para um motorista que deve ter uma explicação “plausível”, como disse o próprio Flávio Bolsonaro, para os estranhos movimentos em sua conta corrente.

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Organizadoras de excursões para ver João de Deus estão se sentindo culpadas

Elas procuraram organização de vítimas do ex-médico Roger Abdelmassih

Organizadoras de excursões para a Casa Dom Inácio de Loyola, onde João de Deus prestava atendimentos em Abadiânia, no interior de Goiás, procuraram a ONG Vítimas Unidas, criada por pacientes abusadas pelo médico Roger Abdelmassih.

CULPA MINHA

“Elas me dizem que ele atingiu mais do que a fé delas. Ele mexeu com a ética profissional”, diz Maria do Carmo Santos, presidente da ONG. Segundo ela, essas mulheres, mesmo sem sofrer assédio, também são vítimas, porque se sentem culpadas.

SILÊNCIO

“Uma delas me disse não ter coragem de perguntar para as clientes se alguma chegou a ser assediada”, afirma.

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Assim rasteja a humanidade…

© Nagel  Coelho

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Quaxquáx!

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Falsas boas ideias

© Kevin Lamarque|Reuters

Não se trata de fazer algo pelo país, mas impedir que o presidente faça

“Medo: Trump na Casa Branca”, livro de Bob Woodward sobre o caos da administração de Donald Trump no governo dos EUA, que acaba de sair pela editora Todavia, tem trechos que podem ser lidos como peças de humor. E outros, como peças de terror. É um relato do voluntarismo, despreparo e estroinice do chefe de uma nação, capaz de fazer um grande estrago se o deixarem executar o que lhe vem à cabeça. Por sorte, o governo americano tem tantos canais e escaninhos que muitas de suas decisões podem ser anuladas antes de se tornarem realidade.

A que abre o livro já é histórica. Em 2017, Trump ameaçou pôr em risco a paz mundial ao planejar romper um acordo comercial de mais de 60 anos com a Coreia do Sul. E por que não conseguiu fazer isto? Porque gente de dentro da Casa Branca escondeu o rascunho da carta em que ele desfazia o acordo e “esqueceu-o” numa pasta até que Trump esquecesse efetivamente o assunto —o que afinal aconteceu. “Não se trata de fazer algo pelo país”, disse um assessor, “mas de impedir que ele faça”. Trump tem essa vantagem: como sabe pouco do que fala, muda muito de ideia ou se esquece dela.

Se o Brasil tivesse esses canais e escaninhos, várias tragédias talvez pudessem ter sido evitadas, mesmo no tempo dos militares. O Ato Institucional nº 5, por exemplo. As torturas, as execuções, a bomba no Riocentro. Você dirá que eram atos de uma ditadura, que não precisava dar satisfações a ninguém. Sim, mas mesmo as ditaduras têm correntes internas em conflito —talvez alguém visse a barbaridade daquelas medidas.

Assim como o confisco da poupança por Collor, o mensalão e o petrolão nos governos Lula e Dilma, e até Temer recebendo gente fora da agenda e fora de horas. Ninguém os advertiu de que eram falsas boas ideias?

Agora temos Bolsonaro. Mas imagine se os ocupantes daqueles canais e escaninhos forem seus filhos, ministros e gurus.

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Absolut

Paranaguá|1929|Rio de Janeiro|2018

Nascido em 22 de Novembro de 1929, em Paranaguá, litoral do Paraná, Waltel teve o primeiro contato com a música junto com a religião. Seus estudos musicais se consolidaram no período em que esteve no seminário, com o chileno Joquín Zamacois. Entre seus mestres da época, nomes como Bento Mossurunga, padre José Penalva, Jorge Koshag, Stanley Wilson e Alceo Bocchino. Em 1949 se mudou para Curitiba com seu irmão, mesmo ano em que foi par ao Rio de Janeiro e em seguida para Cuba, onde aprofundou seus conhecimentos musicais.

É considerado um pioneiro na criação de estilos musicais, como o jazz fusion. Morou também nos Estados Unidos, teve atuação decisiva na criação da Bossa Nova, fez parcerias com músico como João Gilberto, um dos percursores do gênero. Morou também na Europa e Asia, e especializou-se em trilhas sonoras. Trabalhou com Nat King Cole e outros nomes importantes dos Estados Unidos. Conheceu o maestro Henry Mancini e foi um dos compositores da icônica trilha sonora da Pantera Cor-de-Rosa.

Ao todo compôs mais de 5000 composições, arranjos e colaborações. Já tocou com os maiores nomes do Brasil, como Dorival Caymmi, Nana Caymmi, João Gilberto, fez arranjos para Roberto Carlos, Cazuza, Tim Maia, Djavan, Cartola, Gal Costa,Maria Creuza, Vanuza, Mercedes Sosa, Astor Piazzola, Zé Keti, Peri Ribeiro, Sérgio Ricardo e Tom Jobim.

Em 2012 recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) como compositor, arranjador e multi-instrumentista paranaense. Waltel transitou por inúmeros ritmos populares – do samba-canção à Bossa Nova, do jazz fusion à MPB, do samba às trilhas de novela – ao longo de sua carreira.

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