O futuro da comunicação

Há espaço para todos, só não dá para continuar fazendo mais do mesmo

Eu sou otimista. Sempre fui. A comunicação, minha área de atuação há quatro décadas, mudou completamente nos últimos anos.

Grandes players sumiram, grandes players surgiram, alguns grandes até demais. E grandes players permaneceram grandes players porque souberam compreender que a demanda por comunicação não diminuiu nos últimos anos. Ela aumentou vertiginosamente.

A comunicação sempre foi o software mais básico da humanidade. A espécie humana se tornou humanidade por meio da capacidade individual e coletiva de expressar pensamentos e emoções das mais diversas formas.

Por isso, maior capacidade de comunicação determina maior capacidade humana de se organizar e produzir Está claro também que muitas vezes toda essa capacidade de se comunicar, organizar e produzir é usada de forma devastadora.

Mas mesmo com esse histórico terrível de devastações, mesmo em meio a tantas “fake news” e polarizações também “fakes”, eu fico com visões otimistas, e baseadas em fatos, de pensadores como Peter Diamandis e Steven Pinker, que mostram, com dados verificáveis e incontestáveis, como a humanidade vive muito melhor hoje do que ontem de acordo com praticamente todas as medidas objetivas relevantes.

E, eles argumentam, ainda estamos prestes a realizar descobertas espetaculares potencializadas pelas novas tecnologias, que podem trazer mais prosperidade e bem estar às pessoas.

Na comunicação, também vemos essa evolução.

Um profissional que começa hoje sua carreira tem diante de si ferramental prático extraordinário, inimaginável poucos anos (ou meses!) atrás. Ele tem acesso a públicos, informações e referências de fontes infinitas e pode criar peças de comunicação em plataformas exponenciais que rumam ao infinito, com uma variedade de conteúdos, formatos e custos tão grandes quanto as variedades de público-alvo.

Há espaço para todos nesse universo encantado da comunicação, a verdadeira linha de transmissão da humanidade.

Só não dá para continuar fazendo mais do mesmo. A zona de desconforto é a nova zona de conforto. Mas sem desespero. Novos titãs do capitalismo global, como Google e Facebook, consolidaram seu poder na base da boa e nova propaganda.

O Facebook, mesmo com todas as crises dos últimos tempos, deve faturar US$ 21 bilhões neste ano com publicidade só no mercado digital americano, uma alta de 17% em relação ao ano passado.

O Google deve faturar cerca de US $ 40 bilhões com publicidade no maior mercado do mundo, alta de 15% em relação a 2017.

Mesmo na Amazon, a terceira empresa mais valiosa do mundo, a boa e nova publicidade também vem chamando a atenção dos analistas nos seus balanços.

Embora represente ainda parcela pequena do faturamento anual da Amazon, as receitas com publicidade cresceram mais de 100% no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo US$ 2,2 bilhões.

Ainda é pouco perto das estimativas de faturamento de quase US$ 240 bilhões da Amazon previstos para este ano, mas seu crescimento é revelador.

Vejo muita gente preocupada com as ameaças da era digital. Essa preocupação é muito pertinente. Mas deve ser também estimulante. Esse coelho não volta mais para a cartola. É melhor celebrar a nova era da comunicação do que lamentá-la. Devemos lutar para mudar o que precisa ser mudado e seguir em frente. Afinal, o futuro sairá de nossas cabeças.

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Funcionários na luta para a TV Lula não fechar

Parece que bateu o desespero em funcionários da TV Brasil, que teve o fechamento anunciado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Espero que ele não volte atrás também nessa decisão. A TV Brasil nem teria sido criada se não fosse a necessidade do governo petista ter mais um cabide de emprego para amaciar sua relação com jornalistas, a classe intelectual e também com os artistas. Não se engane com a indignação geral no meio intelectual e artístico com Bolsonaro. O capitão de fato não é fácil, mas no geral, a motivação da histeria esquerdista é o temor do desemprego e da falta de esquemas para se beneficiarem, que é algo sempre ruim, mas fica ainda pior numa situação como a de agora, com as empresas da área de comunicação em estado de falência.

Correu muito dinheiro entre a esquerda durante o período petista no Governo Federal. Além de muita verba no meio cultural, teve uma dinheirama para a criação de um esquema governista de comunicação. Mas acontece que as enormes verbas não tiveram aproveitamento na criação de projetos sustentáveis, com sucesso de público e credibilidade. Eram meros panfletos eletrônicos, de bajulação do projeto petista de poder e ataques politiqueiros a adversários do partido do Lula ou a qualquer um que ousasse discordar da desonestidade e da incompetência desses incapazes que não sabiam nem roubar. Teve blog da internet que chegou a receber 1 milhão de reais por ano, mas sumiu tudo logo que a chave do cofre mudou de mãos com a entrada de Michel Temer. Onde foi parar tanta grana? Está aí uma pergunta cuja resposta seria lucrativa aos cofres públicos.

Com a TV Brasil, que logo na sua criação em 2007 recebeu o apelido de “TV Lula”, foi o mesmo procedimento improdutivo, de não usar a estrutura e verbas para criar gradativamente uma emissora com sustentação na qualidade e na credibilidade. Nenhum programa chega ao traço de audiência. Não deixará saudades, a não ser como instrumento para fortalecer o lulopetismo, ofertando programas para figuras que emprestaram seu nome em apoio ao PT, especialmente na defesa de suas lideranças e do chefão, atualmente preso por corrupção e lavagem de dinheiro em Curitiba e prestes a receber novas condenações da Justiça.

Com a divulgação da intenção de Bolsonaro do fechamento da emissora, muitos estão se mexendo na tentativa de encontrar outra colocação no governo ou de evitar que seja cumprida a determinação. O site O Antagonista noticiou que está havendo lobby até junto ao presidente Temer e sua equipe, além evidentemente da pressão ser feita com qualquer personalidade que possa interferir em favor da continuidade da emissora.

O mais engraçado foi uma articulação da última semana para tentar puxar o cantor Lobão para o lado dos funcionários. Ou melhor, a articulação furou porque, segundo o jornal O Globo, servidores da EBC perderam muito tempo debatendo se valeria a pena tentar o apoio do roqueiro, que estava em uma rádio da estatal lançando um livro e CD. Quando por fim decidiram pedir a declaração, Lobão já tinha ido embora. É a crise política brasileira, companheiros. Falta liderança e determinação até na hora do sufoco.

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Faça propaganda e não reclame

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Nem Sansão, nem Dalila

© Roberto José da Silva

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Moro anuncia integrantes da Lava Jato na transição de governo

Futuro ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PSL), o juiz Sergio Moro, exonerado nesta segunda (19), anunciou que levou para o gabinete de transição em Brasília integrantes da Polícia Federal que participaram da Operação Lava Jato, em que o magistrado atuou em Curitiba (PR).

Alguns dos nomes são Rosalvo Franco Ferreira, ex-superintendente regional da Polícia Federal no Paraná, e Erika Mialik Marena, uma das primeiras delegadas a comandar a Lava Jato, tendo inclusive nomeado a operação.

Dessa forma, Moro começa a confirmar os primeiros nomes da sua equipe. Ele já havia dito que contaria com integrantes da Lava Jato, com quem trabalhou e em quem diz confiar, e que pretende criar no Ministério da Justiça o mesmo modelo da operação, com forças-tarefa para assuntos prioritários.

Moro almoçou com Franco e Marena nesta segunda, em restaurante anexo ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição do governo Bolsonaro. Também estavam à mesa Flávia Blanco, que será sua chefe de gabinete no ministério, e Marcos Koren, ex-chefe de comunicação da superintendência da PF no Paraná.

Dessa forma, Moro começa a confirmar os primeiros nomes da sua equipe. Ele já havia dito que contaria com integrantes da Lava Jato, com quem trabalhou e em quem diz confiar, e que pretende criar no Ministério da Justiça o mesmo modelo da operação, com forças-tarefa para assuntos prioritários.

Moro almoçou com Franco e Marena nesta segunda, em restaurante anexo ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição do governo Bolsonaro. Também estavam à mesa Flávia Blanco, que será sua chefe de gabinete no ministério, e Marcos Koren, ex-chefe de comunicação da superintendência da PF no Paraná.

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Mural da História

Novembro – 2007

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Calamity show – Ernesto Araújo, o chanceler de Bolsonaro, declara que vai buscar “possíveis falcatruas” de Celso Amorim, chanceler de Lula, no Itamaraty. Será o chanceler-tira, apropriando atribuições da PF, da CGU, da AGU e da PGR. Bem a cara do novo governo – que no tema se parece com a primeira presidência do PT: levantar sujeiras do PSDB.

O certo não seria descobrir as falcatruas lá dentro, em silêncio, e depois revelar? O novo governo continua em campanha, com bravatas, bazófias e besteiras. Com o ‘B’ de Bolsonaro teremos outro BBB, agora calamity show. E a tarefa – séria – de governar, como fica? A história repetitiva na qual o chanceler-tira também poderá ter seu dia de amorim.

Moro no sonho – Deltan Dallanhol seria o candidato dos sonhos de Sérgio Moro para substituir Raquel Dodge na PGR. Sonhar é direito de todos, humanos, desumanos e inumanos – minha cachorrinha sonha toda noite, embora nada me conte no dia seguinte. Esse sonho de Moro tem cara de fake news.

Simples: Dallanhol tem que entrar na lista votada pelos procuradores. E ser o mais votado; não é condição sine qua, pois o capitão-presidente pode peitar a classe e nomear Dallanhol. O novo PGR que se vire para trabalhar bronqueado com os colegas. Tem tanto ‘se’ na ideia que voltamos à fake.

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Bolsonaro, o valentão que arruma mais encrencas do que pode enfrentar

Esta confusão internacional com o desligamento da participação de Cuba do programa Mais Médicos, do Governo Federal, revela incompetência grave em dois lados da política brasileira, numa esquerda que esteve no poder por mais de uma década — com a criação ou o agravamento de todas as graves questões que travam a vida nacional — e numa direita que entra agora no poder.

A raiz do problema vem do governo do PT, que conforme é revelado agora aos brasileiros, da pior forma, estabeleceu um programa de assistência de saúde aos mais pobres com a dependência externa seriamente comprometida, em percentual altíssimo, ao interesse de um governo estrangeiro. A subordinação ao controle e às idas e vindas políticas de estrangeiros seria grave de qualquer forma, mas é bem mais irresponsável e típico da cumplicidade histórica entre a esquerda que esta perda de autonomia tenha relação com Cuba, que independente de qualquer juízo de valor sobre a ideologia de seu regime político, não conta hoje em dia com a possibilidade de garantir estabilidade em qualquer tipo de relação.

Outra incompetência, que desenvolve o problema em vez de contê-lo, é a do presidente eleito Jair Bolsonaro, expoente eleitoral de uma direita que antes mesmo da posse oficial continua a dar vazão a um comportamento de uma ousadia sem fundamento ou valor prático a não ser o da sedução fácil do eleitorado, porém sem a possibilidade prática de atender às altas expectativas criadas na apelação politiqueira. Para usar uma imagem própria dessa tigrada, Bolsonaro se comporta como aqueles lutadores de MMA que se exibem em vídeos na internet de um modo idiota e subestimando o adversário. Todo mundo sabe como o vídeo termina. Pobre deste país vitimado por uma esquerda ladra e incompetente, que criou inclusive as condições do surgimento de uma direita  que tem uma segurança idiota no próprio gogó.

O caráter bravateiro dessa direita pode impor ao Brasil um comportamento de valentão, na desinteligência de lidar com os problemas de forma espetacular sem atuar diretamente na organização de soluções sustentáveis, ainda gerando confusões maiores antes de garantir uma estratégia de controle do problema. Vem daí este caso da encrencada condição do Programa Mais Médicos, com a saída repentina dos profissionais cubanos. Desse mesmo jeitão chucro outras complicações já foram desenvolvidas nesses poucos dias anteriores à posse em janeiro, antecipando até mesmo a necessidade do país se ocupar de problemas que eram inexistentes antes do governo Bolsonaro vir a público boquejar sobre sua valentia para encarar tudo o que está aí e mais um pouco.

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Mural da História

22 de dezembro, 2012

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Pepe Richa na Boca da Feirinha

Da Boca da Feirinha: Na Boca da Praça 29 de Março, a mais frequentada por políticos aos domingos o comentário mais quente era sobre o paradeiro de Pepe Richa. Alguns sempre bem informados afirmaram que Pepe, com medo de voltar a ser preso, teria fugido para o Líbano onde se juntaria ao primo Luis Abi,que teve a prisão decretada e não se apresentou à justiça como prometera ao juiz da Operação Radio-Patrulha. Não há confirmação do destino de Pepe, mas a justiça não conseguiu intimá-lo para os atos de processo ao contrário dos outros réus. A informação é que o paradeiro é ignorado.

Segundo um experiente advogado do grupo do cafezinho, o Brasil não mantém tratado de extradição com o Líbano e, no terreno das alternativas, se Pepe Richa obtiver a cidadania libanesa como o primo Abi, já que seus avós teriam nascido naquele país, a extradição seria muito dificultada.

Quem examina pedidos de extradição em razão de processos judiciais é o STF que tem sistematicamente negado pedidos das autoridades libanesas em função da ausência de reciprocidade nos pedidos feitos pelo governo brasileiro.
Também os bancos situados no Líbano têm sido um refúgio mais seguro para o destino de fortunas obtidas mediante propinas e negociatas como aquelas denunciadas pela Lava- Jato.

Agora é esperar para ver se Pepe aparece e se reapresenta para a justiça, correndo o risco de ser preso, ou segue os passos do primo chamado de parente distante.

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Tchans!

Chica de ayer. © Furnaius Rufus

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Futura arte perdida

Ninguém mais escreve à mão na rua e cada vez menos em casa

Reza a lenda que, quando Albert Einstein, com sua fórmula E = mc2 ainda fresca para a humanidade, esteve no Rio em 1924, teve a companhia, em suas andanças pela cidade, do jovem jornalista Austregesilo de Athayde. O qual foi impecável, exceto por algo que intrigava o cientista. Com certa frequência, Austregesilo tirava um caderninho do bolso, lambia a ponta do lápis e tomava nota de alguma coisa. Einstein não se conteve: “O que o senhor tanto escreve, dr. Athayde?”. E Austregesilo: “Sempre que tenho uma ideia, eu a anoto, dr. Einstein”. E este, resignado: “Ainda bem que até hoje só tive uma ideia”. Bem, eu disse que era uma lenda.

Com uma assiduidade mais para Austregesilo do que para Einstein, também anoto coisas em caderninhos que sempre levo comigo quando saio à rua. Podem ser ideias de assunto para esta coluna ou observações para algum livro em que eu esteja trabalhando. Faço isto com uma caneta Bic preta, objeto que me acompanha há décadas e ao qual devo boa parte da minha produção —muitos textos nascem dela e é com ela que os reescrevo depois de perpetrados no computador e impressos. Até aí, tudo bem. O problema é ser visto anotando coisas em caderninhos numa via pública.

Até há pouco, não havia nada de mais em ser visto escrevendo à mão na rua. Mas agora há.

Tenho reparado que, ao me verem encostado num poste ou sentado num hidrante, e garatujando num bloco ou caderneta com aquele estranho objeto cilíndrico, as pessoas me olham diferente. Devem pensar que sou um pesquisador do Ibope, um leitor do relógio de eletricidade dos prédios ou mesmo um apontador de jogo do bicho.

Ninguém mais escreve à mão na rua e cada vez menos em casa. Pode se tornar uma arte perdida. Mas, se um dia deixarem de existir canetas e cadernetinhas nas papelarias, já me precavi —estou estocado para os próximos anos.

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Lava Jato: todos no Poder?

Dois nomes surgiram na imprensa no final de semana como favoritos do superministro da Justiça, Sérgio Moro, para seguir para a capital federal. O primeiro é o investigador-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, que ficaria no lugar da procuradora-chefe do Ministério Público Federal, Raquel Dodge. O segundo é um dos nomes mais importantes da Operação, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, aposentado e morando em São Paulo, que iria para a equipe de Moro.

Se ambos aceitarem os novos cargos, nunca uma operação contra a corrupção teria catapultado tanta gente para altos cargos federais como a Lava Jato. E, mais surpreendente ainda, é a transferência direta das pesquisas e investigações que sustentaram a Lava Jato para cargos da maior relevância no serviço público.

Sucesso da Operação e de seus integrantes?

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Um que eu tenho

CD Hemisphere, Reggae Africa, 1993, EMI Records. Compilation produced by Gerald Seligman. Ova-se!

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Tempo

© Orlando Pedroso

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