Os coronéis da PM e o pedágio

Este súbito interesse da governador-candidata, Cida Borghetti, pelo pedágio e suas intrincadas tarifas superfaturadas ocorre para mostrar serviço às vésperas da eleição. Até porque, nos quase 4 anos em que foi vice de Beto Richa jamais se ouviu uma declaração, um gesto, um olhar zangado sequer de dona Cida em direção às concessionárias.

Mas o que intriga mesmo nas várias tentativas de obter vantagens com um tema tão complexo e num governo que acaba domingo ou no máximo no final do segundo turno eleitoral, é colocar coronéis da PM do Paraná como interventores das pedageiras.

Por que coronéis? Eles tiveram formação para analisar as planilhas de custos? São coronéis-engenheiros? São técnicos em estradas de rodagem? Sabem fazer medições por quilômetro rodado? São coronéis-especialistas nas tarifas de pedágio mais caras do país? Ou são coronéis preparados para descobrir tudo o que o ex-secretário de Infra Estrutura e Logística do Paraná, Pepe Richa, hoje preso, aprontou com o pedágio ?

Ou seria uma súbita confiança em coronéis diante do fato que pelo menos 32% dos brasileiros vão votar num capitão do Exército para ocupar a presidência da República?

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Ato falho – Fernando Haddad critica o “fascismo de direita”. Ato falho. Se fala do ‘de direita’ lá no inconsciente está excluindo o ‘de esquerda’. Esse fascismo é de quem mesmo?

Já vem tarde – O PSDB decidiu expulsar os filiados que montaram o grupo “Tucanos com Bolsonaro”. Veio tarde. Devia ter expulsado os ‘tucanos com Temer’, que jogaram a última pá de terra na sepultura do partido – entre eles Geraldo Alckmin, o candidato tucano.

Benesses bolivarianas – Tinha que ter eleição todo mês. Vejam só. Em vinte dias a governadora Cida Borghetti interveio no pedágio e aumentou o salário dos professores temporários. Tomara que vá para o segundo turno que daí antecipa antecipa a gratificação das férias e o décimo-terceiro de 2019.

Roberto Requião recomendaria que espalhasse ratoeiras no Iguaçu. Ela optou pelas benesses bolivarianas. Porque é generosa com o dinheiro que fará falta no ano que vem. Mas o ano que vem vem depois deste ano. E no ano que vem ela pode nem estar mais aqui.

Reforma constitucional – Jair Bolsonaro e Fernando Haddad têm algo em comum, querem mudar a Constituição. Não encontro a fonte, mas recordo o fato. Com o golpe de 1937, Getúlio Vargas outorgou a constituição que ficou na História pelo apelido de ‘Polaca’, porque calcada na da Polônia. Alguém – o Barão de Itararé? – teria comentado que bastava um decreto, assim:

 Art 1*. Fica revogada a Lei Áurea. – Parágrafo único. Os brancos passam a ser escravos.

Art. 2*. Revogam-se as disposições em contrário.

– Vai daqui a sugestão do Insulto. *Esta p## de blog não oferece a ferramenta do numeral ordinal.

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Eleições 2018

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Eleições 2018

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Brasil e Bolsonaro: expectativas de um futuro que seu perfil não garante

Existem os mais variados equívocos sobre o candidato Jair Bolsonaro no tocante às suas reais intenções políticas. O mais marcante é fazer dele o líder de uma transformação de direita, na liderança de um ataque rigoroso ao aparelhamento político e cultural promovido pela esquerda no país, em conjunto com uma mudança de rumo da sociedade brasileira para um caminho conservador em comportamento e liberal na economia.

Será pesada a frustração de quem tem essa expectativa. Na hipótese da sua eleição para presidente, pelo que se sabe até agora desse político a única previsão razoável encaminha para vê-lo no futuro como um sub-Sarney, cercado de problemas graves e das variadas necessidades brasileiras inadiáveis e sempre sem conclusão, tendo ao lado os políticos mais aproveitadores deste país farto em salafrários. O plano pessoal de Bolsonaro não vai muito além de prosseguir com o estupendo enriquecimento dele e dos filhos, empreendimento para o qual tem se aproveitado da política, até cair do céu para ele a possibilidade de ser presidente.

Não deve ser subestimado o estrago político que sua eleição pode provocar ao país, porém uma parcela ínfima dessa tragédia virá de uma doutrina política. Jamais colocaria em dúvida as más intenções do candidato do PSL, no entanto nada do que pode ser provocado por ele na vida brasileira virá de um propósito formalmente organizado em teoria ou numa ideologia. Ele é incapaz disso, do mesmo modo que é plenamente incapacitado para tocar um governo.

Andei vendo algumas análises que relacionam sua ascensão ao estabelecimento de um regime fascista, inclusive com alusões ao que ocorreu com Adolf Hitler, no período inicial de sua subida ao poder, no começo fazendo uso das regras políticas vigentes na Alemanha da década de 30 do século passado. Cabe lembrar que mesmo a tragédia nazista tendo sido iniciada por meio do voto, Hitler não era um fenômeno de popularidade antes de subir ao poder. Ainda protótipo de ditador, o führer animava apenas poucos parceiros de copo em cervejarias. E as diferenças não param por aí.

O grau de conturbação político-social que pode ser criado com Bolsonaro no governo, ainda mais tendo na oposição um PT que deverá regredir ao que já foi de pior historicamente, poderá de fato agitar um caldo de cultura de bom proveito para um plano de imposição de um regime que passe por cima da democracia brasileira. Mas não vejo no próprio Bolsonaro qualidades pessoais para liderar algo parecido.

Claro que isso não atenua o perigo de sua eleição, até pelo fato da tentação autoritária ter sido sempre o centro de seu discurso político. Mas se for ocorrer algo nessa linha, o problema virá de figuras ainda encobertas nessa confusão política e ideológica que empurrou o Brasil para uma condição muito delicada, que só tem similar no período anterior ao golpe militar de 1964, que desgraçadamente resultou exatamente no regime que voltou a ser assunto, de forma distorcida, numa leitura histórica totalmente errada, na memória de pura propaganda que embala esse fanatismo tosco.

Ainda que não tenha sido grande coisa no plano ideológico, até o regime de 64 possuía muito mais base de pensamento do que essa mixórdia bolsonarista gritada nas ruas e replicada nas redes sociais. E ao contrário do mito surgido da mais profunda ignorância, o que o legado dos militares na política teve mesmo de grandioso foi a inflação deixada quando saíram do poder, além de uma variedade de complicações que, como se vê, estão aí até hoje. Se vier um retrocesso a partir da eleição de Bolsonaro, ironicamente isso ocorrerá na forma do jargão marxista. Virá como uma farsa, na repetição de uma história que não deu certo.

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Quaxquáx!

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Tempo

maíra22Maíra Lour, Superagui, em algum lugar do passado. © Myskiciewicz

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El condor passa – A eleição ainda não perdi, mas estou no mato sem supermercado,  entre o Walmart e o Festval, um muito americano, outro muito cascavelense imitando os americanos. Fui traído pelo dono do Condor, que fez igual o cara da Havan: reuniu os funcionários para pedir voto no candidato dele a presidente.

Pomba-correio – Entrevistado pelo Estadão, José Dirceu diz que não fala pessoalmente com Lula há muito tempo. Nem precisa, tem intermediário que faz o meio de campo entre os dois. Não diz o nome do intermediário, mas Gleisi Hoffmann está sempre no apartamento de Dirceu em Brasília e também não sai da cela de Lula em Curitiba. Então só pode ser ela a pomba-correio dos dois.

Inocente e inútil – Beto Richa repete que não sabe de nada, não fez nada e não viu nada na roubalheira de seu governo. É inocente. Um inocente inútil.

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Homo Sapiens, Uni-vos!

© Roberto José da Silva

Quando vejo manifestação pública sobre ou contra uma ideia, um partido, um candidato ou um time, enxergo mais vaidade do que propósito genuíno.

Desconfio que as verdadeiras forças que mudam o destino de uma nação ou civilização passam longe da gritaria ensandecida. Estas forças habitam e viajam no escuro. São indetectáveis. Mudam de direção sob a menor variação das condições reinantes e trazem resultados tão poderosos que fariam um deus se ajoelhar.

Esta inebriante ilusão que teimamos saborear repetidas vezes, a de que podemos alterar o resultado de qualquer coisa, é apenas um fiapo da grande ingenuidade que nos coloca convicção de que temos controle das circunstâncias. O acaso é a única constante num universo indiferente que aprecia apostar alto jogando dados. Nesta perspectiva, quando vejo ruas tomadas por milhares gritando por POLÍTICOS (?), não consigo pensar em outra coisa. Macacos! Nunca deixamos de ser.

Yuri Vasconcelos da Silva – arquiteto (Blog do Zé Beto)

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Excesso de provas

A delação do ex-ministro Antonio Palocci à Polícia Federal, finalmente homologada pelo TRF-4 e liberada para divulgação pelo Juiz Sérgio Moro, alegadamente para atender à defesa do ex-presidente Lula, caiu como uma bomba na campanha presidencial a seis dias do primeiro turno da eleição, e tem uma característica única: pode ser comprovada em grande parte pelas provas que já estão em poder do Judiciário, mais precisamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Também podem ser cruzadas com outras delações, de dirigentes da Odebrecht e de outras empreiteiras. As delações cruzadas tornam-se matéria de comprovação das denúncias. O ex-ministro do PT disse que as campanhas de Dilma Rousseff em 2010 e 2014 custaram respectivamente 600 milhões de reais e 800 milhões de reais, a maior parte em dinheiro sujo, quantia muitas vezes maior do que a declarada no TSE.

As investigações sobre a campanha de 2014 foram amplas, e o relator do TSE, ministro Herman Benjamim, pediu a anulação da eleição por abuso de poder econômico e político. Os depoimentos dos executivos da empreiteira Odebrecht e dos marqueteiros Monica Moura e João Santana foram utilizados como “provas alargadas” pelo relator Herman Benjamim, que mandou acrescentar aos autos esses depoimentos, frutos de delações premiadas na Operação Lava Jato.

Segundo o relator e o vice-procurador eleitoral Nicolao Dino houve abuso de poder econômico e fraudes na contratação das gráficas fantasmas por parte da chapa Dilma-Temer. Numa das delações premiadas de executivos da empreiteira Odebrecht, foi revelado que a chapa presidencial do PT-PMDB recebeu R$ 30 milhões de caixa 2 na campanha de 2014.

Os documentos em posse do relator do processo de cassação da chapa, Ministro Herman Benjamim, eram fortes o suficiente, para que pedisse, como fez, a cassação da chapa. A revelação de financiamento direto na campanha, e outras, que indicam que a própria ex-presidente participou pessoalmente das negociações desse tipo de verbas não contabilizadas, foram confirmadas por Palocci.

Segundo ele, no início de 2010 houve uma reunião entre ele, Lula, Dilma Rousseff e José Sérgio Gabrielli, então presidente da Petrobras na biblioteca do Palácio do Alvorada, quando Lula mandou que Gabrielli encomendasse a construção de 40 sondas para “garantir o futuro político do país e do PT com a eleição de Dilma Rousseff, produzindo-se os navios para exploração do pré-sal e recursos para a campanha que se aproximava”.

Palocci acrescentou que seria “muito mais fácil discutir com OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa contribuições para campanhas eleitorais do que tentar discutir o mesmo assunto com empresas estrangeiras”. Em sua delação, Antonio Palocci coloca em xeque a capacidade de fiscalização do TSE, que “não tem como saber se a doação é ilícita, uma vez que não fiscaliza a origem do dinheiro”.

Palocci afirma que “a maior parte das doações registradas no TSE é de origem ilícita”. Segundo o ex-ministro de Lula e Dilma, houve pagamento de propina para a inclusão de “emendas exóticas” em 90% das medidas provisórias editadas nos quatro governos do PT.

Antonio Palocci disse para a Polícia Federal que o PT teve contas secretas no exterior, abertas pelo próprio partido ou por empresários, o que coincide com a delação de Joesley Batista, que disse que abriu uma conta em seu nome no exterior que era usada por Palocci e Lula. As provas eram tantas que o relator do processo no TSE, ministro Herman Benjamim, ironizou a decisão de não cassar a chapa Dilma-Temer afirmando que fora tomada por “excesso de provas”. Agora essas provas em excesso poderão ter alguma utilidade.

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Um rapaz de fino traço

© Oswaldo Miran

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Ostras

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Palocci: prestações de contas no TSE acumulam ilicitudes

O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, revelou à Polícia Federal que as prestações de contas dos partidos junto a Tribunal Superior Eleitoral são perfeitas do ponto de vista formal, mas acumulam ilicitudes em quase todos os recursos recebidos. Citou como exemplo, se uma campanha apresenta o custo final de R$ 500 milhões, pelo menos R$ 400 milhões não têm origem correta.

Ou seja, são resultado de acordos firmados anteriormente com grandes grupos econômicos que realizam as obras em todo o País. Mesmo diante da nova legislação eleitoral, que proíbe a doação de empresas, Palocci afirma que, se não houver fiscalização, haverá aumento de caixa 2.

Palocci, responsável pela área financeira de diversas campanhas do PT, afirmou na PF que a campanha eleitoral de 2010 do partido, que elegeu Dilma Rousseff, custou R$ 600 milhões e a de 2014, da reeleição, R$ 800 milhões. Pelas prestações de contas registradas no TSE os gastos foram, respectivamente, de R$ 153 milhões e R$ 350 milhões.

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Faça propaganda e não reclame

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