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ricardo-darin-2Ricardo Darin.  © Jorge Bispo

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Mural da História

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João Silvério Trevisan participa do projeto Um Escritor na Biblioteca

© Divulgação

O escritor paulista João Silvério Trevisan encerra a temporada 2018 do projeto Um Escritor na Biblioteca hoje, 13 de novembro, às 19h15, na Biblioteca Pública do Paraná. O bate-papo tem mediação do dramaturgo e músico Flávio Stein. A entrada é gratuita.

Paulista de Ribeirão Bonito, Trevisan nasceu em 1944. Formado em filosofia, estreou na literatura com os contos de Testamento de Jônatas deixado a David (1976). Autor de 12 livros, venceu o Prêmio Jabuti com o romance O livro do avesso (1992) e o APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) por Rei do cheiro (2009). Seu romance mais recente é Pai, pai (2017). Neste ano, Trevisan teve sua obra Devassos no paraíso, um marco sobre a história da homossexualidade no Brasil, reeditada.

Além do trabalho literário e cinematográfico, que inclui a direção e roteiro do longa-metragem Orgia ou O homem que deu cria (1970), o escritor editou, de 1978 a 1981, o jornal O Lampião da Esquina, projeto voltado à discussão dos direitos dos homossexuais e outros grupos excluídos.

Um Escritor na Biblioteca é um projeto realizado pela Biblioteca Pública do Paraná na década de 1980, retomado em 2011, com a participação de autores brasileiros de variadas gerações. Os depoimentos são gravados e, posteriormente, publicados no jornal Cândido e editados em formato de livro pelo Núcleo de Edições da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná.

Um Escritor na Biblioteca, com João Silvério Trevisan. Hoje, 13 de novembro, às 19h15, no auditório da BPP. Cândido Lopes, 133, Centro , Curitiba/PR. Entrada gratuita.

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Ricardo Barros na área

O deputado federal Ricardo Barros (PP) começou a dar declarações e sugestões em público, ao afirmar que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, tem de ouvir seus ex-colegas de Câmara e negociar com o Congresso para aprovar, pelo menos, a reforma da Previdência.

É uma das primeiras manifestações políticas dele na temporada em que a mulher, Cida Borghetti, ocupa o governo do Estado.

No vocabulário de Ricardo Barros isso quer dizer que ele já partiu para a articulação direta em Brasília e com um único objetivo: demonstrar ser capaz de agir com a mesma destreza política que o fez eclético líder e ministro de governos de diferentes partidos, desde o do tucano Fernando Henrique Cardoso, passando pelos petistas Lula e Dilma e, por fim, no ministério da Saúde do emedebista Michel Temer.

Não duvidem: Jair Bolsonaro também precisará recorrer às habilidades de Ricardo Barros.

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O Incrível Stan

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Inteligentinho de direita

Quem propõe a Bolsonaro xingar a Folha deve estar na folha de pagamento do PT

Sim, direi eu: é óbvio que existe o inteligentinho de direita. Eles sairão logo do armário. Você está acostumado a me ver usar a expressão “inteligentinho” sem qualquer atributo, mas, quando falava, eu me referia ao inteligentinho de esquerda.

O inteligentinho de esquerda chora com a própria bondade de coração, que transborda pelas rodas de sua bike importada. Por onde passa, é uma inundação de lágrimas que jorram por conta de sua imensa consciência global.

O inteligentinho de direita se acha a pessoa mais esperta do mundo e tem certeza que o homem não foi à Lua. Apenas ele sacou isso em seu irrelevante apartamento de classe média. Julga que tudo foi uma armação e que a filmagem (descobriu nas redes!) foi feita na Islândia!

O inteligentinho de esquerda vai votar com livros (mas não os lê, necessariamente); o de direita acha que a urna é manipulada pelo PT.

Em uma coisa o inteligentinho de esquerda bate o de direita de longe: o de esquerda pega muito mais mulher. O de direita carrega um certo cheiro de mofo.

O de esquerda começou sua carreira de truculência muito antes do de direita (inclusive contra profissionais da Folha), mas acha que sua truculência é contra “gente que merece”. O de direita parece aqueles bichos presos em jaulas há anos e que agora sai com sede de sangue.

O de esquerda tem amigos chiques em todos os países chiques do mundo (apesar de não falar quase nenhuma língua estrangeira). O de direita, de fato, crê que as redes sociais bastam ao mundo como ferramenta de informação.

Se em 2013 eram os “picaretas ninjas” que achavam que a guerrilha com o celular ia salvar o mundo, agora são os bolsominions que pensam a mesma coisa.

Os de esquerda ganham dinheiro de bancos para fazer documentários sobre pobre e bandido gourmet, e os de direita, coitados, pedem esmola na rua.

Mas deixemos o inteligentinho de esquerda ir brincar no parque hoje e odiar seu ódio. Pode levar um livrinho também, como levou para as urnas.

O assunto hoje são os inteligentinhos de direita. O mal que eles podem fazer à administração Bolsonaro, e, portanto, ao país. Os de esquerda esculhambam a esquerda porque não sabem se devem odiar o shopping ou se beijar nele.

A esquerda pós-centro acadêmico quer um shopping para chamar de seu. O grande pecado dos inteligentinhos de esquerda é a bondade que assumem ser natural deles, e o dos de direita é a inteligência que assumem ser natural.Umas das pragas da administração Bolsonaro serão seus inteligentinhos a propor coisas idiotas. Mas hoje quero focar em uma em especial: xingar a imprensa. Chego a suspeitar que quem propõe ao Bolsonaro xingar a Folha deve estar na folha de pagamento do PT.

A dificuldade típica de um inteligentinho é lidar com a ambivalência e as nuances da realidade. Ele é infantil. O de esquerda, no que tange a moral em especial, o de direita, no que tange a inteligência em si.

Sim. Grande parte dos jornalistas foram formados pela esquerda e são, ainda que, em alguns casos vagamente, de esquerda. A maioria esmagadora dos professores em universidades trabalha, descaradamente, pelo PT e PSOL.

Os professores do seu filho provavelmente pregam conteúdos de esquerda e seu filho crescerá petista. Grande parte do Ministério Público e da Justiça do Trabalho é de esquerda.

Mas a Folha não é de esquerda. Nem outros veículos da imprensa. São empresas cujo negócio final é ter clientes que buscam informação e ter lucro com isso. Pode haver contaminação ideológica em muitos agentes da mídia?

Claro, assim como há entre padres, pastores, psicanalistas, artistas (quase todos, nesse caso, porque mamam nas tetas dos editais) e intelectuais. Por exemplo, a mídia é infinitamente melhor do que a universidade em termos de caráter.

A pluralidade da Folha é tão óbvia (claro, não para você se você for um inteligentinho que não enxerga um palmo diante do nariz) que a Folha é a principal responsável pela maior parte da abertura na imprensa brasileira para discussões que vão além da pauta da esquerda. É duro ter que dizer o óbvio. Mas, hoje em dia, o óbvio dito é quase tocante, devido ao grau de estupidez que corre como sangue nas redes sociais.

Se a administração Bolsonaro continuar a xingar a Folha e outros veículos, vai provar que é incapaz de entender o lugar da mídia na democracia: fazer a vigília da liberdade. Quem quer autoajuda faz workshops de coaching. Quem quer crescer lê jornais.

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Crianças nos autos – As escolas de Direito ensinam, ou pelo menos ensinavam, que juiz só fala nos autos e dos assuntos que constam dos autos. Por muito tempo, longo tempo, os juízes, bons alunos dessas escolas, lembraram e praticaram o ensinamento. Depois veio a Lava Jato e os juízes passaram a falar fora dos auCrianças nos autos – As escolas de Direito ensinam, ou pelo menos ensinavam, que juiz só fala nos autos e dos assuntos que constam dos autos. Por muito tempo, longo tempo, os juízes, bons alunos dessas escolas, lembraram e praticaram o ensinamento.

Depois veio a Lava Jato e os juízes passaram a falar fora dos autos, mesmo os que estavam de passagem nos autos, caso dos ministros do Supremo. Como entender isso tudo aí? Já se disse que é culpa da televisão, que assegura o tal minuto de fama. Pode ser.

E por que não pode ser efeito da Lava Jato? Os juízes se impressionam com o lava jato e feito crianças brincam com os autos, como se fossem o carro dos pais. Absurda, ridícula esta explicação? Sim, porém menos do que ter juízes falando pelos cotovelos.

Mouro e namouro – “Tenho grandes amigos que são homossexuais. Uma das melhores pessoas que eu conheço é homossexual.”

Sérgio Moro – juiz por enquanto e ministro disso tudo aí daqui a pouco – em entrevista ao Fantástico. Ele arma um pacau de bico: como fica quem não tem grandes amigos homossexuais e sabe ser homossexual a pior pessoa que conhece? Uma coisa é o mouro, outra, o namouro. Hannah Arendt conta que uma das pessoas mais queridas por Hitler era … judeu.

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Duke

© Duke – O Tempo (MG)

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Quando dá vergonha de Rocha Loures

O depoimento do ex-deputado federal, Rodrigo Rocha Loures ao juiz federal Jaime Travassos, de Brasília, foi descrito pelo jornalista da Folha de São Paulo, Josias de Souza, sob o título “Rocha Loures tenta provar que é um débil mental”. Nada mais verdadeiro e mais nem precisaria ser dito.

Rocha Loures foi protagonista de um dos piores momentos dos cinco anos da Operação Lava Jato: pela dissimulação, pela covardia e pela tentativa de utilizar argumentos primários na defesa do indefensável.

Na explicação das imagens onde ele aparece correndo com uma mala de R$ 500 mil reais pelas ruas de São Paulo em direção a um taxi, Rocha Loures diz que ficou muito nervoso, quando o executivo Ricardo Saud, da JBS, o abordou no estacionamento de uma pizzaria e lhe entregou uma mala, recomendando que corresse para pegar o avião. Pegou a mala, seguiu para a casa dos pais onde a guardou no armário do quarto de hóspedes e depois, no mesmo taxi, pegou um avião que o levou para Londrina. E mais não diz.Homem feito, bem formado, deputado federal, ex-assessor graduado de Roberto Requião, viajado e traquejado na assessoria direta do presidente da República, Michel Temer, contou uma história que não cola nem com reza braba. Pior, passa um atestado de completa insanidade, como diz Josias de Souza, e entra direto para o rol do folclore da corrupção no País.

A declaração de culpado poderia até lhe dar alguns anos de cadeia. Mas manteria a dignidade, sem a qual nenhum homem pode olhar no espelho pela manhã.

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Playboy – Anos 50

1954-Neva-Gilbert-Playboy-Centerfold1954|Neva Gilbert. Playboy Centerfold

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Acordando com o rádio

Nesta época de redes sociais, ainda sou dos que acordam com o rádio

Nesta época de redes sociais, ainda sou dos que acordam com o rádio. É uma garantia de que escutarei notícias, não fakes. Imagine se, naquela mesma manhã, na Casa Branca, Donald Trump tiver tropeçado no próprio topete e fraturado a uretra. Se for verdade, é algo de que precisamos ficar sabendo em tempo real.

Nos anos 50, foi pelo Repórter Esso e pelo O Globo no Ar que ouvi as notícias da morte de Francisco Alves, Getulio Vargas, Carmen Miranda, James Dean e Oliver Hardy, o Gordo de O Gordo e o Magro. Infelizmente, nenhuma delas era boato.

Durante muito tempo, a divisão entre o rádio e seus ouvintes era mais nítida. Cada qual ficava em seu lado do dial, e isso parecia muito natural. As únicas possibilidades de um ouvinte se ouvir no rádio eram se fosse entrevistado na rua, telefonasse para pedir música ou cantasse no programa de calouros.

Hoje, principalmente nas rádios que só tocam notícia, não é mais assim. Os ouvintes são estimulados a participar da programação, telefonando para a emissora a fim de dar notícias sobre o que está acontecendo no seu bairro ou rua. E, com isso, temos:

Há um tiroteio na Praça Seca, em Jacarepaguá. Vazamento de água da altura de um chafariz está inundando a rua do Matoso, na Tijuca. Acidente envolvendo dois ônibus fechou uma pista da avenida Brasil na altura de Bonsucesso. Engarrafamento na ponte Rio-Niterói faz com que a travessia sentido Rio esteja levando 23 minutos. E por aí vai. Só notícias chatas, desagradáveis. Gostaria de, um dia, ser acordado ao som de:

Garças sobrevoam a Lagoa. O sol está nascendo de uma maneira incrível atrás da igreja da Penha. Há um ipê amarelo todo florido na Gávea. O mar está cristalino no Arpoador, dá até para ver os cardumes. Acabo de passar por um casal apaixonado se beijando numa praça do Grajaú. 

Essas coisas também acontecem todo dia no Rio. Talvez por isso não sejam notícia.

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Liturgia e simonia – Uma coisa ninguém pode negar, principalmente os petistas: Michel Temer tentou manter a liturgia do cargo”. Se fez como José Sarney, autor da expressão, e os cardeais da Igreja, que atrás da liturgia praticavam simonia é outra conversa.

Porque quando há simonia, a liturgia mantém as aparências e o povo, sossegado. Simonia, para poupar a visita ao Google, é o comércio de coisas sagradas, como a venda de perdão e absolvições que a Igreja fazia antes de Lutero. Agora com os herdeiros de Lutero só teremos liturgia.

The same old story – Ainda sou advogado, louco para deixar de ser e só não faço por causa de outros advogados que não sabem aritmética básica, português nível Bolsonaro e Direito elementar, gente que bloqueia minha aposentadoria. Portanto, terei que votar na eleição da OAB, agora com oposição de esquerda, coisa nova na OAB do Paraná.

Tenho mais amigos na oposição que na situação. Fui oposição nos idos de 1978 – e perdi, porque a chapa já mandava na OAB há uns trinta anos naquela época. A maioria dos companheiros de chapa migrou para a XI de Agosto na eleição seguinte. Portanto, hoje são pelo menos 80 anos de domínio da XI de Agosto.

Mas como advogado é conservador, gosto da XI de Agosto porque ela renova a cada cinco eleições, com filhos e colegas de escritório dos conselheiros que saem. Hoje, no entanto, meu coração periclita com o lance da festa que a XI de Agosto teria apoiado para captar votos de advogados recém inscritos.

Não compro a fake news oposicionista de que os atuais gestores da OAB teriam bancado a festa com dinheiro da instituição. Se há um defeito que a OAB não tem é o de usar dinheiro da classe em proveito dos conselheiros. Por isso não entendo a resistência da OAB nacional em prestar contas ao TCU.

Porém não aprovei a festa em boate com música brega e os meninos serem obrigados a pagar a bebida, considerando que eleição da OAB só tem candidato rico. Aforante isso, a situação da OAB tem formidável poder de cooptação. Daqui a dois anos um terço dos hoje oposicionistas estará na XI de Agosto.

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Os “caciques” de fora na aldeia paranaense

Por enquanto o placar está amplamente favorável aos de fora. Os dois únicos nomes confirmados para duas das principais áreas do governo Ratinho Junior são o gaúcho general Luiz Felipe Kraemer Carbonell (Segurança) e o mineiro, empresário de tecnologia, Renato Feder (Educaçao). E a se confirmarem as especulações, a área-chave, a secretaria da Fazenda, será ocupada pelo expert em economia, o carioca Paulo Rabello de Castro., ex-presidente do BNDES.

Repete-se um fato histórico – há 165 anos, o primeiro presidente da Quinta Província do Paraná Zacharias Goes de Vasconcelos, era baiano. E reverte-se uma tendência contemporânea, logo após o período da ocupação das nossas fronteiras pelos imigrantes, quando paranaenses da gema ocupavam os cargos mais importantes do Governo.

Num primeiro momento, para os profissionais locais que acompanham o passo-a-passo dos problemas e desafios de suas respectivas áreas, a opção preferencial por nomes de fora causa, sim, um baque na auto estima. Afinal, quem melhor para trabalhar pelo Paraná do que os paranaenses?

Num segundo momento, e aí a suína começa a dar meia volta em direção ao próprio rabo, vem sempre a questão do descompromisso com as coisas nossas. O trauma é recente: o homem responsável pelo maior arrocho fiscal do Paraná nos últimos anos, o economista Mauro Ricardo, foi trazido de São Paulo pelo ex-governador Beto Richa para ocupar a secretaria da Fazenda. Veio, arrochou, venceu todas as resistências locais e foi. Alguém aí sabe informar o paradeiro do frio e calculista Mauro Ricardo?

O “frio e calculista” fica por conta de um detalhe crucial na decisão de um governante paranaense em nomear um não paranaense: centrado na questão técnica (no caso de Mauro Ricardo era tirar o Paraná do buraco), sem qualquer interesse em cargos eletivos, sem a necessidade de fazer amigos ou influenciar pessoas, o de fora tem carta branca para agir. Está imune a críticas, cara-feia ou clamor popular.

Exemplo: o massacre dos professores no Centro Cívico no começo de 2015, que protestava justamente contra a decisão do então secretário da Fazenda em enfiar a mão no jarro da Paraná Previdência, não alterou nada.

Pois foi justamente naqueles momentos duros de 2015 que o jurista paranaense René Dotti, do alto de seu conhecimento jurídico e do culto reverencial à nossa multifacetada formação cultural, fez um improvisado desenho do mapa do Paraná num papel branco. Marcou as fronteiras e deu o diagnóstico preciso para Beto Richa sair da crise: “o governador tem que entender que não se resolve o problema dos seus índios com um cacique de fora. O cacique Mauro Ricardo é de fora”. O conselho do professor René era aleatório, para a geral, mas não foi ouvido.

Ou, pra ir mais longe, como proclamava o cacique Guairacá na resistência ao avanço dos brancos sobre nossos Campos Gerais: “Esta terra tem dono!”

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Xarjantiga

4 de novembro, 2010

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Joesley prestou mais de 30 depoimentos em 8 meses

Mais célebre delator do País, o bilionário Joesley Batista, um dos donos da JBS, esforçava-se para levar rotina discreta desde que foi autorizado a deixar a prisão, em março deste ano, após passar seis meses no cárcere. Joesley foi detido novamente pela Polícia Federal nesta sexta-feira, 9, na Operação Capitu.

A vida reclusa, como fontes próximas ao empresário classificaram ao Estado seu dia a dia, era, em parte, consequência das limitações impostas pela Justiça. Para responder em liberdade, ele fora proibido de participar da gestão de suas principais empresas e de fazer viagens para o exterior. As informações são do Estadão.

A rotina derivava também do receio da reação das pessoas caso voltasse a circular por restaurantes badalados e eventos da alta sociedade de São Paulo – o irmão Wesley chegou a ser hostilizado em uma churrascaria paulistana enquanto almoçava com filhos e neto.

De tornozeleira eletrônica, Joesley passava a maior parte de seu tempo em sua casa, no bairro do Jardim Europa, onde é vizinho dos pais e de Wesley. O empresário evitava aparecer na sede da J&F e da JBS com receio de sua presença ser interpretada como infração às exigências da Justiça. Amiúde, porém, visitava o instituto Germinare, braço social da J&F.

Com a limitação judicial para viagens ao exterior e a necessidade de demonstrar austeridade financeira e de aparentar hábitos mais simples, Joesley colocou à venda seu apartamento em Nova York – que já encontrou comprador –, sua casa no balneário de Angra dos Reis e seu iate, que ainda buscam interessados. Vez ou outra, o empresário refugiava-se em uma de suas fazendas acompanhado da família, segundo uma fonte próxima. Sua mulher, a ex-apresentadora de TV Ticiana Villas Boas, está grávida do segundo filho do casal e do quinto de Joesley, que tem outros três do primeiro casamento.

Delação. O empresário ocupava-se de forma incessante dos processos que resultaram de sua delação. No total, foram mais de cem inquéritos abertos em diversos Estados a partir das informações de sua colaboração premiada. Havia documentos a juntar e depoimentos a prestar. Desde março, quando deixou a prisão, foram ao menos 30 depoimentos, em várias cidades, incluindo Belo Horizonte, Brasília, de acordo com levantamento da defesa.

As obrigações do acordo tomavam tanto seu tempo que Joesley costumava brincar com os delegados que tomavam seu depoimento que havia se tornado “funcionário da Polícia Federal em tempo integral”.

Alijado dos negócios, legou as decisões do conglomerado que tocava ao lado de Wesley a outros integrantes da família. A holding do conglomerado J&F, que era por ele presidida, passou a ser comandada pelo sobrinho José Antônio Batista.

O grupo, que conseguiu promover uma reestruturação financeira após a crise desencadeada pela divulgação da delação dos irmãos, ainda enfrenta dificuldades. Recentemente, entrou em disputa societária com a multinacional Paper Excellence, que havia firmado acordo para comprar a fabricante de celulose Eldorado.

Inesperado. A prisão pegou Joesley e os familiares de surpresa. O empresário se preparava para viajar a Brasília na próxima segunda-feira, 12, para prestar depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), passo que considerava importante na defesa da manutenção de seu acordo. Planejava passar o fim de semana debruçado sobre o caso e reunindo documentos. Fazia cálculos sobre os próximos passos, mas mão imaginava ter de retornar oito meses depois à prisão.

Publicado em Fábio Campana - Política|cultura e o poder por trás dos panos | Com a tag | Deixar um comentário
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