Eleições

conselho-de-amigo14 de abril, 2010 – O Ex-tado do Paraná

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Falta um Lutero – Depois do governo Bolsonaro não dá outra: é PT na presidência. Dúvida, só uma: qual PT, o pentecostal e universal do reino de Lula ou o internacional da graça de Haddad? A reforma protestante do partido. Lutero que é bom, nada.

Apoio crítico é críticaOs petistas continuam teimosos, cabeças-duras, recusam-se a entender o elementar do elementar. Detonaram Ciro Gomes na campanha, fizeram-se como sempre autossuficientes. Ciro perdeu e Haddad só será salvo por um milagre – difícil, porque o Santo está preso.

Com a subida de Bolsonaro, o politburo do PT correu atrás de Ciro, que garantiu apenas seu “apoio crítico”. Ciro não disse quando nem como daria o apoio crítico. Viajou à Europa, volta no dia da eleição, porém mandou Cid, o irmão eleito senador, em seu lugar.

Desbocado e esquentado como o irmão, Cid foi a evento do PT e disse que Haddad merece perder, que o partido tirou partido de nós, abusou, chamando a todos de babacas. Engendrou uma rima: “o PT merece perder” (que fica mais rica recitada em cearês, a língua do Ceará).

Apoio crítico tem que ter crítica ou não é uma coisa nem outra, uma contradição nos termos. O politburo não entendeu ou faltou alguém para desenhar o significado. Esperar o quê de Cid, o ministro que chamou o presidente da câmara de corrupto em plena sessão da casa?

Camisa listrada – Roberto Requião, ainda senador, tirou da secadora o lote de camisas listradas e vai sair por aí em campanha para Fernando Haddad. Só tem o problema da camisa listrada, item vetado no vestuário dos gordos porque ressalta o peso excessivo: as listras se expandem, fazem a moldura da banha, que ginga entre elas.

Mas quem vai meter o guizo no gato, ágil e esbelto até o primeiro mandato, quarenta anos atrás? Requião podia pegar mais isso com Jaime Lerner, gordo que se disfarça na roupa preta, cor sólida, sem listras. O que é mais uma apropriação para quem assumiu o governo e na hora rebatizou o Museu do Olho como obra sua?

Incompatibilidade de gênios – Sempre votei nulo. Sempre, mesmo quando disputei para orador das debutantes. No ocaso da existência, estou entre a cruz e a caldeirinha, a família exige que vote no candidato dela.

Dela? Não, delas, a mulher e a filha, que já envolveram a neta. As duas, burguesas da esquerda Vuitton, querem porque querem meu voto no Andrade. Nada de nulo ou de mulo. Uma diz que me põe para dormir no escritório, outra, que esconde a netinha. Vou ao juiz eleitoral ou à vara de família? (Saverio Marrone)

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A prepotência petista

As análises estatísticas do primeiro turno da eleição presidencial mostram aquilo que todos já sabem: o PT continua a reinar soberano nos remotos grotões do País, onde eleitores sustentados pelo assistencialismo do Bolsa Família idolatram o chefão petista Lula da Silva. Foi basicamente esse clientelismo que impulsionou a transferência de votos de Lula para seu preposto na eleição, Fernando Haddad, levando o ex-prefeito paulistano para o segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL).

Superada a primeira etapa da campanha, e a título de arregimentar apoio fora do curral lulopetista, Haddad agora quer fazer o País acreditar que nada tem a ver nem com o PT nem com Lula. Mais do que isso: pretende identificar-se como um candidato sem partido, preocupado unicamente com a democracia brasileira, que, segundo seu discurso, estaria ameaçada pelo seu oponente – um ex-capitão que faz apologia da ditadura e da tortura.

Assim, a candidatura de Haddad seria nada menos que a salvação da democracia – condição que, se verdadeira fosse, tornaria praticamente obrigatório o voto no PT no segundo turno para aqueles que prezam as liberdades democráticas. Na narrativa elaborada pelos estrategistas do PT, aqueles que rejeitam esse axioma lulopetista, recusando-se a declarar voto em Haddad ainda que considerem Bolsonaro realmente uma ameaça à estabilidade do País, são desde logo qualificados como cúmplices do ex-capitão.

A isso se dá o nome de “coação moral”, como corretamente salientou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em entrevista ao Estado. FHC relatou que vem sendo pressionado a “tomar posições”, isto é, a declarar voto em Haddad para, desse modo, reafirmar sua defesa da democracia contra o avanço do autoritarismo. Não fazê-lo, depreende-se, seria renunciar a essa defesa, permitindo que Bolsonaro e sua agenda retrógrada e fortemente iliberal prevaleçam. O ex-presidente rejeita categoricamente essa associação. “Não preciso provar que sou democrático”, declarou, como se isso fosse necessário.

A artimanha eleitoreira petista está obrigando democratas acima de qualquer suspeita a vir a público para dizer que não votar em Haddad no segundo turno está longe de ser uma declaração de apoio a Bolsonaro, muito menos uma demonstração de desapreço pela democracia.

O PT talvez tivesse melhor sorte na colheita de votos fora de seu reduto se fosse honesto e reconhecesse que, sob sua gestão, o Brasil mergulhou na maior crise econômica, política e moral de sua história. Ganharia simpatia se admitisse que não deveria ter elevado ao panteão dos “guerreiros do povo brasileiro” um magote de criminosos. Teria alguma chance de sucesso se seu discurso em defesa da democracia não fosse seletivo, poupando ditaduras companheiras como a da Venezuela. Poderia se redimir caso passasse a respeitar a opinião daqueles que não são petistas e caso confessasse que errou ao nunca considerar legítimo nenhum governo que não fosse o seu.

Como se vê, apenas retirar o vermelho e apagar Lula da propaganda eleitoral não é o bastante para convencer os verdadeiros democratas de que vale a pena apoiar Haddad nessa suposta luta em defesa da democracia. Em seu desabafo, Fernando Henrique Cardoso – cujo legado ao País sempre foi tratado como “herança maldita” pelo mesmo PT que agora demanda seu apoio – deu voz a muitos dos que estão cansados da retórica malandra e arrogante do lulopetismo. “Com que autoridade moral o PT diz: ou me apoia ou é de direita? Cresçam e apareçam. (…) Agora é o momento de coação moral… Ah, vá para o inferno. Não preciso ser coagido moralmente por ninguém. Não estou vendendo a alma ao diabo”, disse o ex-presidente.

Por ter sistematicamente desrespeitado aqueles que não aceitaram sua busca por hegemonia, por ter jogado brasileiros contra brasileiros e por ter empobrecido a política por meio da corrupção e do populismo rasteiro, o PT colhe agora os frutos amargos – na forma de um repúdio generalizado ao partido em quase todo o País e da desmoralização de sua tentativa de vestir o figurino democrático, que nunca lhe caiu bem.

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Entre o vinagre e o vinho, Patrícia Pilar, Zé de Abreu e Regina Duarte

Ao decidir apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro e deixar-se fotografar ao lado dele, a atriz Regina Duarte certamente sabia que iria despertar indignação entre muitos de seus pares de Rede Globo.

Falou mais forte, contudo, o desejo de voltar a ser, aos 71 anos, a “Namoradinha do Brasil”. Está aí uma moça que sempre soube fazer a coisa certa na hora certa: não há como ficar indiferente à confluência de milhões de brasileiros ao único candidato que pode, objetivamente, afastar o pior – o retorno ao poder dos quadrilheiros de todos os matizes.

Entre as vozes que, por enquanto, já se levantaram contra Regina está a atriz Patrícia Pilar, cujo grande feito da carreira foi ter sido casada com o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes. Já estão separados há alguns anos, mas ainda nesta campanha ela diz que votou nele para presidente da República.

ESQUECEU DO PRÓPRIO RABO

Patrícia Pilar pergunta à Regina pelo Twitter: “Com toda admiração e respeito que tenho por você, Regina, faço aqui uma ponderação: de antemão te digo que nunca fui petista, minha preocupação é com o Brasil. Mas você acha que a solução neste momento é votar em um candidato que nunca administrou uma rua sequer? Que se apresenta como salvador da pátria, mas não tem o menor conhecimento sobre economia, saúde e educação?”

Quem fica muito de olho no rabo alheio, esquece de ver o seu!

Não há nada mais petista que o seu ex-marido: deve ter ficado possesso quando o presidiário Luiz Inácio o preteriu e escolheu Fernando Haddad como seu candidato. Afinal, de que adiantou ter prometido sequestrá-lo para entregá-lo numa embaixada quando estivesse na iminência de ser preso?

Outro detalhe do qual Pilar se esqueceu completamente: em matéria de Educação, seu ex-marido entende apenas de fraudar as provas do Enem no Ceará para elevar as notas do IDEB e assim poder se vangloriar de que o estado administrado pelos Gomes tem nada menos de “82 das 100 melhores escolas do Brasil”….

JÁ ESTE NÃO SE OLHA NO ESPELHO

Outro que saiu da toca para agredir Regina Duarte é o canastrão Zé de Abreu: “não respeito artista que apoia fascista!”, protestou pelo Twitter.

Não tem por hábito olhar-se no espelho: há menos de seis anos, Abreu, junto com seus pares petralhas, protagonizaram o espetáculo mais nazifacista da atualidade, quase expulsando do Brasil aos gritos ensandecidos de bordões vermelhos, a blogueira cubana Yoani Sanchez. O bando não permitiu que a moça desse entrevista à TV brasileira e a perseguiu a todos os lugares por onde andou – Salvador, Brasília, São Paulo….

Já cuspiu na cara de pessoas em restaurante de São Paulo e ofendeu com mentiras disparadas pelo Twitter a família enlutada do jornalista Sandro Vaia no exato dia de sua morte…

E a TV Globo, que afastou o jornalista Willian Waak por ter pronunciado uma frase politicamente incorreta nos bastidores, mantém esse desclassificado no elenco de todas as suas novelas…

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Todo dia é dia

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Exemplo

© Myskiciewicz

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O irritante guru do Meier

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Debater o quê? – A cobrança de Fernando Haddad e o negaceio de Jair Bolsonaro ao debate é uma de tantas quebras da racionalidade nesta campanha irracional. Para Haddad e petistas amestrados o debate é essencial, o imperativo de discussão ampla e profunda das propostas dos candidatos. Que o povo tem o direito de conhecer para definir seu voto.

Pelas premissas temos que Jair Bolsonaro fere um pressuposto de legitimidade do processo eleitoral, o debate. Nada mais errado. O debate não é pressuposto de legitimidade, sim uma tradição que tenta se afirmar, dado que é recente em nosso costume político e a lei eleitoral não o impõe como regra.

Os debates que temos assistido “aprofundaram” as propostas dos candidatos? Não. As propostas são falsas, ilusórias, infactíveis, demagógicas e vazias quanto a dados e fontes de financiamento. E não são apresentadas apenas nos debates; vêm na propaganda eleitoral, distribuídas nos panfletos, faixas, santinhos.

Então para que servem e a quem beneficiam os debates? No condicional: serviriam ao povo se não versassem demagogia e ilusões. Os debatem servem aos candidatos, como exercícios de telegenia, a boa presença na televisão, a presença de espírito, até o ar seguro, decidido, exalando força e poder.

Os analistas norte americanos contam que no debate entre John Kennedy e Richard Nixon, o segundo foi melhor em termos de experiência e conhecimento; mas Kennedy foi preferido pelos telespectadores porque se apresentou bem barbeado, bronzeado, relaxado, o exato contrário de Nixon.

O debate entre Haddad e Bolsonaro daria um resultado desses – com a diferença de que o primeiro mostraria melhor preparo para a presidência. Daí que não interessa a Bolsonaro, que tem em seu favor a restrição médica da convalescença do atentado (discutível, na medida em que debate sem a interlocução do adversário).

Os debates representam o respeito do candidato para com seus eleitores, numa leitura idealista e ingênua de seus propósitos. Mas são, em análise final, mera estratégia de campanha, com todas as sutilezas, espertezas e subterfúgios. O debate entre Bolsonaro e Haddad: ao primeiro não interessa e ao segundo é vital.

Benefícios desse debate talvez tivessem os indecisos. Porque os eleitores de Bolsonaro não serão convencidos de que Haddad é melhor. Nem vice-versa. Quanto aos indecisos, as indicações revelam que continuam cada vez mais indecisos. E com receio do que virá depois das eleições.

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Roberto Requião, o retorno

Depois de ser liquidado (o termo é dele mesmo) na disputa pela reeleição, o senador Roberto Requião vai matar a saudade dos seus admiradores hoje, a partir das 18h30m, no diretório do MDB velho de guerra, em Curitiba.

É a primeira aparição pública do senador depois da eleição e depois da cirurgia de próstata a que se submeteu dia 9. O mote é o segundo turno da eleição presidencial e Requião vai organizar o MDB para trabalhar por Fernando Haddad, do PT.

Manifestação de coerência: Requião sabe que foi derrotado no Paraná por causa do seu apoio explícito ao PT e ao ex-presidente Lula, mas não arreda o pé da luta.

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Refeições diárias de Eduardo Cunha na prisão não poderão custar mais que R$ 14,43

Departamento Penitenciário publicou regras para licitação de alimentação nos presídios do PR

As quatro refeições diárias de presos como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, não vão poder custar mais de R$ 14,43 por dia.
EDITAL
O Departamento Penitenciário do Paraná publicou na semana passada as regras para a licitação de alimentação de todos os presídios e cadeias do estado.
COTA
Segundo o edital, o valor máximo de cada refeição servida não pode ultrapassar R$ 2,50 para café da manhã e lanche e R$ 6 para almoço e jantar.
CARDÁPIO
O documento destaca que “em datas festivas tais como Natal, Ano Novo, Sexta-Feira Santa e Páscoa, a contratada deverá fornecer cardápio especial, contendo, por exemplo: carnes assadas (frango, peru, chester, pernil, peixes etc.)”.
CARDÁPIO 2
Cada marmita deverá ter 280 g de arroz, 200 g de feijão, 100 g de proteína e 120 g de complemento (como macarrão, bolinhos, polenta ou farofa). Entre as proteínas, carnes bovinas e de frango devem ser servidas quatro vezes por semana, linguiça uma vez e peixes e ovos a cada 15 dias.
PORTA
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) está em fase final da avaliação sobre o pedido de adesão do Brasil como membro permanente do Comitê de Concorrência.
ME ACEITA
O pedido foi feito pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em dezembro de 2017. A iniciativa faz parte de uma ação coordenada com o Ministério das Relações Exteriores.
ME ACEITA 2
A resposta ao pedido brasileiro será dada na próxima reunião da OCDE, no final de novembro. Segundo membros do Cade, o governo tem recebido sinais de que o país será aceito.
RISCA E RABISCA
O Ministério da Justiça criou um grupo de trabalho para elaborar um manual com diretrizes para a autoclassificação indicativa em artes visuais. A primeira reunião foi realizada na terça (9).

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O caseiro do sítio de Atibaia

Seo Ináço, boas:

Escrevulhe éssais mautraçadas liãs pra mandá notícias do sitiozim. As criassão vai bêim, óbrigado. A péscina nóis alimpêmo e butamo cróro, a grêia da churrasquêra tomêm ariêmo.

Madeinusa, miã muié, espaiou bósta de galiã em sua órta e stá tudo verdim, verdim. Só os pédalim é que num devolvêro, até hoje stão com aquel’s hômi do juís.

Mudano de mala pra cuia. Seo Ináço, mi diga aqui uã coisa: os cabra do capitão tão dizeno que é pá nóis vortá pro Piauí, é?

Curr’diacho! Eu merrmo num me aburreço de arribá aqui das Atibaia. O póblema é meu minino, o Carlantóim. O rapái istudô, formô-si, pariu cuátu minino, trabáia em Sumpaulo feito um cachorro-véi a mó de assustentá a residença. E agora quére quiêle vórte pro Piauí anssim de rabo baxo?

Como é que póde uma disgrama dessa, siô? Êssis hômi só póde tá é demente de querêre uã doidice dessa. Adispois que o rapái stá no Sul têim vintitantuzano! Nã!

Óli o i-mêi que Carlantóim mandô, arrepáre na tristesa do meu fi:

“Papai, purecausa de nóis sê piauizêro, agora inventáro que é pra vortá pás banda di órige. É rumá os trêim e se largá pra Fulóriano e, de lá, a Buriti dos Lópe ou Pastos Bôins- têim jeito não…. Póristo, stô quereno vê se o sinhô me cedia um côm’du da casa aí do sítio, a mó d’eu me instalá com meu povo até susséga os nó-pelas-costa desse capitão, num sabe?”

Seo Ináço, vai sê póblema pra eu e pro sinhô. Pra eu, é máise boca pra cumê; pru sinhô é os hômi do juís increncano com esse povo todo aqui no sitiozim.

Purotrulado, num posso dá as costa ao Carlantóim. Fi é fi. É póristo que, cunversano máise a Madinusa, me vêi a ideia: o sinhô inda têim o apartamentozim do Guarujá? Purquê, sitivé, nóis pidiria pra o Carlantóim ir pralá, num sabe? Podia sê de casêro, agrégado, zeladô ou qualqué tipo de funçonáro. Êle tumárra de conta do drupéx como se fosse dêle, que ali stá um rapái geitosu e inducadu. O sinhô vejaí as dispossibilidades, oviu?

E o chadrez, seo minino, stão lhe tratanu direitiõm? Córitibas é lonje que só a baxa da égua. Sinão, eu já tiria idaí, máise Madinusa, lhe dexá uã cachaciã que perparamos. O povo chama a bicha de “Pixuleco”. Eita, pinga boa do cão, seo Ináço! Milhór qui essa, só duas dessa!

Recumendação de seo casêro, Élquisson.

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No ar

Avião: é mais pesado do que o ar, tem motor a explosão e foi inventado por um brasileiro. Não pode funcionar. (Vinicius de Moraes)

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Fake (fake dói!)

Inri Cristo, nascido em Belém do Pará (?) o indivíduo é portador da “Síndrome do Messias” e nunca  foi crucificado aos 33 anos. Não conheceu nenhuma Maria Madalena e é seguido pelas inricristetes, um grupo de fanáticas desengonçadas. Foto do discípulo amigo (suspeito, hein?)

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A Imprensa deixou de formar profissionais. Perdem todos

Blog do Orlando.

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Amigos, amigos

Leio que os herdeiros de Ivan Lessa, escritor e jornalista morto em 2012, doarão seu acervo ao Instituto Moreira Salles. Ótimo. Espero que inclua sua biblioteca, cheia de primeiras edições, a incrível coleção de LPs, que ele começou em 1950 e da qual nunca se desfez, e a papelada, certamente copiosa. Quanto a esta, em minha opinião, não teremos originais inéditos, esboços de enredos ou versões alternativas de qualquer coisa. Ivan era um escritor notório por detestar escrever. Pelo menos, escrever a valer três pontos —romances, contos ou artigos para a imprensa.

Porque, no resto, Ivan escrevia, compulsiva, obsessivamente, o dia todo —cartas, recados, emails. Se seus computadores não se apagaram, lá estarão os milhares de mensagens que ele trocou com os amigos durante anos. E, se elas forem abertas, sai de baixo. Podemos esperar pelas opiniões mais pândegas e certeiras sobre todo mundo —inclusive nós, os amigos.

Às vezes, queremos acreditar que tal ou qual grupo de escritores era coeso, formado por amigos inseparáveis. Amigos, sim, e inseparáveis, sem dúvida, mas isso não os impedia de falar mal uns dos outros para quem quisesse ouvir. Vide os mineiros Fernando Sabino, Paulo Mendes CamposOtto Lara Resende e Helio Pellegrino. Eu próprio escutei Fernando se queixar de Otto, Otto se queixar de Paulo e, nunca ouvi, mas imagino que Paulo um dia tenha se queixado de Helio, e Helio, dos outros três.

Ivan Lessa, Paulo Francis e Telmo Martino formaram, por quase 50 anos, um grupo unido pelo humor mais cáustico e mortal de que já se teve notícia. Ninguém estava a salvo de suas frases —nem eles próprios. Em certa época, os três brigaram entre si e era hilariante ouvir Ivan demolindo a empáfia de Francis, Telmo, a de Ivan, e Francis, vociferando contra os dois. Depois voltaram às boas.

Eles se mandaram e nos deixaram aqui, fazendo asneiras.

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