Tchans!

Nina Warren Phillips. © Mondo Topless

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Ainda? A última de Bolsonaro: o Brasil “não sabe o que é ditadura aqui, ainda”. O Brasil sabe, aprendeu na escola. Teve a ditadura Vargas e a Militar. Que Bolsonaro não saiba é coisa lá dele, que aprendeu diferente na escola militar e no Instituto Educacional Brasileiro. Não surpreende. Também não surpreende, mas assusta, o ‘ainda’. É aviso do que pode acontecer ou sua assumida dificuldade com o português?

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Irresponsabilidade revelada

O governo não pode salvar os estados sem exigir contrapartidas duras e claras

O Tesouro Nacional, antes sob o comando de Ana Paula Vescovi, hoje liderado por Mansueto Almeida, tem feito um esforço louvável para detalhar o estado das contas públicas, não só no que se refere ao governo federal, mas expondo também as mazelas dos governos locais.

O exemplo mais recente deste trabalho é o Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais, publicação que traz dados sobre estados e municípios até 2017.

Os números são preocupantes. A começar pelo aumento do déficit primário dos estados, que pulou de R$ 1,8 bilhão em 2015 e R$ 2,9 bilhões em 2016 (valores irrisórios na comparação com o PIB) para R$ 13,9 bilhões em 2017 (0,2% do PIB).

Note-se que esta medida leva em consideração a despesa empenhada naqueles anos, não a efetivamente paga. A diferença reflete principalmente o atraso no pagamento de fornecedores e servidores, mecanismo adotado por vários estados, na prática “empurrando com a barriga” o problema, ao invés de atacá-lo frontalmente.

A piora do desempenho não decorre da receita. Pelo contrário, durante o período destacado esta cresceu relativamente ao PIB, embora não muito.

Por outro lado, a despesa do conjunto dos estados cresceu bem à frente do PIB, em parte pela recessão observada até 2016, mas além da modesta expansão da atividade no ano passado.

A verdade é que os gastos estaduais vêm aumentando mais do que a inflação, reproduzindo o padrão do gasto federal até 2016.

Dentre esses, a despesa com pessoal, R$ 403 bilhões, merece atenção, representando pouco mais da metade do dispêndio primário registrado no ano passado, R$ 766 bilhões. Segundo o Tesouro, os gastos dos estados com pessoal aumentaram 32% acima da inflação entre 2011 e 2017.

Nada menos do que 14 dos 27 estados (incluindo o Distrito Federal) superaram no ano passado o limite (fixado na LRF) de 60% entre despesas de pessoal e receita corrente líquida.

Há muito mais a ser explorado na publicação, mas acredito que os números acima já deixam claro que boa parte dos estados está na lona por conta da péssima administração fiscal a que foram submetidos.

Não é por outro motivo que, mais uma vez, se fala em novo resgate por parte do governo federal, apenas dois anos depois da última tentativa.

A questão parecia superada com a reestruturação firmada no final dos anos 90, quando o governo federal assumiu a dívida de alguns estados e capitais, os mais ricos, em troca de programas de ajuste fiscal que foram bastante bem-sucedidos por praticamente uma década.

Em particular, esta dívida —apesar da choradeira de governadores e prefeitos —caiu de 13% do PIB para pouco mais de 7% do PIB de 2002 a 2014.

Todavia, sob a gestão de Dilma Rousseff, Guido Mantega e Arno Augustin os estados foram liberados das amarras fiscais, o que acabou nos levando à crise atual.

Muito embora a experiência daquela reestruturação não tenha sido perfeita, seu longo período de sucesso nos deixa lições importantes.

Em hipótese alguma o governo federal pode salvar os estados sem exigir contrapartidas muito duras e claras em termos de redução de gastos, privatização e modernização das práticas públicas, sem as quais nenhum recurso pode ser adiantado.

Por óbvio, nenhum estado é obrigado a aceitar quaisquer condições, mas é ainda mais certo que o governo federal não pode empurrar novamente para a população as contas de governos fiscalmente irresponsáveis.

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Sempre!

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Russas

Vania Drozdov. © Photo Sight Russian Awards

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Vem aí o Hospital Universitário Mackenzie

Por determinação do desembargador Cássio Colombo, do Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região, o grupo Universidade Brasil, segundo colocado no leilão, vem entrando com embargos para protelar o inicio dos trabalhos do grupo Mackenzie, que foi o vencedor do leilão para a compra do Hospital Evangélico de Curitiba,

O desembargador aplicou ainda uma multa ao grupo mineiro, que segundo ele, age com interesse específico e negocial e sem considerar o trabalho de atendimento de saúde do Hospital.

Por decisão do grupo Mackenzie, o nome do tradicional Hospital Evangélico passará a ser “Hospital Universitário Mackenzie” e a faculdade de medicina, acoplada ao Evangélico, será chamada de “Universidade Presbiteriana Mackenzie”,

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Mixórdias incompreensíveis

Bolsonaro tem péssima dicção; Lula era língua presa

Entra presidente, sai presidente, e os funcionários das embaixadas brasileiras no exterior continuam sofrendo. Nossos governantes precisam viajar de vez em quando e, como não são obrigados a falar outra língua —nenhum governante é—, dependem dos intérpretes para conversar com seu colega estrangeiro ou com a imprensa local. Esses intérpretes, se forem do velho Itamaraty, são fluentes nas línguas internacionais e competentes na dos países em que servem. O problema são os presidentes. Além das asneiras que dizem, quase todos têm péssima dicção.

Jair Bolsonaro, pelo que já se viu e ouviu, é um desastre vocal. Fala depressa demais e suas consoantes atropelam as vogais, numa mixórdia quase incompreensível —é como um trem descarrilado, com os vagões, no caso, as sílabas, amontoados uns sobre os outros. Às vezes, desiste de uma frase pelo meio e a substitui por outra, que, idem, não conclui. Esse suposto à-vontade não quer dizer segurança ou desembaraço, mas desleixo, mesmo.  Ou contratam uma professora como Glorinha Beutenmüller para ensinar Bolsonaro a falar, ou seus intérpretes terão de pular miudinho.

Não é só Bolsonaro, claro. Lula era língua presa —ainda é. Seus esses soam como efes, tipo “Eu fó queria faber, eu fou ou não fou o dono do fítio?”. Imagine-o, em presidente, falando com Mugabe, do Zimbábue, Maduro, da Venezuela, ou Ali Bongo, do Gabão, e os intérpretes tendo primeiro de traduzi-lo para o português antes de vertê-lo para seus ditadores favoritos.

Já o problema de Dilma eram os absurdos que dizia, como “Depois que a pasta de dente sai do dentifrício, ela dificilmente volta pro dentifrício”. E o de Temer é o conteúdo zero com os pronomes certos —suas falas são um vácuo, não dizem nada.

E Fernando Collor? Posso calcular o suplício do intérprete se ele dissesse lá fora o que, certo dia, disse aqui: “Eu tenho aquilo roxo!”.

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Hoje!

Nireu Teixeira Júnior. Foto de Iara Teixeira

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Ao poeta Zeca Corrêa Leite

© Zeca Corrêa Leite

O Zeca não existe. Ele é uma miragem na paisagem grotesca do nosso dia a dia. Sempre disse que ele é anjo, santo, alguma coisa assim. Pela tom da voz, poderia ser arcebispo, papa. E dos bons, porque ao contar os causos engraçados que protagonizou, não mexe um músculo do rosto enquanto nos rolamos no chão de tanto rir. Jornalista? Não. Zeca é poesia mesmo dormindo. Recebo suas cartas escritas à mão e o carteiro, pra mim, é Isaurinha Garcia cantando.

Guardo tudo como um tesouro no meu baú do peito. Ele descreve um ato corriqueiro e, na ponta da caneta esferográfica, passa imagem, som, cheiro. Às vezes penso que tudo isso tem a ver com o quintal da casa da família dele lá em Sorocaba. E alguma coisa me faz enxergar o lugar através de outro quint al, o do Graciliano Ramos, em Palmeira dos Índios, antes de ser engolido por uma caixa de concreto que virou museu.

O Zeca me chama de menino e ele é muito mais novo, porque, em qualquer momento, em qualquer ação, é a pureza da criança que não conseguimos manter. Trabalhamos juntos na Folha de Londrina, quando este era o grande jornal do Paraná. Tempos depois ele escreveu que recebia informes sobre minha pessoa, sobre minha energia, etc. e tal, e que quis logo conhecer. Quem saiu ganhando? Eu, porque garramos amizade, com fundo musical de Rinaldo Calheiros e Silvana, Cascatinha e Inhana, e, claro, ela, Elis, a deusa dele. Este Zeca Corrêa Leite não tem data de aniversário.

Ele é comemoração sempre. O presente que nos damos, portanto, é deixar que ele nos leve para onde quiser – com seus textos, suas cartas, suas conversas, sua presença.

*Publicado no “Jornal do Zeca”, edição especial em homenagem aos 70 anos de vida do poeta comemorados ontem.

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Mural da História

28 de outubro, 2010

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Caretiba

Luiz Antonio Ferreira, da “luizarada” de Curitiba. © Myskiciewicz

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Tchans!

© Myskiciewicz

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O mundo gira a catalona roda Beto Richa e Fernanda vogaram em Barcelona. Quase cruzaram com Rafael Greca e MinhaMargarita na exposição de tecnologia. Dúvida: Beto também apreciou a privada tecnológica de Bill Gates, cantada em prosa, verso, foto e descargas pelo prefeito de Curitiba?

O gorila e o doutor – Tou que nem o cara com saudade do gorila que conheceu no safári: o doutor não telefona, não escreve, não manda recado. Vai me despachar para o SUS de Cuba?

Cortesia, grosseria – Jair Bolsonaro faz visita de cortesia a Raquel Dodge, procuradora geral da República. Um pequeno passo para a humanidade, um salto de vara para o presidente: desta vez ele comete a cortesia antes da grosseria

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Da série “Cartas para o Cárcere”

De Beto Richa para Deonilson Roldo e Jorge Atherino

Caros amigos,
Salve! O tempo aqui no mar mediterrâneo ainda está um pouco frio, o que me fez tirar da mala aquele colete ‘Loro Piana’ que ganhei numa das nossas viagens, lembra Deo? Eu e a Fernanda estamos num cruzeiro entre Espanha e Portugal, num transatlântico que é maior do que o Palácio Iguaçu, uma beleza.

A paisagem, a comida internacional, o sol, o mar, os jantares de gala e dormir na cabine de primeira classe me deixam mais tranquilo. Ainda mais que o único uniforme (que lembra a Polícia) que eu vejo todos os dias é o do Capitão – do navio, não o Bolsonaro.

Mas quero dizer que sempre penso em vocês dois aí, ainda presos, nossos amigos de longa data e quase como da família. É uma prova de fogo, não é? Mas a Fernanda tem certeza que vocês são fortes e preparados para vencer e aguentar tudo, sem envolver pessoas inocentes que tanto fizeram por vocês.

Faz tempo que não vejo o Pepe. O primo Abi continua no Líbano, por doença, aquela tosse que não acaba nunca. O pessoal do PSDB está do meu lado e continuo presidente do partido no Paraná. Penso em falar com o Aécio sobre nosso futuro. Mas só depois que a viagem terminar, no próximo dia 6. Será que alguém aí do Paraná vai me esperar em Santos?

Vou fazer minha corrida diária agora e meus exercícios porque quero continuar com o mesmo peso de quando eu era governador. A pista de corrida do navio é muito boa e a gente corre olhando o mar, todo o tempo. Ah, lembrei: tem uma cancha de tênis espetacular aqui, quase igual a do Country de Curitiba, uma beleza. E vejam como é a vida, não consigo nem jogar porque o Fanini, meu grande parceiro, não veio comigo desta vez. Continua preso também, coitado.

Até meus amigos. Não mando fotografias porque vcs nem devem ter acesso à Internet, não é? Que pena. Grande abraço, Beto Richa

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Consciência pesada

Hoje pesou mais a consciência do juiz juiz Gustavo Gomes Kalil, da Quarta Vara Criminal do Rio, que deferiu pedido da Divisão de Homicídios da Polícia Civil e do Ministério Público do estado, para que a Rede Globo não divulgue conteúdo do inquérito policial que apura os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Os crimes aconteceram há oito meses e, até agora, só há um silêncio conivente das chamadas autoridades.

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