Os Robertos (Prado e José da Silva)

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A morte do amadurecimento

O mundo marcha para o retardamento mental como opção pedagógica

Um amigo de meu filho, de 35 anos, me contou que numa reunião com professores e pais, na escola de seu filho de sete anos (escola esta frequentada por ele, assim como pelos meus filhos até o vestibular), um pai cobrou que na nota fosse levado em conta o conteúdo “dentro das possibilidades do seu filho”. Há uma recusa ao amadurecimento no ar.

Na mesma escola, anos atrás, numa reunião dessas, ouvi uma mãe cobrar da escola que “heroínas femininas fossem usadas em sala de aula para que as meninas fossem empoderadas”, e, da mesma mãe, “que a escola deveria dar mais atenção à África do que à história romana, grega, hebraica e mesopotâmica”.

Pensei como deveria ser um saco, para uma professora, depois de um dia inteiro de aulas, ter que aturar pais metendo o bedelho no que não entendem e, literalmente, enchendo o saco.

Sim, o mundo está bem chato. O sapiens está saturado de ruídos. Espécie pré-histórica, evoluída num cenário do alto do Paleolítico, em meio à preponderância do silêncio, agora, com iPhones na mão, assola o mundo com opiniões. Falam muito da destruição do ambiente; temo que o sapiens se destrua falando demais.

Exemplos dessa pedagogia contra o amadurecimento já estão na universidade. E logo estarão nas empresas. Pais e psicólogos atacarão o RH das empresas com ameaças de processos jurídicos, como já ensaiam nas escolas e universidades, porque essas empresas não estarão levando em conta a “economia da autoestima” de seus filhos estagiários.

Exagero? Não exagero. O mundo marcha a passos largos para o retardamento mental como uma opção pedagógica. Frase insensível à vulnerabilidade das pessoas?

Há um culto da vulnerabilidade por aí. Pais e profissionais cada vez mais fazem pressão para que as instituições de ensino relativizem normas de avaliação em nome de ficar “dentro das possibilidades” de seus filhos.

Entre as várias hipóteses possíveis, julgo que a raiva reprimida de ter que perder tempo, dinheiro e saúde cuidando dos filhos faz com que muitos pais exagerem nas provas de “amor e cuidado” com eles, exigindo que o resto do mundo os ame, como eles mesmos não são capazes.

Exagero? Talvez um pouco, mas não muito. Lanço mão de uma tática argumentativa chamada hipérbole (quando você exagera num argumento para defender uma hipótese que está aquém da afirmação exagerada), por causa do desespero que dá ver os pais destruírem a vida dos filhos fazendo deles zumbis adictos de formas institucionais de distribuição de autoestima.

Fala-se muito de educação, mas ela já foi para o saco há muito tempo. A fúria de fazer o mundo melhor nos destruirá a todos. O esvaziamento dos vínculos familiares pressiona o Estado e as escolas para cumprir o papel de pais narcisistas e de saco cheio. Aliás, todo mundo está de saco cheio, o Sapiens não se aguenta mais. Uma espécie pré-histórica perdida na redes.

Entre 1990 e 2010, o termo “estudantes vulneráveis” passou de 55 referências para 1.136. De 2015 a 2016 houve  1.407 referências ao mesmo termo. A fonte é LexisNexis Database. Quem a cita é o sociólogo Frank Furedi, no seu mais novo livro, “What’s Happened To The University? A Sociological Exploration of its Infantilisation” (o que aconteceu com a universidade? Uma exploração sociológica de sua infantilização, ed. Routledge, 214 págs.), sem tradução no Brasil. Proponho a leitura para pais, professores e pesquisadores do assunto.

A conclusão do autor, que se dedica a esse campo, no mínimo, desde 2004, quando publicou seu “Therapy Culture” (cultura da terapia), também sem tradução no Brasil, é que ao optarmos por uma narrativa da vulnerabilidade, optamos por estudantes infantis.

Numa linguagem exagerada, estamos criando uma sociedade de inseguros afetivos e cognitivos. Os idiotas da tecnologia acham que porque existem crianças de três anos que mexem em iPads, elas são mais inteligentes. Numa espécie de lamarckismo para idiotas, pensam que, como os pais usam muito iPads, os filhos nascem sabendo mexer neles.

Furedi devia ser leitura obrigatória para quem pede para a escola levar em conta, na avaliação, as possibilidades do filho. E o pior é que esse pai se acha o máximo. Um dos efeitos colaterais da maior escolaridade é que a pessoa fica menos cuidadosa em assuntos que não domina. Fiéis às bobagens fragmentadas que leem, enviesadas por modinhas do Face, esses pais jogam o amadurecimento dos filhos no lixo.

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Coligação do MDB pede cassação de emissoras de Ratinho Jr

A coligação do candidato João Arruda entrou na noite desse sábado (22) com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) intimando as emissoras de rádio e televisão do grupo Massa, de propriedade da família de Ratinho Júnior, a comprovarem se exibiram ou não todas as inserções do candidato do MDB ao governo do Estado no horário eleitoral gratuito.

O pedido foi feito após a coligação de Arruda descobrir que, nos dias 9 e 10 de setembro, a Rádio Massa FM não veiculou nenhuma das cinco inserções a que tinha direito o candidato do MDB. No mesmo período, os candidatos Cida Borghetti e Ratinho Jr tiveram todo o material transmitido.

Após o TRE mandar a emissora se manifestar, a rádio da família do ex-secretário de Beto Richa admitiu que não exibiu as inserções nesses dias, e também nos dias 8 e 11 de setembro, alegando que houve falha no envio do material. O fato, porém, foi desmentido na nova representação enviada pelo MDB, que anexou a cópia do e-mail com os arquivos de todas as inserções, enviado em 5 de setembro a todas as emissoras de rádio da família Ratinho.

O MDB pede que o TRE-PR mande a Rádio Massa FM reexibir imediatamente todas as 20 propagandas de João Arruda que foram sonegadas. E solicita ainda que seja aplicada multa de R$ 200 mil por inserção não divulgada e, se as emissoras de Ratinho Jr insistirem em boicotar João Arruda, que a Justiça determine a prisão dos diretores responsáveis.

Caso seja comprovada a sabotagem com as inserções, o departamento jurídico da candidatura do MDB solicita que a Justiça Eleitoral comunique a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para que abra processo administrativo, de modo a suspender ou cassar a concessão pública das emissoras de Ratinho que infringiram seu dever legal.

A campanha do aliado de Beto Richa enfrenta ainda o agravante de responder por outras investigações judiciais eleitorais: uma por abuso do poder econômico pela utilização do apresentador Ratinho na condição de artista, e outra pelo uso de robôs (bots), programas de propagação na internet, com aumento vertiginoso de reações de seguidores sem lastro real. Neste último caso, o desembargador Tito Campos de Paula, do TRE-PR, determinou inclusive a quebra do sigilo da página de Ratinho Junior no Facebook.

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Chefões e consiglieris, nos filmes e na política

É uma eleição cabulosa, em todos os sentidos, esta que o eleitor brasileiro está quase literalmente tendo que enfrentar. No geral, não é fácil encarar as opções apresentadas, por isso é necessário muita atenção na decisão do voto, com preocupação até com questões básicas, nesta realidade de uma bizarrice espantosa que virou a política brasileira, onde já faz tempo que até a honestidade tornou-se um atributo especial.

E atualmente também a boa educação virou um requisito essencial na escolha do candidato. Eu sei que é absurdo considerar essa qualidade para votar em alguém, mas no país em que já existe o despropósito da honestidade ser tão rara que acabou fazendo parte inclusive da propaganda de candidatos, agora temos que observar se o candidato respeita o próximo, se ele aceita ou ao menos ouve críticas e até se não dá um tapão ou atiça seus seguidores ao ataque feroz nas redes sociais.

Este desrespeito pode ser avaliado até como uma condição técnica, em candidatos que atropelam a fala de entrevistadores em programas de entrevistas, com a falta de respeito até ao ritmo de um diálogo jornalístico, no qual não cabem longas exposições em formato de palestra, nem muito menos o lero-lero para escapar do questionamento. O falatório destrambelhado como escapatória é um insulto ao eleitor.

Numa sociedade com razoável equilíbrio seria desnecessário apontar como absoluta má qualidade jogadinhas bobas, como alegar de forma negativa a condição política ou financeira do veículo no qual está sendo entrevistado — pois então caberia perguntar por que o espertalhão está lá — e até da vida pessoal do jornalista. E cabe acentuar que não vale xingar em palanques, afrontar jornalistas e eleitores, desrespeitar a relação interpessoal com colegas parlamentares, tratar mal pessoas que estão fazendo seu trabalho, tudo isso deve ser avaliado como uma baciada de péssimas qualidades.

O mau comportamento pode até parecer relativamente inofensivo diante de tantas barbaridades na política, podendo inclusive ser tido como expressão de grande habilidade mental do mal educado, mas não é bem assim. Bolsonaro, Haddad e Ciro Gomes fazem isso o tempo todo, mas não é por terem mais qualidade retórica. Essa jogadinha boba qualquer um faz. É certeza que Alckmin, Amoêdo e Marina, além de Alvaro Dias, todos os quatro tem até muito mais habilidade retórica do que os já citados. É por terem senso de responsabilidade que eles não entram nesse esquema cretino de usar acusações para fugir do assunto. O certos políticos costumam fazer não tem mérito algum. Ao contrário, é um abuso contra regras básicas do diálogo, cujo ritmo num trabalho profissional cabe ao entrevistador e não ao entrevistado.

A fuga ao assunto, com jogadinhas que envolvem a vida do entrevistador e a situação dos veículos jornalísticos é um sinal de sérias dificuldades psicológicas para encarar questões importantes. Sem dúvida nenhuma, isso vai ser pior depois, no futuro, caso o mal educado ganhe a eleição. Ao votar em alguém, não pense que o poder irá melhorar este político. Eles pioram. E está aí o Lula e uma porção de companheiros dele que não me deixam mentir. Essa atitude de fuga do debate sério das questões nacionais e dos enroscos políticos de cada um permanecerão ativas no poder, com o agravante do desavergonhado dispor então da maquina governamental para impor sua vontade. O brasileiro deveria saber como isso funciona. Lula e seu partido, como eu já disse, de forma calculada colocaram em prática essa pressão sobre a sociedade, procurando impedir o debate sobre seus erros e malfeitos.

Outra consequência do político apontar o dedo para os outros para não ter de comentar seus próprios defeitos é a influência sobre a opinião pública, efeito já em andamento a partir do comportamento dos candidatos em campanha. Isso contamina a visão dos eleitores, alterando o comportamento da população para um padrão violento e de desrespeito a opiniões contrárias. Já estamos vendo isso na balbúrdia das redes sociais e nas amizades rompidas pelo que deveria ficar restrito a uma simples discussão política.

Mas sigamos adiante. Não basta que o candidato seja bem educado e respeite regras básicas do diálogo. Em conjunto com a boa educação, cabe ao eleitor avaliar com rigor a real representatividade e independência pessoal do político. Alguns fingem muito bem. Um candidato pode ter o costume de ser educado nas relações, com a oportuna frieza para não alterar a voz nem se exaltar nos argumentos, mesmo em situação de clara provocação. Esse tipo suporta mesmo pegadinhas idiotas que hoje em dia são feitas absurdamente até por jornalistas. Existem especialistas para ajudar a desenvolver este desempenho.

Pode-se dizer que é a personalidade de “consiglieri”, aqueles assessores da máfia que faziam o papel de intermediários do interesse do chefão. Não é preciso ter um padrinho, mas alguns deles têm até isso. E quando acontece de um motivo de força maior exigir que o consiglieri tenha que atuar no papel principal, são os azares da história. Ou melhor, da História, com maiúscula.

Em “O poderoso chefão”, de Francis Ford Copolla, o papel de consiglieri é interpretado pelo ator Robert Duvall, numa atuação admirável. Ele é Tom Hagen, que além de secretariar diretamente os negócios mafiosos era quem levava a alguém uma decisão irrefutável encaminhada educadamente como uma oferta do padrinho, que na inesquecível performance de Marlon Brando, dizia que o consiglieri era o portador de uma proposta que a pessoa “não poderá recusar”. Parece com certo tipo de proposta que ouvimos hoje em dia, não é mesmo? Mas, no filme, um pedido feito de forma diplomática por Tom Hagen é repelido por um produtor de Hollywood, terminando numa cena memorável da história do cinema, quando ele acorda numa manhã ao lado da cabeça decepada de seu cavalo premiado. Sei que o símbolo é forte, mas não é muito mais escabroso do que certos projetos para o futuro do país.

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Bonzinho no inferno – Toda eleição é a mesma coisa. Na reta de chegada, como agora, aqueles candidatos que se apresentavam como anjos salvadores se transformam em vingadores, porque descobrem que o eleitor sabe que ser humano bonzinho existe tanto como fotonovela de final feliz. Aí, de um dia para o outro, se transforam em anjos vingadores, atacam os adversários com as maiores baixarias – e acabam mesmo queimando no fogo do inferno da derrota.

Zé da Silva – Achei a lua horrorosa naquela noite. Não sabia o motivo. Dava para tomar banho de luz com ela, lembrando da Celly Campello e todos os poetas encantados. A escuridão tinha baixado logo depois do amanhecer. O sol se espatifou ao comando de uma dor no coração que teimava em bater além da capacidade da idade. Os olhos de um caranguejo apareceram na lama do manguezal. Na televisão um homem cobrou a dívida de crack da prostituta com facadas que lhe calaram a súplica pela vida. Por que chorei desamparado ao lado do astronauta na sala branca de 2001 Uma Odisseia no Espaço? Sem pai nem mãe. Eles foram embora antes que eu me aninhasse em seus colos para ensinar o que não tinham recebido e aprendido. Soube que digitalizaram “Viagem à Lua”, do Georges Méliès, mas aqui na terra o foguete não entrou no meu olho direito. Exocet não pediu permissão. Furou e se alojou sem explodir no cipoal da alma.

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Piauí

Banner|Marchesini, mostra Mulher, 28º Salão Internacional de Humor do Piauí, Teresina, 2011

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A propaganda de remédios

Em 2015 uma lei de Santa Catarina proibiu a propaganda de medicamentos e similares dentro do estado. Contudo, o Supremo Tribunal Federal julgou a lei estadual inválida, pois já existe uma lei federal que trata do assunto.

No Brasil desde 2001, toda propaganda de remédios deve conter obrigatoriamente a advertência que, a persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado.

As propagandas de remédios normalmente prometem aos consumidores o emagrecimento rápido, a cura para problemas da pele, a cura da queda dos cabelos, a cura da impotência sexual, a cura da azia, da má digestão, da dor de cabeça dentre outros assuntos.

A promessa do resultado aos consumidores, a nosso ver, é enganosa pela razão de induzir em erro o consumidor a respeito da qualidade e das propriedades do produto.

A mera recomendação do insucesso do produto para consultar um médico não afasta o caráter enganoso da propaganda, que promete e não cumpre  resultado esperado.

Senão vejamos, o consumidor compra o produto, pois acredita na cura ou no resultado, e se este não ocorre, ele gastou o seu dinheiro na ilusão, na fantasia que foi induzido pela propaganda.

A lei catarinense estava correta em proibir toda e qualquer propaganda de remédios, mas perdeu sua validade em razão da existência da lei federal.

A permissão da propaganda de remédios e similares é que está em desacordo com o Código de Defesa do Consumidor. Esta brecha legal é resultado da força econômica e política dos grandes laboratórios e da indústria farmacêutica.

É possível o consumidor denunciar por meio da página da internet ou pessoalmente junto a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, uma propaganda na qual foi induzido à erro ou enganado.

Desde 2016 há um projeto tramitando na Câmara Federal que proíbe a propaganda de remédios no Brasil.

A lei que permite a propaganda de remédios é a mesma que autoriza a propaganda de bebidas alcóolicas e cigarros no Brasil. Daí a dificuldade em alterá-la ou revogá-la, pois são três indústrias poderosas que querem a permanência das regras atuais.

Por fim, nos países altamente civilizados não é permitida a propaganda de remédios, nem muito menos de produtos que causam dependência física e psíquica, como as bebidas alcóolicas e cigarros.

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Mural da História

FAZER-GRACINHA20 de março, 2010 – O Ex-tado do Paraná

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Tchans!

amigos-do-peito-21Nadine-2GoTopless.Org Celebrate the National “Go Topless Day”(Nadine Gary)

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Mural da História

7 de outubro de 2008 – O Ex-tado do Paraná

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Solda vê TV

 

Década de 90. Caneta de retroprojetor sobre papel A|3.

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Nome do pai, nome de filho – Cida Borghetti pediu e a justiça eleitoral proibiu Ratinho Sênior nos choumícios de Ratinho Júnior. Engenharia de obra acabada. O estrago está feito faz tempo, desde que o rapaz usa o Júnior como nome de fantasia.

Proibir Requião Pai no choumício de Requião Filho, a justiça nem tchuns. Vejam o absurdo: Ratinho é júnior de nascença e registro; Requião Filho não é filho de nascença nem de registro, leva o sobrenome da mãe nos dois.

E para sempre falar de flores, o sedutor sorriso da mãe e o olhar de tubarão do pai – estrelas do chousbísines paranaense – nos choumícios de Maria Victória Borghetti Barros, isso pode?

Aprostasia – Beto Richa desafiou Roberto Requião para debate. Dia seguinte Requião acusa crise de próstata. Podia vir com outra, um “infarto do meu cargo”, como se disse da desculpa de Café Filho.

Na idade do senador Requião a próstata não incomoda. Está lá quietinha, só chateia no constante xixi de gotinha. Sem metástase, dá para levar ao paraíso, ao Senado e à Escolinha.

Próstata como desculpa é sacrilégio, apostasia, falta de tesão, impotência. Para o debate, que no amor, com jeito e maneira, dá para o gasto. Fosse boxe, Requião teria gongo por WO, fugir da raia, na língua de Maguila.

Cartas bolsonárias – Se FHC pode, Jair Bolsonaro também pode. Depois da Carta a Brasileiros e Brasileiras – FHC segue a liturgia caipira de José Sarney -, Bolsonaro prepara sua Carta.  Se vai ser às brasileiras, aos brasileiros, aos quilombolas, aos GLBTQIA, filhos e/ou intestinos dirão.

Fosse o Insulto frentista do posto ipiranga ou cabo-serviçal do general Mourão, sugeriria cartas separadas – os destinatários têm CEP diferentes. Na ordem contrária, começando pelo GLBTQIA, área sensível. Para equilibrar, uma Epístola aos Evangélicos; mas secreta, tipo maçonaria.

Guru da patavina – “Bolsonaro me convenceu de que não entendo de política”. Paulo Guedes, guru da economia, posto ipiranga de Jair Bolsonaro, depois de ser enquadrado pelo candidato pelos pitacos inoportunos sobre medidas econômicas do possível presidente.

Significa que Bolsonaro é entendido em política e Guedes é o guru da patavina. Pena que Bolsonaro não entenda de economia. Daí incluiria outro item ao currículo da ignorância de Paulo Guedes.

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A partir de hoje, candidatos só podem ser presos em flagrante

A partir de hoje, os candidatos às eleições de 2018 não poderão alvos de mandados de prisão, a não ser em flagrante delito. O impedimento está garantido no Código Eleitoral Brasileiro, que veda prisões nos 15 dias antes do pleito. Eles só poderão ser presos em outras circunstâncias 48 horas após as eleições.

Quem explica a determinação é o especialista em Direito e Processo Penal, sócio da Pantaleão Sociedade de Advogados, Leonardo Pantaleão. “Se não houver flagrante, mandados de prisão preventiva e temporária não poderão ser cumpridos a partir deste sábado, 22 de setembro”, destaca o jurista. Pantaleão aponta, ainda, que a medida para os eleitores segue outro rito. “É importante frisar que os eleitores não podem ser presos com cinco dias de antecedência das eleições (sem flagrante) e até 48 horas pós-eleições”. Segundo ele o ato de infringir esta garantia é considerado crime, também previsto no Código Eleitoral. “É claro que inúmeras são as argumentações críticas a este dispositivo e que podem fomentar diversos entendimentos”, conclui o especialista.

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O PT se arma para tentar ir junto com Bolsonaro para o segundo turno

A imagem é tão pesada que pode parecer até uma armação política da direita, que está mesmo à toda na produção de memes para fortalecer a candidatura de Jair Bolsonaro, que precisa exatamente de um clima como este para passar para o segundo turno da eleição para presidente da República. No entanto, eu garanto que a imagem não é fake. Tirei o material do Instagram do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra, o famigerado MST, movimento político alinhado ao PT. A imagem já está sendo compartilhada com a histeria de sempre pela esquerda.

A frase “Março não acabou” se refere ao mês que o movimento (que Lula já chamou de “exército do Stédile”) escolheu para ações violentas mais simbólicas. Foi num mês de março, por exemplo, que o MST invadiu o horto da Aracruz Celulose, no Rio Grande do Sul, destruindo estufas e mudas dos viveiros, além do laboratório de pesquisas da empresa. Para a invasão, o MST usou uma sigla fraudulenta, o “Movimento das Mulheres Camponesas”, que é composto nada mais nada menos do que com mulheres do próprio MST. A tática também é de usar mulheres nessas ações para no caso de repressão policial ou outro tipo de violência eles poderem capitalizar a vitimização feminina. É espantoso, mas eles são mesmo escabrosos desse jeito.

A sigla de “mulheres camponesas” cria a ilusão de mais força política e organização, permitindo também ao MST englobar em suas ações o conceito feminista que a esquerda vem adotando para ganhar espaço na mídia e fazer avançar seu projeto de poder. Deverá ser neste formato o movimento de rua anunciado para o próximo 29 de março, exatamente uma semana antes do dia da eleição, com a hastag “#EleNão”, que vem sendo disseminada desde o lançamento da candidatura de Fernando Haddad, do PT.

Isso mesmo, a hastag que muita gente compartilha de boa fé nas redes sociais foi criada para uso do PT, buscando criar um clima para a polarização entre o petista Haddad e Jair Bolsonaro. A imagem que estou publicando, com um grupo de mulheres mal encaradas e portando um facão, serve como aperitivo do que esse pessoal planeja fazer das ruas brasileiras na véspera da eleição. A imagem permite concluir o que eles pretendem aprontar, juntando o MST ao PT, mais o Psol e partidecos de esquerda, além de grupos políticos dos mais variados, da longa lista de agregados, os chamados puxadinhos do partido do Lula.

Quem até aqui ainda não notou que caiu numa trapaça política com esse “#EleNão”, prepare-se para algo ainda pior. É ele, sim, que os petistas pretendem beneficiar. A bagunça planejada para dentro de poucos dias será para estimular os votos em Bolsonaro, facilitando sua ida para o segundo turno. O plano completo é que o clima conturbado empurre Haddad junto com Bolsonaro. Claro que não existe nenhum modo de garantir que tudo se arrume de forma tão ordenada, mas seria loucura esperar lógica dos planos de uma esquerda com uma base doutrinária de um determinismo marxista que vê a História de forma progressiva, com eles evidentemente à frente agitando a bandeira do bem.

A trama esquerdista lembra também a história do sapo e o escorpião, que sempre encaixa com perfeição a um partido como o PT, que já nasceu com a natureza do escorpião que dá uma picada mortal no sapo que o carrega nas costas na travessia de um rio. Como todo mundo sabe, os dois morrem, mas desta vez o plano do PT é picar o sapo só depois de ambos atravessarem o rio. O sapo, ou melhor, o Bolsonaro, por sua vez, também aceita a jogada porque acredita que o escorpião é o adversário mais fácil para aniquilar na outra margem. O fim da história para cada um deles, logo mais saberemos. Mas uma coisa já é certa: o risco do Brasil ir para o fundo é de quase cem por cento.

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