Hoje é sexta-feira. Dia da Maldade

Hoje é dia de lembrar que:
1) Michelle Bolsonaro define o marido como “um príncipe”. Depois que ela o beijou “moooooito”
2) Os meninos de ouro do PSDB: Richa deprê no transatlântico e Aécio deprê no STF
3) Quando tudo é novo na política, o viúvo Ademar Traiano continua presidente da AL
4) O maior problema da derrota de Roberto Requião é que agora ele só vai ficar em Curitiba
5) O IAP decidiu: o macaco bugio deve ser protegido do bebê que feriu em Araucária
6) Com esta expectativa, o super Moro vai descobrir até o paradeiro do Boi Bandido
7) A Associação Comercial e a homenagem áulica aos Ratinhos. Melhor a morte lenta
8) Vai ter culto e orações na posse de Jair Bolsonaro. Só Deus na causa
9) O Tribunal de Contas PR quer mais mordomias. Melhor acabar com o TC e manter as mordomias
10) Delegado Francischini e o lado-a-lado com Bolsonaro: foi sem nunca ter sido.

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Moças Finas – Vale a pena ver de novo

Para aí, pentelha
Pra eu poder te desenhar,
Eu sou a tua pinça, mina,
Cheguei pra te depilar.

Te penteio com o meu pente, nega,
Te pinto com minha broxa, grenha,
Despenteio atua tocha, cheia,
Faço o teu pelo desenrolar.

Pelo sim e pelo não,
Não me faz embaraçar,
Que eu te descabelo toda, mola,
Pena e pluma a deslizar.

Me revolto e revolvo,
Minha garofina fina,
Faço de você, boneca,
Cabeluda colombina.

Mexe-mexe as madeixas,
Mata densa emaranhada,
Mete isso na cabeça,
Mecha luz enraizada.

O meu pente banguela,
Todos os dentes perdeu,
A tua crina, megera,
Minha palma amoleceu.

Fica paradinha aí,
Que eu quero só te espiar,
Faz de mim o teu reflexo,
Tua imagem a me mirar.

Barbara Gancia, 48, é colunista da Folha de São Paulo e da Bandnews FM e apresentadora do Bandsports. Ela se depila com uma receita caseira de açúcar queimado.

Bem, Orlando pediu-me segredo enquanto preparava este livro. Então, secretamente, lá vai: eu tenho um blog – grande novidade, quem ainda nao tem um? – com uma seção chamada Mata Atlântica, onde posto fotos de mulheres com os pentelhos inteirinhos, isto é, os pelos pubianos sem depilar. Mata Atlântica é oxigênio! E não me chamem de saudosista! Um dia, Orlando mandou-me um desenho sobre o assunto, relacionando os pelos de baixo com os de cima, ou seja, o penteado com os pentelhinhos. E diariamente mandava aquelas maravilhas que só ele, ilustrador de mão cheia, sabe fazer. E fomos publicando. E os internautas se deliciando com as gurias.

Uma manhã ele mandou-me um e-mail com os desenhos, chamando-os de Moças Finas. Taí: adotei na hora o nome, que não substituiu a Mata Atlântica, mas acrescentou um espaço dedicado só ao Orlando, El Pedroso. As Moças Finas do meu blog são do coração e da prancheta do Orla. Orlando é meu amigo desde a década de 80, por tabela, pois ilustrava a coluna que Paulo Leminski — putz, estou destinado a falar sobre o Polaco pelo resto da minha vida! — meu companheiro de trabalho e de mesa de bar, publicava no caderno Ilustrada, da Folha de São Paulo. Depois o conheci pessoalmente em Teresina, no Salão de Humor do Piauí, ambos suados, quase desidratando e Orlando com sua maquininha digital que só fotografa desenhistas.

Temos uma mania: trocamos e-mails monossilábicos e também conversamos assim. E nos entendemos perfeitamente. E, parece pacto, só nos encontramos em Salões de Humor. Mas quando eu for a São Paulo, vou visitar o seu estúdio mágico, de onde saem as maravilhas que voces vêem impressas em revistas e jornais do Brasil inteiro. Creio que ele é capaz até de, ao me atender, ser gentil e me convidar pra entrar. E quando ele vier a Curitiba, repetirei o gesto. Mas não contem isso que eu escrevi pra ninguém: continua em segredo a pedido do Orlando, El Pedroso, até que este livro seja publicado.

Solda — o monge do Bacacheri (bairro curitibano), setembro, 2006

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Mural da História

22 de janeiro, 2011

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O estrangulamento das livrarias

Quem vai perder com isso? Começa com B, de Brasil

Há 20 anos, as lojas de discos, centenário ramo de comércio dirigido às pessoas que gostavam de música, começaram a sofrer vários ataques. Um deles, ainda remoto, era a possibilidade de se capturar no ar um hit das paradas dispensando o disco físico —o streaming. Outro, já mais do que real, era o do comércio eletrônico. A ideia de encomendar pela internet um lançamento em CD a preço muito menor que o da praça, menor até do que o preço de custo, e ele ser entregue na sua porta era irresistível.

Por que a Amazon, líder desse gênero, faria isto? Porque, para ela, os discos eram uma isca para atrair clientela e levá-la aos outros 200 mil artigos da sua verdadeira base, que vai de celulares e ear phones até tratores e caminhões. As pequenas lojas de discos não tinham como competir e fecharam. E a implantação do streaming foi a pá de cal nas megalojas, como as internacionais Tower, Virgin e HMV e a nossa Modern Sound.

Certo, o mercado dita as regras e dane-se o avião, mas quem ganhou com isso? A música é que não foi. Milhões de pessoas não se adaptaram à nova tecnologia e deixaram de ter CDs para comprar. Com isso, ou se contentam em ouvir os discos que já têm ou vão para a praça jogar damas com os amigos.

O mesmo se dá hoje com o mercado de livros. O comércio eletrônico oferece os lançamentos com descontos de tal ordem, 50 ou 60 por cento, que as livrarias físicas não têm como competir. Não que esse comércio queira perder dinheiro —ao contrário, os best-sellers que ele vende a preço abaixo do custo permitem-lhe conquistar clientes para o que realmente lhes interessa vender. Como fizeram com os CDs.

Mais uma vez, quem ganha com isso? Agora sabemos: por onde a Amazon passa, só a grama dela cresce. E, com a omissão oficial e o estrangulamento das livrarias —as pequenas já estão deixando de existir—, algo muito maior vai perder. Começa com B, de Brasil.

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O consumidor e o boleto eletrônico

Algumas empresas remetem o boleto de pagamento para o consumidor por correio eletrônico (e-mail), dispensando o boleto em papel e o seu envio pelo correio. E se porventura o boleto for para a caixa de spams? Isto é, aquele setor do correio eletrônico que o consumidor raramente acessa?

Na verdade, o consumidor tem que agendar seus compromissos de pagamentos.

Agora, se a empresa não remete o boleto de pagamento, seja por correio eletrônico ou pelo carteiro, ele não pode ser penalizado pelo pagamento fora do prazo do vencimento da fatura.

E se o consumidor não possui computador e nem impressora? Ou se não possui sequer correio eletrônico? Como ele vai ter acesso o boleto eletrônico?

Esta remessa é opcional ao consumidor. Ele que escolhe, se quer receber a fatura física ou eletrônica.

Entendemos que, neste caso, de remessa sem a consulta ao consumidor, o fornecedor do produto ou serviço exige uma vantagem excessiva do consumidor, que o Código de Defesa do Consumidor proíbe.

Em última análise, a empresa não pode obrigar o consumidor a imprimir o boleto de pagamento, uma vez que ninguém é obrigado a ter computador, impressora e e-mail.

Somente é válido o envio eletrônico se o consumidor concordar expressamente com esta forma de pagamento.

Algumas empresas para forçar o consumidor a mudar para o boleto eletrônico, remetem o boleto físico com atraso, para receberem a multa moratória e os juros pelo atraso.

Caso o consumidor não receba a fatura até a data de pagamento, ele deve notificar a empresa sobre esta falta de envio e a empresa não poderá cobrar-lhe pelo atraso. Pode fazê-lo por telefone, mediante protocolo, por carta, por e-mail ou pessoalmente.

Também as faturas entregues exatamente no dia do vencimento, são reprováveis sobre o aspecto ético e podem gerar problemas ao consumidor.

O recebimento após o fechamento dos bancos, o consumidor se obriga a pagar no dia seguinte junto com a multa, pelo atraso. E receber exatamente no dia do vencimento faz com que o consumidor somente abra sua correspondência no final do dia, pois normalmente ele estará fora de casa.

Consumidor exija seus direitos e em caso de dúvida consulte um(a) advogado(a) de sua confiança.

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Deixar um comentário
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O salvador da pátria –Se eu afundar, o Brasil afunda comigo.” Jair Bolsonaro, na reunião de ontem com os deputados federais de seu partido, o PSL. A gente achava que Lula se considerava nosso Jim Jones: ele apenas salvaria o Brasil. E nos acenava com o caos.

Como a natureza abomina o vazio, o Capitão ocupa o vácuo de Lula. Agora Bolsonaro é o salvador, auto-assumido e egotista como Lula. Igual a Lula, quem não for salvo com ele, afoga-se com ele.

Pena que nesse naufrágio não se afogarão só o novo Jim Jones e os que votaram nele…

Pára com isso – Brasileiro tem mesmo baixa auto-estima. Veja o caso de Carlos Ghosn, o presidente destituído e preso da Nissan-Renault: nasceu no Brasil de pais libaneses, tem cidadania francesa, foi criado no Exterior, onde fez sua carreira vitoriosa. Bastou o escândalo para a imprensa daqui insistir na prisão do “brasileiro Carlos Ghosn”.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
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Pentelhos!

© Lucien Clergue, 1980

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Para azedar a situação, a ponte do Limão tá com problemas! Rarará!

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Breaking News! “Viaduto que cedeu na marginal é praga do Maluf!” Viaduto podre! Feito de areia movediça e chiclete! E o viaduto tá a cara do Cerveró! Um olho pra cima e outro pra baixo! Viaduto Nestor Cerveró! Rarará!

E agora paulistano vai usar quatro marchas: parado, paralisado, ponto morto e puto de vida! Praga do Maluf! “Todos viadutos desabarão!” Isso não é praga, é profecia!

E, pra azedar a situação, a ponte do Limão tá com problemas! Rarará! A marginal tá toda cagada! Rarará!

E devia ter o Dia da Consciência Verde: o Palmeiras não tem Mundial! Rarará!

E o novo ministro da Saúde é ortopedista! Tá certo!

O Brasil tá com fratura exposta. E o ortopedista se chama Manetta! Ops, Mandetta!

Rarará! E o Bolsonaro é do PSL mas só tem ministro do DEM! Deu Em Merda! Rarará!

E o Haddad saiu da campanha devendo! Minha Bandeira Tá no Vermelho! E virou réu! A Grande Virada: virou réu! Não basta perder, tem que ser com humilhação?!

E eu sei como resolver o Mais Médicos! Substituir o Mais Médicos por Mais Pastores! Que curam hemorroida com oração, copo d’água e sal grosso. Rarará!

E, na Universal, paralítico anda! O brasileiro não tá doente, tá possuído! E um amigo meu se separou da mulher evangélica e os pastores falaram que ele estava possuído pelo Demônio da Prostituição! Rarará!

E no governo Bolsonaro até civil tem nome de militar: Castello Branco na Petrobras! Rarará!

E o chanceler Eduardo Caramujo: “Mudança climática é marxismo cultural”. O urso polar é comunista! E esse chanceler é fã do Trump, é fanático pelo Trump! Rarará! É mole? É mole, mas sobe!

Os Predestinados! Direto de Osasco, o escritório de advocacia Katia Regina Murro e José Carlos Pacífico!

Duas opções! Eu prefiro no MURRO! E o escritório é advocacia trabalhista e previdenciária! Vão trabalhar muito em 2019! Rarará! E direto de Minas, funcionária da Italac Laticínios: Cláudia Leite. Mas não é aquela que foi no Silvio Santos! Rarará!

Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar meu colírio alucinógeno!

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Rua da Amargura

© Rui Werneck de Capistrano

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Ser vice para ser feliz

O ex-governador e grande empresário João Elízio Ferraz de Campos completou 9 meses do mandato de José Richa, que deixou o cargo para se candidatar ao Senado e foi eleito, ao contrário de Beto Richa, coitado.

Pois bem, anos depois, quando Mário Pereira assumiu o governo para completar o governo de Roberto Requião, João Elizio deu-lhe um conselho sábio: “Mário, faça destes 9 meses os melhores de sua vida, sem entrar em mesquinharias nem nas intrigas de sempre”. Pela simples razão de que entrou no lugar deixado por Requião, o vice teve um período atribulado, com o antecessor no pé dele, cobrando e …intrigando.

Tudo isso para lembrar que a governadora Cida Borghetti entrou na fase do mandato-tampão fazendo o que mais sabe: distribuindo recursos, recebendo e agradecendo prefeitos e lideranças do Interior, tirando fotografias e marcando presença em eventos importantes, aqui e em Brasília.

Sem a pressão da disputa pelo voto, Cida está no seu melhor período. Vai deixar o governo sob o manto de Ratinho Jr. e pode ser a melhor relações públicas do seu próprio Governo. Como aconselhava João Elízio…

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Janet Leigh e George Clooney

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Esse rato está fazendo 90 anos

Foi com ele que tudo começou. E poucas figuras animadas, no cinema ou nos quadrinhos, terão tido a fama e a popularidade do camundongo Mickey. Como Mikki Hüri, na Finlândia; Mik-Kü-Ma-U-Su, no Japão; Ratón Mickey, no México; Mickey Maus, na Alemanha; Mickey Lau Shu, na China; ou Topolino, na Itália, hoje como ontem, Mickey Mouse é um ícone conhecido em todo o planeta. Publicado em duas dezenas de idiomas diferentes, em mais de 400 jornais e revistas, com uma tiragem de aproximadamente 1,4 milhões de exemplares por mês, atinge a média anual de 50 milhões de leitores em todo o mundo.

Como a maioria dos personagens de Walt Disney, Mickey também não nasceu nos quadrinhos e sim no cinema, em uma série pioneira de desenhos animados, a primeira animação sonorizada do cinema, Steaboat Willie, com nove minutos de duração, lançado em 18 de novembro de 1928, ou seja, há 90 anos. Aos quadrinhos ele chegou dois anos depois, em 1930.

Seu criador foi um jovem de 27 anos de idade chamado Walter Elias Disney – cujo nome viria a tornar-se sinônimo de fantasia, de fabricante de ilusões, capaz de dar vida a pequenos animais e transformá-los em seres vivos, de carne e ossos, com reações iguais às nossas –, filho de família humilde (o pai era carpinteiro), criado em uma fazenda do Missouri, que nunca terminou o ginásio. Ele era, então, apenas um obscuro desenhista, que fizera de uma velha garagem o seu “estúdio” e tinha dois “sócios”, o também desenhista Ub Iweks e o irmão Roy, e um sonho na cabeça. Mickey foi só parte dele. Ou, melhor, o ponto de partida para a realização desse sonho.

Diz a lenda que, no outono de 1927, Walt Disney voltava para Los Angeles, no compartimento de terceira classe de um trem, depois de haver sido ludibriado em Nova York por um distribuidor mau caráter, que se apossara de uma criação sua (o coelho Oswald), quando viu passar um camundongo. De imediato, surgiu a inspiração.

O acontecimento histórico foi contado por ele próprio:

— Eu estava profundamente triste e decepcionado. Procurava distrair-me, pensar em outras coisas. Foi então que apareceu Mortimer (esse foi o primeiro nome do personagem, mas a esposa de Walt, Lilian Bounds, achou o nome muito “sisudo” e “pomposo”, e sugeriu Mickey, algo como “Miguelzinho”). Atravessando Ohio, vislumbrei um Mortimer ideal: olhos redondos, orelhas achatadas, uma cara humana, as pernas compridas e finas e os braços tão compridos quanto as pernas.

Na verdade, a imagem desse ratinho já acompanhava o jovem Walt há algum tempo. Desde quando, aos 16 anos, ele resolveu deixar a casa dos pais para tentar a sorte por conta própria. Anos mais tarde, confidenciaria à filha, que o biografava:

— Em Kansas City, eu estava tão “quebrado” que passei a morar no próprio estúdio da Laugh-O-Gram, onde trabalhava. E, seguidamente, os camundongos se reuniam em torno de minha cesta de papéis. Um deles até se tornou meu particular amigo…

Há, porém, quem simplesmente se recuse a conferir a Disney a paternidade não apenas de Mickey como de quase toda a rica “fauna disneyana”. Walt seria, quando muito, um inspirador ou supervisor do trabalho. (É certo que ele contava, em sua equipe, com alguns dos mais destacados criadores de cartoons e comics dos EUA, como, por exemplo, Carl Barks, que seria o verdadeiro “pai” do Pato Donald, surgido em 1938, assim como dos três sobrinhos deste; do primo Gastão, de Tio Patinhas, do Prof. Pardal e da Maga Patalogika. Floyd Gottfredson seria o criador de Horácio e Clarabela; e Paul Murry, o idealizador de Pateta e Pluto).

De todo modo, coube a Ub Iwerks, sócio de Walt, dar forma gráfica a Mickey. E quando a primeira aventura (“Mickey na Ilha Misteriosa”) chegou aos jornais, o pequeno herói já galgava os degraus da fama. Daí para o sucesso internacional foi um pulo, enquanto Walt, com muita habilidade e inegável inteligência, transformava o modesto estúdio de fundo de quintal em um império de milhões de dólares. Ele já não era aquele desenhista medíocre, cheio de ideal, mas um poderoso capitão de indústria, plenamente inserido no sistema capitalista americano.

Mickey, por seu turno, também foi mudando de feição e de personalidade com o passar do tempo. Aburguesou-se, claro, e se transformou num mero instrumento do establishment – como registrou o crítico carioca Carlos Alberto Miranda. Não tem mais aquela pureza inicial e, a despeito de usar agora chapéu e gravata, está cada vez mais parecido com um rato.

Depois do falecimento de Disney (em dezembro de 1966), a maioria das histórias de Mickey passou a ser produzida fora dos Estados Unidos, particularmente na Itália e até mesmo no Brasil, nos estúdios da Editora Abril.

No Brasil, Mickey surgiu nas páginas de O Tico-Tico e, em seguida, mudou para o Suplemento Juvenil e O Mirim. Mais tarde, esteve em Seleções Coloridas, primeira publicação da Editora Brasil-América Ltda., a Ebal, de Adolfo Aizen. Em 1950, com a fundação da Editora Abril, que passou a deter, desde então, até meados de 2018, os direitos de publicação de todas as criações dos Estúdios Disney, o camundongo teve as suas aventuras publicadas nas páginas de O Pato Donald, até ganhar revista própria, em 1953.

Happy Birthday, mr. Mouse!

Publicado em Célio Heitor Guimarães - Blog do Zé Beto | Com a tag , | Deixar um comentário
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Fiat Lux!

Beto Bruel, Nosso Senhor da Luz dos Pinhais (by Adélia Lopes), da Regata de Pedalinhos do Passeio Público de Curitiba.  © Maringas Maciel

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