Tchans!

©Lucien Clergue

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Pau no Leminski

© Dico Kremer

Ontem, Paulo Leminski faria 74 anos. Morreu há 30, quando tinha apenas 44 anos. Perdemos o polemista, poeta, escritor, tradutor, provocador. Além de outras qualidades e ousadia, como nesta foto de Dico Kremer. Eu o conheci em 1963. Era aluno do curso Abreu, me preparava para o vestibular de Direito. Ele, professor de história e do que chamavam de cultura geral. Foi impressionante. A figura de cabelos longos, voz um pouco rouca e uma retórica indestrutível desfiava a história da humanidade e questionava a cultura estabelecida e os modelos literários que considerava gastos. Beirava os 20 anos e parecia ter lido tudo, de Platão a Joyce, e no original. No intervalo entre as aulas, dissolvia nossas dúvidas de estudantes de latim. O vestibular de Direito, nessa época, exigia português, história, latim e outra língua. Ele parecia saber tudo o que se precisava saber para as quatro provas.

Minha vocação de jurista dissolveu-se como tantas outras vocações definitivas que tive. Minha vida encaminhou-se na militância política e minhas ideias sobre arte e literatura estiveram engessadas pelos dogmas da época. Leminski era um ruído questionador. Presente em todos os debates. Das ideias políticas à literatura. Do cinema à música popular. E eu creio que essa foi sua contribuição permanente à cidade e a todos nós. Seu permanente comportamento transgressor, inconformista, iconoclasta, não permitia o conforto do consensual. Sua avidez pelo conhecimento o levou a todas as experiências e a todos os territórios, inclusive aos mais destruidores.

Eu o reencontrei quando ele passava pelo pior momento, mesmo assim lúcido e desafiante em seu transe suicida. Mais que isso, o reencontrei através da obra. Li o Catatau, a obra mais instigante já escrita nesta área do planeta. E me pareceu ver ali vertido, em exercício de ficção e linguagem, todo o conhecimento que ele acumulou desde sempre, em incrível monólogo onírico de René Descartes em visita a Pernambuco no período holandês. O espanto do filósofo diante da natureza dos trópicos e dos costumes nativos. A falência da razão cartesiana. “Duvido se existo, quem sou eu se esse tamanduá existe?”, pergunta o filósofo. Reli o Catatau com Décio Pignatari, que comandou a preparação de sua edição pela Travessa dos Editores. Foi novo aprendizado. Durante meses trocamos ideias sobre as fontes e as invenções de Leminski, para perceber toda a extensão de seu processo criativo e de seu conhecimento.

É, para mim, a sua grande obra. Não creio que a poesia de Leminski tenha alcançado o grau de complexidade e tensão criativa do Catatau. Ela passeia por outro terreno, da cultura pop, o que não me impede de gostar e muito de poemas e letras que criou, onde se percebe o mesmo espírito transgressor. Nada que se compare ao desafio de inteligência que o romance-ideia propõe e que o transforma em obra seminal. Certamente de digestão difícil e pouco compreensível para quem a aborda com ânimo de leitor de narrativas horizontais ou para quem simplesmente não lê e não gosta porque sabe que o Catatau é um exercício que constrange a mediania. Para estes, o gênio de Leminski criou o mote que ele fez inscrever nos muros da cidade: “Pau no Leminski”.

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Duke

© Duke – O Tempo (MG)

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Fraga

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Hoje é sexta-feira. Hoje é dia da Maldade

É dia de lembrar que:

1) Apenas um candidato ficou feliz com pesquisa Ibope/RPC: Roberto Requião.

2) A razão do sucesso de Requião: 40% dos paranaenses preferem que ele fique em Brasília, a 1 mil e 300 km de distância

3) A pesquisa Ibope/RPC deixou Carlos Ratinho cabreiro, a família Barros assustada e João Arruda encaminhado

4) Para o Senado, segundo o Ibope, o compadre Luiz Adão, com 2%, tem o dobro de intenção de votos do rico e poderoso professor Oriovisto Guimarães, 1%

5) Alvaro Dias diz que a obsessão pelo juiz Moro não é oportunista. Então é amor sincero mesmo. E levemente correspondido.

6) O prefeito Greca e o Luciano Huck já têm novo adress. É o Cachimba’s Space

7) O presidenciável Geraldo Alckmin confunde Angélica com Eliana e Katia Abreu com Ana Amélia. E já nem sabe se é Geraldo ou Alckmin

8) O que é pior: Beto Richa ficar rico com dinheiro da própria mulher ou por desviar recursos das escolas públicas do Paraná?

9) E o ex-governador Beto Richa já pode se reinventar na campanha eleitoral: assim como Lula, é perseguido político e vítima de golpe. Por quem, não se sabe.

10) Não é só maldade: com Mandirituba florida pelas plantações de camomila, quem precisa da Provence?

Publicado em Ruth Bolognese - Contraponto | Com a tag , | Deixar um comentário
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Jornal do Cínico

Do Filósofo do Centro Cívico – A disputa pelas duas vagas ao Senado tem demonstrado uma vontade louca do eleitor paranaense de mudar, de injetar sangue novo na política para ver se a coisa vai. Roberto Requião e Beto Richa apareceram disparados na pesquisa Ibope, mas os analistas de plantão garantem que Flavio Arns e Oriovisto Guimarães vão dar trabalho na reta final.

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Xhanti. © IShotMyself

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Pedindo penico – A leve oscilação de Ratinho Júnior nas intenções de voto será compensada na próxima pesquisa. Efeito inevitável da foto divulgada por Ratinho Pai, ele e a mulher recém-casados com os presentes de casamento.

Entre os muitos presentes os dois penicos que o quase futuro primeiro pai faz questão de registrar. Foi uma forma inconsciente de socorrer o filho. Ou, como ainda se diz na gíria, “pedir penico”. Se pai e mãe ganharam dois, o filho candidato ganhará centenas de penicos, com votos até as beiradas.

Pode parar – Povo de Roraima, parem com essa assinatura contra os venezuelanos. Não sabemos o dia de amanhã. Quem nos garante que nosso futuro presidente não seja um maduro ou até pior, um podre. Aí vocês terão que cruzar a fronteira. Aceitem os venezuelanos. Se não por solidariedade, que seja por utilidade.

Delinquência parlamentar – ORio de Janeiroestá sob regime de recuperação fiscal: recebe dinheiro da União para pagar as despesas do dia-a-dia, custeio, na língua de orçamento. O regime tem condições, fixadas na lei complementar. Uma delas a de não conceder aumentos e reajustes de salários.

Pois não há de ver que os deputados votaram aumento para a área do Judiciário (ministério público, tribunal de contas e defensoria pública inclusos). O governador vetou; os deputados derrubaram o veto. O aumento não vale, é inconstitucional. Mas até que isso se decida os deputados já arrancaram votos das classes beneficiadas. Votos nas urnas e votos nos acórdãos contra outras delinquências dos parlamentares.

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Crusoé

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“À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”

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Tchans!

Ambrosial – © IShotMyself

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Os direitos dos animais domésticos

No Brasil, atualmente 44% das famílias possuem cães e gatos e 36% possuem crianças, neste cenário há um processo de valorização dos animais domésticos.

Alguns direitos dos animais domésticos recentemente foram reconhecidos pelo Superior Tribunal de Justiça.

 No caso de animal ter sido adquirido na constância da relação de conviventes, em caso de separação, um deles permanece com a custódia e o outro tem o direito de visitação.

A decisão concluiu que a visita pode se dar nos finais de semana alternados, feriados prolongados, festas de final do ano e ainda participar de atividades como levar o animal no veterinário.

Em outra ação, no estado do Rio de Janeiro, foi fixado o valor de R$1.050,00 (um mil e cinquenta reais) mensais, para a manutenção de seis cães e uma gata, neste caso os animais também foram adquiridos na constância da união e coube ao companheiro arcar com as despesas a título de pensão alimentícia.

Outro problema nas cidades é o abandono e o extravio de animais domésticos, que nos países civilizados há a obrigatoriedade de colocar chips nos animais com a sua completa identificação e no caso de culpa do abandono pelos proprietários, há multa e condenação.

Um sistema de monitoramento móvel nos municípios pode instituir o socorro aos animais feridos e coleta dos extraviados ou abandonados, para evitar doenças e a crueldade com esses animais.

Há instituições privadas que sobrevivem às custas de doadores voluntários e sem nenhum apoio do poder público que tem o dever de proteger esse segmento.

Os animais domésticos em grupos solidários promovem visitas solidárias em hospitais, em asilos e na companhia de pessoas com depressão, com excelentes resultados na terapia da recuperação plena da saúde.

No terminal da cidade de Pinhais havia a proibição de agasalhar, vacinar e alimentar os cães naquele local. O Grupo Patinhas Pinhais obteve esse direito, mobilizando o Ministério Público estadual.

A Holanda foi o primeiro país que conseguiu retirar todos os cachorros das ruas, por meio de programas de conscientização e a atuação do Estado.

No Paraná a lei estadual nº 17.422/2012 proibiu o extermínio de animais de rua e criou o conceito de animal comunitário que é cuidado pela comunidade local.

Os animais têm sentimento, sofrem e possuem auto reconhecimento, segundo pesquisas científicas recentes, daí o reconhecimento de seus direitos.

Finalmente, segundo a Declaração Universal dos Direitos dos Animais – Unesco – ONU de Bruxelas, Bélgica, de 27 de janeiro de 1978, o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante e nos termos do art. 1 que todos os animais nascem iguais diante da vida, e têm o mesmo direito à existência.

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Com a tag | Deixar um comentário
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Carlos Ratinho Jr e a luz amarela piscando

Com 33% das intenções de voto na pesquisa Ibope/RPC depois de meses (ou anos) de intensa campanha pelo estado e a desistência de um adversário forte, o candidato Ratinho Jr , se tivesse barbas, deveria colocá-las de molho. Piscou a luz amarela para mostrar que nem tudo está garantido. Se os eleitores paranaenses tivessem mesmo vontade de eleger Ratinho Jr em outubro, ele deveria ter ultrapassado a barreira dos 40% dos votos com folga.

A estas alturas, o staff da campanha de Ratinho Jr já deve ter mudado a razão da torcida: ao invés de liquidar a fatura no primeiro turno, passa a torcer para que a disputa no segundo turno seja com a governadora-candidata, Cida Borghetti. Mesmo amparada por um esquema fortíssimo de partidos e coligações montada pelo marido, Ricardo Barros, espalhado por todo o Paraná, Cida vem mostrando fragilidade nos debates e embates da campanha: carece de segurança na explanação de ideias e projetos para o futuro governo.

O impasse se localiza agora na figura do deputado João Arruda. Ele é o candidato do MDB, um partido que ainda reúne um número de prefeitos e vereadores respeitável no Paraná, é sobrinho de Roberto Requião, com 40% de intenções de votos para o Senado, tem boa figura e tende, naturalmente, a subir nas pesquisas.

O primeiro colocado, Carlos Ratinho Jr, está naquela situação tão conhecida de “se ficar, o bicho pega, se correr, o bicho come”, ou seja, se colocar as baterias contra Cida Borghetti para tentar ganhar no primeiro turno, corre o risco de fortalecer João Arruda. Se ficar sentado nos louros de primeiro colocado, pode ser surpreendido do mesmo jeito, e pior dos mundos, ter João Arruda como adversário e aí turbinado pelos partidos de centro esquerda juntos e misturados.

Eleição, minha gente, é uma caixinha dourada de surpresas e segredinhos dispersos.

Publicado em Ruth Bolognese - Contraponto | Com a tag , , | Deixar um comentário
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Publicado em Charge Solda Mural | Com a tag , | Deixar um comentário
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Tempo

Propaganda eleitoral gratuita, em algum lugar do passado.

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