Mural da História

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O golpe do boleto

O golpe do boleto acontece quando o consumidor vai emitir um boleto pela internet e é direcionado para um site falso – ou recebe em casa pelos correios o boleto fajuto.

Por exemplo: o consumidor recebe o boleto de algo que pensava que já pagou ou que deve pagar. Faz o pagamento e depois descobre que o valor foi depositado para um golpista.

Apesar de no boleto constar os dados aparentemente corretos da sua compra, o código de barras é diferente do número que está registrado no boleto; assim, o crédito vai para um titular da conta diferente do que está escrito no cabeçalho. Mas o fato de ter números iguais também não significa que está correto.

Por isto é importante guardar os boletos de pagamento e das contas pagas para prevenir reclamações posteriores.

Pode acontecer de o consumidor pagar o boleto fajuto e ainda por cima ser cadastrado no Serviço de Proteção ao Crédito. Daí ele terá direito a uma indenização por danos morais, além de ter reconhecido o pagamento que efetuou.

Outro golpe semelhante é o quando o golpista liga para a casa do consumidor se fazendo passar por um credor e solicita o correio eletrônico  para remeter o boleto falso.

Neste tipo de golpe tem até uma pessoa se fazendo passar por telefonista, música de espera, e as frases tradicionais: “Obrigado por aguardar nossa ligação”. Os golpistas até pedem a senha do cartão de crédito do consumidor, confirmação da data do nascimento e endereço, por “medida de segurança”.

A responsabilidade é das instituições financeiras e de seus sites na internet, pois as empresas têm a obrigação de monitorar e garantir a tecnologia adequada do serviço que oferecem, inclusive a forma do pagamento correta e segura.

Quando se descobrem fraudes é obrigação das empresas e instituições bancárias alertarem os consumidores para prevenirem novos golpes. Além disso, devem aprimorar os seus sistemas de segurança digital.

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Já foi na Academia hoje?

© Myskiciewicz

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PT, saudações…

está-provado

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Na confissão da senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido, o PT subestimou o poder do WhatsApp e este foi um dos motivos tanto do baixo desempenho do seu candidato, Fernando Haddad, como do crescimento – agora quase impossível de ser revertido – do adversário Jair Bolsonaro. Mas o uso do aplicativo de mensagens não era coisa de grupos de amigos – mas algo profissional. Sistemas de disparo foram comprados por empresários simpatizantes do ex-capitão e fortunas estão sendo gastas em  pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT.

Um dos patrocinadores do esquema seria o dono das Lojas Havan, Luciano Hang, que desmente. Disse que não precisa usar este recurso para viralizar as gravações que faz em favor de Bolsonaro.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, cada contrato com empresas especializadas em fazer os disparos de mensagens para centenas de milhões de celulares custa R$ 12 milhões. Para a última semana que antecede a votação de 7 de outubro, a previsão é que o sistema seja utilizado ainda mais maciçamente.

O PT protesta. Diz que os gastos feitos desta forma por empresários caracteriza crime de caixa 2. A prática é ilegal por se tratar de uma doação indireta de campanha, o que é proibido pela legislação, principalmente porque usam bases de dados de terceiros, e não de listas orgânicas de apoiadores.

Pelo menos quatro grandes empresas do setor – Quickmobile, a Yacows, Croc Services e SMS Market – estão contratadas para prestar o serviço. Seus preços variam de R$ 0,08 a R$ 0,12 por disparo de mensagem para a base própria do candidato e de R$ 0,30 a R$ 0,40 quando a base é fornecida pela agência.

As bases de usuários muitas vezes são fornecidas ilegalmente por empresas de cobrança ou por funcionários de empresas telefônicas.

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Gleisar, verbo intransitivo – Quando a gente bota boa vontade em Fernando Haddad lá vem ele e gleisa, diz tolice, coisas que não se sustentam. Como as gleisices desta semana. A primeira, que Bolsonaro vai entregar a Amazônia aos EUA. A segunda, que o fracasso do PT nesta eleição deve-se ao “golpe”, “que atrapalhou tudo”. O golpe de novo, a monomania petista.

Mesmo que quisesse, Bolsonaro não entregaria a Amazônia, porque seria preso pelos generais de seu ministério. Quanto ao ‘golpe’, sempre o golpe que continua a revelar o pior dos defeitos do PT, o senso de infalibilidade, a hegemonia do patriotismo, a superioridade moral. Em tempo: o que significa ‘entregar’ em língua de Haddad, doutor em filosofia?

Se golpe houve, alguém levou a isso. Quem provocou o golpe? Dilma, é claro, pela incompetência, arrogância e obstinação no erro. Isso Haddad faz de conta que não vê, faz de conta que nós não vemos. Chamar o impeachment de golpe é estranho para quem insiste em disputar eleições democráticas.

O autor, o autor – Quem foi o jênio que marcou o Enem para o primeiro dia do horário de verão?

Fogo cruzado – Fernando Haddad pede investigação da visita de Jair Bolsonaro ao Bope, no Rio. Bolsonaro pode pedir investigação das visitas de Haddad a Lula, na delegacia, em Curitiba.

Tarde piaste – Cid Gomes pede no TRE a retirada de seu destampatório ao PT da propaganda eleitoral de Jair Bolsonaro. Não resolve, já foi pro YouTube.

Réu certo, crime errado – A PF indicia Michel Temer pelos contratos do Porto de Santos. Injustiça. Tinha mais que indiciá-lo por visitar a Associação Comercial do Paraná.

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PT, saudações…

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PF indicia Temer no inquérito dos portos e pede prisão de amigo do presidente

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Cid Gomes e sua autocrítica do PT

Quando eu digo que as coisas andam de um jeito tão torto na campanha de Fernando Haddad que até parece que Jair Bolsonaro infiltrou alguém dele na equipe petista pode parecer exagero, mas como é que se explica esse negócio de chamarem Cid Gomes para discursar em ato público da campanha? Fizeram isso no Ceará e claro que tomaram na cabeça. Foi na noite desta segunda-feira. Cid Gomes discutiu com a platéia petista, gritou que o PT vai “perder feio a eleição”, exigiu mea culpa do partido do Lula e disse que os petistas vão perder “porque fizeram muita besteira, porque aparelharam as repartições públicas, porque acharam que eram dono de um país, e o Brasil não aceita ter dono, é um país democrático”.

Eu sei que esquerdista tem problema com memória de longo prazo — esquecem os crimes de Stalin, pensam que a luta armada era pela democracia, acham que Che Guevara tinha ternura, essas coisas. Mas encrenca com o irmão do Ciro Gomes é memória recente. O atual senador eleito pelo Ceará foi ministro da Educação no segundo governo de Dilma Roussef, interrompido no meio pelo impeachment. Dilma tinha aquele slogan esquisito de “Pátria educadora”, que ela tornou ainda mais bizarro nomeando Cid para o ministérioque teria o papel de educar a mãe gentil. Logo quem foram colocar no papel de educador.

Bons modos não é com ele. Do mesmo modo que seu irmão Ciro Gomes, Cid diz umas coisas que às vezes ate dá para concordar. O problema é a hora e o lugar que ele escolhe para dizer algumas verdades. Dilma já estava com a oposição em seus calcanhares. Os ouvidos dela zuniam com panelaços pelo país afora. Foi quando Cid disse numa cerimônia oficial que “a Câmara tem 300 a 400 achacadores” e de imediato recebeu uma convocação oficial para explicar-se perante os deputados. Até a base aliada de Dilma votou a favor. Todo mundo queria a explicação. Ele teve que ir e fez a situação piorar para o governo petista, agravando a crise com o Congresso. Da tribuna, deu de dedo no presidente da Câmara, que era Eduardo Cunha, reafirmou o que havia dito e ainda falou mais algumas coisas. E evidentemente acelerou o processo de impeachment. Isso foi em março de 2015, quando Cid teve que pedir demissão. O boquirroto ficou menos de três meses no cargo.

Este é o cara estourado que resolveram colocar para discursar em evento da campanha do PT, com Haddad já repleto de problemas numa candidatura que vem dando chabu. O PT devia estar satisfeito do Ciro Gomes estar longe no estrangeiro, mas aí alguém teve a ideia de chamar o irmão dele para dar uma força pra campanha. Pode ter outra explicação para o deslize, mas é tão grande a besteira que não se pode descartar a presença de agente bolsonarista infiltrado.

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Cândido de outubro destaca novo romance de Ignácio de Loyola Brandão

A edição de outubro do jornal Cândido, editado mensalmente pela Biblioteca Pública do Paraná, traz como destaque uma reportagem sobre Ignácio de Loyola Brandão. Aos 82 anos e após mais de uma década sem publicar romance, o escritor paulista volta ao gênero com Desta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra sobre ela. O livro retoma temas que consagraram seus romances mais célebres, Zero e Não verás país nenhum.

Além de discutir seu livro mais recente, Brandão fala à reportagem — assinada pelo jornalista Rodrigo Casarin — sobre o Brasil e o mundo, sua carreira literária, os livros marcantes e as motivações que o fizeram se dedicar à escrita em um país de pouquíssimos leitores. Casarin, em seu texto, também traz uma série de depoimentos de autores que foram influenciados pela obra do autor de Bebel que a cidade comeu.

Outro autor veterano, o poeta Paulo Henriques Britto, também marca presença na edição. Ele participou da edição de julho do projeto Um Escritor na Biblioteca e falou de, entre outros assuntos, seu processo de escrita e seu mais recente livro, a coletânea de poemas Nenhum mistério.

Na série Os Editores, a entrevistada é Isa Pessoa, que nos anos 1990 atuou como diretora editorial da Objetiva e emplacou diversos livros de nomes importantes da literatura do país na lista dos mais vendidos. Já na segunda edição da coluna Pensata, o tradutor Caetano Galindo analisa o ensaio “E unibus pluram: television and U.S. Fiction”, em que o escritor norte-americano David Foster Wallace critica o uso da ironia na ficção e na publicidade. Em outro texto crítico, o também tradutor e escritor Paulo Polzonoff Jr. reflete sobre o pessimismo na obra de Philip Roth, autor morto este ano e que deixou um vasto legado.

Também em destaque está a programação da 2ª Flibi (Festa Literária da Biblioteca). Realizado entre 22 e 27 de outubro, o evento — com curadoria do escritor e jornalista Marcio Renato dos Santos — conta com palestras, bate-papos, oficinas, apresentações de música e teatro. São mais de 60 convidados. Este ano o escritor homenageado é Jamil Snege (1939- 2003). Toda programação tem entrada franca.

Entre os textos inéditos, a 87ª edição do Cândido publica haicais de Domingos Pellegrini, poemas de Luiza Mussnich, narrativas de Harini Kanesiro e um trecho do romance inédito A velha cidade perdida, de Edilson Pereira. A ilustração da capa é assinada pelo artista visual Samuel Casal.

Serviço – O Cândido tem tiragem mensal de 3 mil exemplares e é distribuído gratuitamente na Biblioteca Pública do Paraná e em diversos pontos de cultura de Curitiba. O jornal também circula em todas as bibliotecas públicas e escolas de ensino médio do Estado. É enviado, pelo correio, para assinantes a diversas partes do Brasil.

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A boca aberta

Há dois meses, estava eu na cadeira do dentista, submetendo-me às manobras realizadas por ele e sua graciosa assistente. Em certo momento, tinha na boca —cada ferrinho com sua função e todos ao mesmo tempo— dois rolos de algodão, um espelhinho, a agulha da anestesia e, já se preparando para entrar em ação, a competente broca. Sou um sujeito tranquilo no dentista. Posso ficar horas de boca aberta e chego até a cochilar. Era o que provavelmente aconteceria se não fosse pelo súbito bafafá no andar de baixo —na sala de espera.

Começou por uma sinfonia de grunhidos. Evoluiu para uma troca de insultos —eram as vozes de dois homens— e culminou com um troar de corpos e móveis se chocando. Eu, o dentista e a assistente levamos 30 segundos para entender de onde vinha aquilo. Podia ser do prédio ao lado ou da rua lá fora. Ao concluir que era de sua sala de espera, o dentista largou as ferramentas na mão da assistente e na minha própria boca, e saiu correndo para a cena do conflito.

Dois clientes estavam se atracando e aos murros por motivos políticos —um, eleitor do PT; o outro, de Bolsonaro. O dentista, amigo de ambos, pôs-se entre eles e, arriscando-se a levar as sobras, chamou-os à razão. Não queria saber quem começara. Não era possível que uma discussão política levasse àquela irracionalidade.

Foi o primeiro episódio do gênero que testemunhei nesta eleição. Aliás, não testemunhei —estava de boca aberta na cadeira e assim continuei quando o dentista veio me contar o que acontecera. Pensei na hora: se nem as salas de espera dos dentistas estão a salvo, onde iremos parar?

Hoje sabemos. E não era para ser assim. Afinal, direita e esquerda não chegaram ao segundo turno, exatamente como queriam que acontecesse, cada qual achando a outra mais “fácil de derrotar”? Aos demais, que não querem nenhuma das duas, só resta agora a boca aberta.

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Eleições

conselho-de-amigo14 de abril, 2010 – O Ex-tado do Paraná

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Falta um Lutero – Depois do governo Bolsonaro não dá outra: é PT na presidência. Dúvida, só uma: qual PT, o pentecostal e universal do reino de Lula ou o internacional da graça de Haddad? A reforma protestante do partido. Lutero que é bom, nada.

Apoio crítico é críticaOs petistas continuam teimosos, cabeças-duras, recusam-se a entender o elementar do elementar. Detonaram Ciro Gomes na campanha, fizeram-se como sempre autossuficientes. Ciro perdeu e Haddad só será salvo por um milagre – difícil, porque o Santo está preso.

Com a subida de Bolsonaro, o politburo do PT correu atrás de Ciro, que garantiu apenas seu “apoio crítico”. Ciro não disse quando nem como daria o apoio crítico. Viajou à Europa, volta no dia da eleição, porém mandou Cid, o irmão eleito senador, em seu lugar.

Desbocado e esquentado como o irmão, Cid foi a evento do PT e disse que Haddad merece perder, que o partido tirou partido de nós, abusou, chamando a todos de babacas. Engendrou uma rima: “o PT merece perder” (que fica mais rica recitada em cearês, a língua do Ceará).

Apoio crítico tem que ter crítica ou não é uma coisa nem outra, uma contradição nos termos. O politburo não entendeu ou faltou alguém para desenhar o significado. Esperar o quê de Cid, o ministro que chamou o presidente da câmara de corrupto em plena sessão da casa?

Camisa listrada – Roberto Requião, ainda senador, tirou da secadora o lote de camisas listradas e vai sair por aí em campanha para Fernando Haddad. Só tem o problema da camisa listrada, item vetado no vestuário dos gordos porque ressalta o peso excessivo: as listras se expandem, fazem a moldura da banha, que ginga entre elas.

Mas quem vai meter o guizo no gato, ágil e esbelto até o primeiro mandato, quarenta anos atrás? Requião podia pegar mais isso com Jaime Lerner, gordo que se disfarça na roupa preta, cor sólida, sem listras. O que é mais uma apropriação para quem assumiu o governo e na hora rebatizou o Museu do Olho como obra sua?

Incompatibilidade de gênios – Sempre votei nulo. Sempre, mesmo quando disputei para orador das debutantes. No ocaso da existência, estou entre a cruz e a caldeirinha, a família exige que vote no candidato dela.

Dela? Não, delas, a mulher e a filha, que já envolveram a neta. As duas, burguesas da esquerda Vuitton, querem porque querem meu voto no Andrade. Nada de nulo ou de mulo. Uma diz que me põe para dormir no escritório, outra, que esconde a netinha. Vou ao juiz eleitoral ou à vara de família? (Saverio Marrone)

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A prepotência petista

As análises estatísticas do primeiro turno da eleição presidencial mostram aquilo que todos já sabem: o PT continua a reinar soberano nos remotos grotões do País, onde eleitores sustentados pelo assistencialismo do Bolsa Família idolatram o chefão petista Lula da Silva. Foi basicamente esse clientelismo que impulsionou a transferência de votos de Lula para seu preposto na eleição, Fernando Haddad, levando o ex-prefeito paulistano para o segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL).

Superada a primeira etapa da campanha, e a título de arregimentar apoio fora do curral lulopetista, Haddad agora quer fazer o País acreditar que nada tem a ver nem com o PT nem com Lula. Mais do que isso: pretende identificar-se como um candidato sem partido, preocupado unicamente com a democracia brasileira, que, segundo seu discurso, estaria ameaçada pelo seu oponente – um ex-capitão que faz apologia da ditadura e da tortura.

Assim, a candidatura de Haddad seria nada menos que a salvação da democracia – condição que, se verdadeira fosse, tornaria praticamente obrigatório o voto no PT no segundo turno para aqueles que prezam as liberdades democráticas. Na narrativa elaborada pelos estrategistas do PT, aqueles que rejeitam esse axioma lulopetista, recusando-se a declarar voto em Haddad ainda que considerem Bolsonaro realmente uma ameaça à estabilidade do País, são desde logo qualificados como cúmplices do ex-capitão.

A isso se dá o nome de “coação moral”, como corretamente salientou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em entrevista ao Estado. FHC relatou que vem sendo pressionado a “tomar posições”, isto é, a declarar voto em Haddad para, desse modo, reafirmar sua defesa da democracia contra o avanço do autoritarismo. Não fazê-lo, depreende-se, seria renunciar a essa defesa, permitindo que Bolsonaro e sua agenda retrógrada e fortemente iliberal prevaleçam. O ex-presidente rejeita categoricamente essa associação. “Não preciso provar que sou democrático”, declarou, como se isso fosse necessário.

A artimanha eleitoreira petista está obrigando democratas acima de qualquer suspeita a vir a público para dizer que não votar em Haddad no segundo turno está longe de ser uma declaração de apoio a Bolsonaro, muito menos uma demonstração de desapreço pela democracia.

O PT talvez tivesse melhor sorte na colheita de votos fora de seu reduto se fosse honesto e reconhecesse que, sob sua gestão, o Brasil mergulhou na maior crise econômica, política e moral de sua história. Ganharia simpatia se admitisse que não deveria ter elevado ao panteão dos “guerreiros do povo brasileiro” um magote de criminosos. Teria alguma chance de sucesso se seu discurso em defesa da democracia não fosse seletivo, poupando ditaduras companheiras como a da Venezuela. Poderia se redimir caso passasse a respeitar a opinião daqueles que não são petistas e caso confessasse que errou ao nunca considerar legítimo nenhum governo que não fosse o seu.

Como se vê, apenas retirar o vermelho e apagar Lula da propaganda eleitoral não é o bastante para convencer os verdadeiros democratas de que vale a pena apoiar Haddad nessa suposta luta em defesa da democracia. Em seu desabafo, Fernando Henrique Cardoso – cujo legado ao País sempre foi tratado como “herança maldita” pelo mesmo PT que agora demanda seu apoio – deu voz a muitos dos que estão cansados da retórica malandra e arrogante do lulopetismo. “Com que autoridade moral o PT diz: ou me apoia ou é de direita? Cresçam e apareçam. (…) Agora é o momento de coação moral… Ah, vá para o inferno. Não preciso ser coagido moralmente por ninguém. Não estou vendendo a alma ao diabo”, disse o ex-presidente.

Por ter sistematicamente desrespeitado aqueles que não aceitaram sua busca por hegemonia, por ter jogado brasileiros contra brasileiros e por ter empobrecido a política por meio da corrupção e do populismo rasteiro, o PT colhe agora os frutos amargos – na forma de um repúdio generalizado ao partido em quase todo o País e da desmoralização de sua tentativa de vestir o figurino democrático, que nunca lhe caiu bem.

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Entre o vinagre e o vinho, Patrícia Pilar, Zé de Abreu e Regina Duarte

Ao decidir apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro e deixar-se fotografar ao lado dele, a atriz Regina Duarte certamente sabia que iria despertar indignação entre muitos de seus pares de Rede Globo.

Falou mais forte, contudo, o desejo de voltar a ser, aos 71 anos, a “Namoradinha do Brasil”. Está aí uma moça que sempre soube fazer a coisa certa na hora certa: não há como ficar indiferente à confluência de milhões de brasileiros ao único candidato que pode, objetivamente, afastar o pior – o retorno ao poder dos quadrilheiros de todos os matizes.

Entre as vozes que, por enquanto, já se levantaram contra Regina está a atriz Patrícia Pilar, cujo grande feito da carreira foi ter sido casada com o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes. Já estão separados há alguns anos, mas ainda nesta campanha ela diz que votou nele para presidente da República.

ESQUECEU DO PRÓPRIO RABO

Patrícia Pilar pergunta à Regina pelo Twitter: “Com toda admiração e respeito que tenho por você, Regina, faço aqui uma ponderação: de antemão te digo que nunca fui petista, minha preocupação é com o Brasil. Mas você acha que a solução neste momento é votar em um candidato que nunca administrou uma rua sequer? Que se apresenta como salvador da pátria, mas não tem o menor conhecimento sobre economia, saúde e educação?”

Quem fica muito de olho no rabo alheio, esquece de ver o seu!

Não há nada mais petista que o seu ex-marido: deve ter ficado possesso quando o presidiário Luiz Inácio o preteriu e escolheu Fernando Haddad como seu candidato. Afinal, de que adiantou ter prometido sequestrá-lo para entregá-lo numa embaixada quando estivesse na iminência de ser preso?

Outro detalhe do qual Pilar se esqueceu completamente: em matéria de Educação, seu ex-marido entende apenas de fraudar as provas do Enem no Ceará para elevar as notas do IDEB e assim poder se vangloriar de que o estado administrado pelos Gomes tem nada menos de “82 das 100 melhores escolas do Brasil”….

JÁ ESTE NÃO SE OLHA NO ESPELHO

Outro que saiu da toca para agredir Regina Duarte é o canastrão Zé de Abreu: “não respeito artista que apoia fascista!”, protestou pelo Twitter.

Não tem por hábito olhar-se no espelho: há menos de seis anos, Abreu, junto com seus pares petralhas, protagonizaram o espetáculo mais nazifacista da atualidade, quase expulsando do Brasil aos gritos ensandecidos de bordões vermelhos, a blogueira cubana Yoani Sanchez. O bando não permitiu que a moça desse entrevista à TV brasileira e a perseguiu a todos os lugares por onde andou – Salvador, Brasília, São Paulo….

Já cuspiu na cara de pessoas em restaurante de São Paulo e ofendeu com mentiras disparadas pelo Twitter a família enlutada do jornalista Sandro Vaia no exato dia de sua morte…

E a TV Globo, que afastou o jornalista Willian Waak por ter pronunciado uma frase politicamente incorreta nos bastidores, mantém esse desclassificado no elenco de todas as suas novelas…

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