Todo dia é dia

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Zé da Silva – O primeiro voto a gente esquece? O meu, não. Era para eleger a miss do colégio de freiras – e a menina que me atormentava estava concorrendo. O nome também jamais esqueci. Lucivalda. No ano em que os Beatles apareceram, ela cortava o cabelo bem curtinho, enquanto eu e meus amigos, enlouquecidos pelo som que vinha de Liverpool, inventamos de fazer uma espécie de peruca preta, de pano, que cobria metade das orelhas – para imitar os cabeludos.

Lucivalda era alta, magra e um tormento tão grande quando passava perto, que eu só não petrificava porque olhava e pedia ajuda à imagem de Nossa Senhora do Carmo que havia no topo do telhado da diretoria. Nunca ouvi sua voz, jamais olhei dentro dos seus olhos. Mas a paixão era tão intensa que, décadas depois, ao encontrar a 400 quilômetros dali uma mulher que eu jurava ser ela, caí de novo. Não era, mas pelo menos ficamos amigos e ela se encantou e namorou um amigo. Hoje, ao escrever o nome daquela menina, fiquei surpreso com uma constatação. Talvez tudo tenha acontecido, sem resultar em nada, por causa da sonoridade do nome que descobri depois do encantamento inicial. Eu tinha oito anos. Assim, sem saber, já preparava para muitas navalhadas no coração.

Tico-tico no angu – Beto Richa deu entrevista à RPC como candidato ao Senado. Disse que as acusações feitas por Tony Garcia a respeito das Patrulhas do Campo não têm credibilidade. Sobre o famoso “tico-tico”, que aparece em gravação feita pelo delator, afirmou ser nítida a impressão de que houve edição da fita e que, segundo publicado no G1, e que o termo teria sido usado por Garcia, dizendo que recebeu um pouco de um contrato que estava atrasado. Pode ser tudo, pode ser nada, mas que há o risco deste tico-tico se transformar num triciclo motorizado turbinado e descontrolada, ah, isso há.

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Portfolio

© Orlando Pedroso

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© Fernanda Maria de Castro Paula

Rosirene Gemael – 1950|2011 – atuante jornalista nas décadas de 70, 80 e 90, trabalhou em diversos veículos da capital dentre eles Folha de Londrina, Canal 12, TV Educativa, Prefeitura, Casa da Memória da Fundação Cultural, Revista Quem e Revista Panorama. No extinto Correio de Notícias foi editora por muitos anos do Caderno de Cultura, onde ficou conhecida pelo texto primoroso e pelo espaço concedido aos artistas locais.

Deixou inacabado um livro que estava escrevendo sobre a atriz Odelair Rodrigues, já falecida. Em 2007, a pesquisadora Selma Sueli Teixeira escreveu o livro “Jornalismo Cultural – Um Resgate”, onde ela narra a carreira de Rosirene ao lado das jornalistas Marilu Silveira, Adélia Lopes e Dinah Ribas Pinheiro, todas formadas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 1972, e com importante atuação no jornalismo cultural. Ela era irmã do também jornalista Kiko Gemael.

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Modelar|Fraga

© Canini

O hino do Rio Grande do Sul estava quase pronto, letra e música. Faltava um refrão. Tinha que ser algo bom, que arrebatasse os corajosos, encorajasse os covardes, animasse pessimistas, curasse moribundos, alumiasse horizontes. As sugestões choveram até que apareceu um que acalmou as coxilhas: “Sirvam nossas façanhas de modelo a todo o Universo”. Um delírio ecoou, até o gado vibrou. Era sob medida, dava a real dimensão da nossa capacidade de luta e resistência. Nele cabia, em apenas três linhas, todo o brio pampiano. Ia além: abarcava várias das nossas ânsias – arrogância, jactância, petulância. E englobava tudo que se podia imaginar de prepotência no cosmos. Ninguém ia nos ganhar em orgulho, inda mais com uma melodia dessas de fundo! O problema é que havia gente de bom senso ouvindo. E esses mais discretos pediram: “Menos, gente, menos.” Não houve outro jeito senão abaixar um pouco a crista da canção. “Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a nossa galáxia.” E não é que funcionava? Estropiava um pouco a métrica mas, sim, já não era mais um refrão tão excessivo. Porém, bastou ser ensaiado e cantarolado algumas vezes e lá veio a modéstia exigir algum comedimento. Não ficava bem gritar ao espaço tamanha empáfia. Vai que houvesse vida inteligente por aí e essa inteligência sideral se sentisse, digamos, provocada. Melhor reavaliar o júbilo pela nossa tradição guerreira. O mais sábio dos poetas da ocasião consertou. “Sirvam as nossas façanhas de modelo a todo o Sistema Solar.” Perfeito, não extrapolava nada, nossa influência sabia o seu lugar, afinal! E o canto entoou uníssono, um coral de guascas em aprovação. Bonito aquilo. Mas. Olharam feio pro bagual que discordava de estrofe tão apaziguadora. Ainda passava da conta. Discutiu-se muito, cantores e compositores rearranjando o estribilho final, rédea curta na bravura. A contragosto, chegou-se a um consenso. Doloroso, de tão redutivo. “Sirvam as nossas façanhas de modelo a toda Terra.” Ooohhhhh!, um murmúrio contrariado percorreu a vastidão. Tal concessão destoava da raça, ameaçava a harmonia da música. Até que uma voz soberana, herdeira da cautela gaudéria, sentenciou, numa baforada de palheiro: “Mesmo contido, tá bom assim. Não mexe mais no hino.”

(Publicado pela primeira vez em 18/9/09, republicado a cada data farroupilha)

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O caminho de Santa Cândida – FHC trabalha por aliança pró Fernando Haddad. Tem medo de Bolsonaro, assiste ao naufrágio de Alckmin, não vê possibilidades em qualquer outro candidato.

Faça o que quiser, mas primeiro faça penitência: percorra o caminho de Santa Cândida e passe pelo menos uma noite no acampamento dos petistas, incluído o berro matinal “bom dia, presidente Lula”.

No tempo do deixa quietoRepartição pública, governo do Estado, o chefe cheio de moral adverte que todos têm obrigação de abrir o e-mail oficial e esvaziar a lixeira para não bloquear a caixa de entrada. “Até durante as férias”, o que sobressaltou os presentes, “pois a governadora pode requisitar qualquer um de nós, mesmo nas férias”.

Governador requisitar, tudo bem, manda quem pode, obedece quem tem juízo. Mas nas férias! Regras novas, de dona Cida. Foi demais para o gaiato lá do fundo: “Nem a pau, Juvenal, tô no bem-bom mamando meu gin tônica e vem a mulher com encomenda de perfume, batom, coisa que não faço nem pra minha sogra!”.

Nos bons tempos de Beto Richa, primos e amigos distantes traziam as encomendas. E na repartição era aquele gostoso deixa quieto, a tigrada só sabia mais tarde, ali pelo fim do segundo mandato.

O vício do vice – Se Bolsonaro não puser focinheira no vice a coisa pode piorar. Isso de falar que órfão de pai e avô é candidato ao crime é tão letal quanto o lance dos quilombolas e as falsetas do candidato com as mulheres.

Vale a pena conferir as pesquisas, que mostram o PT melhor posto entre aqueles que Bolsonaro atingiu falando sem pensar e aqueles que o vice, general Mourão, atingiu com sua sociologia de escola militar.

Bolsonaro cresceu quando parou de falar, quando na UTI, depois do atentado. Já o vice não se cura do vício de falar o que não deve. O general acha que foi promovido a capitão?

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Bolsonaro e PT: um pesadelo eleitoral para o Brasil

O ex-ministro José Dirceu, deputado cassado e condenado em segunda instância por corrupção, foi solto há alguns meses por Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. E desde então vem tendo uma intensa atividade política. Não dá para saber com exatidão qual é o seu papel nos bastidores, mas pelo que vem a público é possível notar que ele anda pegando pesado, errando na dose e favorecendo mais o adversário do que ajudando no sucesso do plano de eleger Fernando Haddad. Dirceu não faz isso por mal. A vitória de Haddad vai ampliar o espaço de manobra para livrá-lo de voltar para a cadeia e lá ficar por muitos anos. O mau jeito pode ser apenas efeito de queda de imunidade de um velho militante. Isso é nada mais nada menos que esquerdismo, aquela doença do comunismo diagnosticada no início do século passado por Lenin.

O efeito adverso das pregações de Dirceu pode ser avaliado pela satisfação dos próprios adversários. Eles mesmos cuidam de compartilhar os vídeos do antigo dirigente do PT. Os seguidores de Jair Bolsonaro estão na linha de frente da distribuição das falas do político que Lula dizia ser o capitão de sua equipe, como ministro da Casa Civil em seu governo. Assisti a um desses vídeos abilolados, feito para o site Nocaute. É um manifesto comunista para os tempos atuais, com a apresentação de propostas radicais que servem para colocar medo nas pessoas, estimulando o clima que interessa à direita e à extrema-direita. É uma tática curiosa, pois é exatamente o que a direita quer. Não é à toa que o pessoal do Bolsonaro vem espalhando o material com todo gosto. Não estou acusando de nada o velho amigo do Lula, mas parece coisa de cabo Anselmo.

Dirceu define o momento que vivemos de “a hora da resistência”. No vídeo, ele propõe uma aliança da esquerda para ganhar a eleição e fazer “uma mudança radical no país”. Fala em fazer uma reforma tributária que atinja as propriedades e os mais ricos, além de deter o controle dos meios de comunicação e fazer uma reforma de Estado. Dirceu acredita que a esquerda não teria governabilidade com “este Congresso e com este Judiciário”, o que evidentemente aponta para medidas de contenção e mudanças vindas de cima para essas duas instituições. Cabe lembrar que a última vez que Dirceu e seus companheiros se incomodaram com a necessidade de governar respeitando democraticamente o Congresso, o PT criou o mensalão. Se tiverem uma outra chance é claro que vão tomar medidas mais drásticas.

Sei muito bem que interessa ao PT acirrar os ânimos da população e criar um clima de desestabilização política. É uma velha tática petista essa cultura da cizânia, do conflito entre brasileiros, na divisão insensata e improdutiva, que aliás foi em grande parte o que nos levou ao drama atual. Fazem isso para ganhar eleição, sem se importarem que o país vai se afundando cada vez mais com a desunião entre brasileiros. Este Dirceu que aí está encarna demais o espírito dele próprio nos anos 1960, quando vindo de Cuba depois de estudar política e fazer treinos militares por lá, entrou clandestinamente no Brasil para organizar a luta armada. Não cumpriu a tarefa, é verdade, talvez liberado da missão por ordens vindas de fora. E para quem pensava que este Dirceu era coisa do passado, eis que ele retorna com um furor que na minha visão mais atrapalha do que ajuda Haddad a subir a rampa do Palácio do Planalto.

Para a turbinar de fato a candidatura do partido talvez fosse mais eficiente outro Dirceu, mais parecido com aquele da “Carta aos brasileiros”, da primeira eleição de Lula. Este PT que ele vem trazendo é o de antes, quando Lula dava medo ao país e perdia uma eleição atrás da outra. Por isso é que vem tendo uma audiência imensa, com aplausos unânimes de um adversário que a gente sabe que os petistas gostariam de enfrentar num segundo turno. Por outro lado, bolsonaristas também não querem outra coisa. E aí é que está uma grande complicação, pois se o Brasil tiver que encarar uma escolha entre esses dois lamentáveis extremos, o mais provavel é que ocorra uma tremenda invertida no #Elenão, que pode virar um #ContraoPTatéele.

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Grupo de Ratinho Jr é clube do Bolinha

Não existe uma mulher, uma sequer, entre o núcleo duro que cerca o candidato Ratinho Jr e que, em caso de vitória, ocupará os espaços mais importantes do futuro Governo. Do ex-ministro e deputado Federal, Reinhold Stephanes, conselheiro-mor, ao prefeito de Maringá, Ulysses Maia, passando por Norberto Ortigara e o vice Darci Piana, são todos homens e de meia idade.

Deve ser coincidência. Ou para mostrar força diante da governadora-candidata, Cida Borghetti. Ou, por que o Ratinho Jr ainda não se deu conta do empoderamento feminino.

Vai saber.

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Há malas que vêm de…

Do Goela de Ouro – Uma reunião na tarde de ontem pode fazer com que que se materialize o dito “o feitiço se vira contra o feiticeiro” no episódio da operação que prendeu parte da família Richa na semana passada. Uma testemunha se apresentou e contou uma história em que um dos personagens de todo esse imbróglio teria recebido uma mala, dentro de um jatinho, num hangar em Curitiba. Dentro da mala havia o prêmio para a liberação dos empréstimos compulsórios do funcionalismo do estado para uma empresa gestora do sistema. Além disso, havia também a promessa de assegurar um cartão de crédito para os servidores do estado do Paraná para a empresa do transportador da mala. O negócio acabou não acontecendo, mas a mala ficou.

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Flávio Arns ultrapassa Beto Richa

A pesquisa Radar mostra que Beto Richa perdeu mais da metade das intenções de voto desde que foi preso pelo Gaeco. Agora, Requião, do MDB, tem 31,2% e em segundo vem Flávio Arns, do Rede.Richa, que tinha 29 com 16,5%. Richa, do PSDB, que tinha 29%, desceu para 13,1%. Está empatado com Alex Canziani, do PTB, com 13%. O Professor Oriovisto, que tinha 3,9%, agora tem 9,5%, guindado por Ratinho Jr que faz campa ha intensiva por ele.

A candidata do PT, Míriam Gonçalves, tem 4,9%. Rodrigo Reis, do PRTB (2,4%), Rodrigo Tomasini (PSol)2,2%, Roselaine Barroso Ferreira (Patri) 2,1%, Nelton Friedrichi (PDT) tem 2% das intenções de voto, Jacque Parmigiani, do PSol, aparece com 1,2%, enquanto Gilson Mezarobba, do PCO, e Zé Boni (PRTB) tem 1% cada. Compadre Luiz Adão (Democracia Cristã) está com 0,9%. Votos brancos e nulos somam 21,9% e leitores que não sabem ou não opinaram chegam a 76,8% na totalização dos dois votos.

A pesquisa Radar foi realizada de 14 a 17 de setembro junto a 1.494 entrevistas com margem de erro de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos e intervalo de confiança de 95,5%. A pesquisa foi contratada pela Associação dos Jornais Diários do Interior do Paraná (ADI) e está registrada sob o número PR-05041/2018.

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A torre negra

© Roberto José da Silva

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Ostras

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Os contadores – Cida Borghetti demitiu do governo – cargos bons, bem remunerados – o contador particular de Beto Richa. O dito contador foi colhido no arrastão da polícia que levou para a prisão o entorno e o contorno do ex-governador, sua excelência incluso.

Beto Richa fica agora nas mãos de outro contador, Toni Garcia, que diz conhecer de cor e salteado as finanças do ex-governador.

A filha do capitão –  Jair Bolsonaro vai trazer a filha para a campanha. Essa moça ainda transborda o puçá do candidato. Tinha que limpar a aura de misógino, do preconceito contra mulheres.

Só com os filhos marmanjos na campanha, um general de cada lado,  sem fotos das mulheres, a atual, duas anteriores, logo viria fake com os filhos do capitão trazidos pela cegonha.

Pode esclarecer? –  “Richa só pode ser afastado em caso de morte, desistência voluntária ou indeferimento de candidatura.”

Da assessoria de imprensa do candidato Beto Richa. Tudo certo, de pleno acordo. Mas só queria entender a tal desistência voluntária. Tem desistência involuntária? Seria o caso de o “primo distante” assinar escondido ou o candidato assinar depois de surra de toalha molhada, como fez a primeira dama de Alagoas com o marido governador?

A moral é ilegal – Cida Borghetti inova na política do Paraná. Sacou o amparo moral para afastar Beto Richa de sua coligação. O ex-governador rebateu com o amparo legal e segue coligado.

A governadora arriscou o blefe, como se o moral estivesse acima do legal. Não está, nunca esteve, nunca estará. Porque no Brasil a moral quase sempre é ilegal.

Desacontecer de Richa – No programa eleitoral de ontem o ‘honrado’ Beto Richa condenou as prisões dele, da mulher e do irmão. Nada disse sobre as prisões de Ezequias Moreira, de Jorge Atherino, do primo distante Luiz Abi Antoun e do assessor Deonilson Roldo. Os outros ainda presos desacontecem na vida do ex-governador ou não são ‘honrados´como ele?

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Adeus, Lava Jato!

Quero informar a meus leitores que não uso maconha, drogas, não tomo remédio tarja preta e não escrevo sob efeito de qualquer aditivo extra, de modo que este artigo é produzido à luz da minha razão e lucidez… Começo por dizer que a Lava Jato foi longe demais, ou melhor, foi além de tudo aquilo que os corruptos jamais imaginaram ou desejaram que ela fosse.

Por isso mesmo. ela passou a enfrentar, velada ou expressa com todas as letras, fortíssima oposição nos três poderes da República (Legislativo, Executivo e Judiciário) e também em vários segmentos da imprensa e em inúmeros canais da internet.

Eu não tenho mais nenhuma dúvida que há uma conspiração no ar e que as forças corruptas e corruptoras se juntaram e se articulam para golpear a Lava Jato e toda e qualquer iniciativa com pretensões de combater a corrupção. Toda atenção será pouca: as forças da corrupção não vão querer perder a grande oportunidade de atingir seu intento num ano eleitoral.

URNAS ELETRÔNICAS

Qual será o instrumento delas? Simples e óbvio: vão usar as urnas eletrônicas! Antes de expor meus argumentos, falo de algo que tem me deixado perplexo: a desinformação que ainda reina soberana entre jornalistas, alguns famosos, como Vera Magalhães, que ainda hoje (17-09) fez críticas pesadas a Jair Bolsonaro por suas preocupações, manifestas no leito hospitalar, com a fraude que certamente virá pelas urnas eletrônicas.

É incrível como muitas pessoas, sobretudo os profissionais da informação, não sabem aproveitar sequer um décimo do manancial jornalístico extraordinário da internet.

 Quem faz um aproveitamento razoável e criterioso dele, como eu, sabe dizer com certeza que a fraude foi preparada sim e deve ser acionada para favorecer o candidato a presidente mais comprometido com o golpe à Lava Jato e com a libertação e o indulto de sentenciados, a começar pelo Ladrão-Mor, preso em Curitiba.

SEI APROVEITAR O MANANCIAL

Por que esta minha certeza? Porque pesquisei muito o assunto “urnas eletrônicas” e descobri coisas assustadoras e chocantes!

Vi o esforço hercúleo do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, para comprar 70 mil urnas da venezuelana Smartmatic, seja “ajeitando” uma licitação para que ela vencesse, seja entregando a ela, sem nenhuma necessidade, a criptografia de todo o sistema eleitoral brasileiro, mesmo sabendo, é claro, que os três “donos” da empresa são estrangeiros e, portanto, não submetidos às leis brasileiras do sigilo contratual…

E o TSE fez mais: inventou todo um roteiro de testes por especialistas para “provar” que as urnas eletrônicas são seguras e não fez absolutamente nada com a denúncia do professor Diego de Freitas Aranha, da Unicamp, que testou e reprovou as urnas eletrônicas, tanto as da Smartmatic (70 mil) quanto as da americana Diebold (530 mil)… ”Sim, podem ser violadas”, disse Diego Aranha.

EMPRESAS DE FICHA SUJA

O TSE com certeza também sequer pesquisou a idoneidade das duas fornecedoras das 600 mil urnas que serão usadas nestas eleições, empresas com péssima imagem no mercado mundial de produtos eletrônicos e que enfrentam processos por fraude e sonegação fiscal nos EUA.

Descobri também que uma vez compradas e instaladas, as urnas não se submetem a nenhum tipo de auditoria porque os chips nelas implantados dispõem de inteligência para esconder a fraude ao primeiro sinal de que uma auditoria foi iniciada.

Descubro também, pasmo, que o Senado Federal, que dispõe de todo um roteiro claro, didático, do passo a passo da fraude, fornecido pelos melhores especialistas do Brasil em segurança eletrônica, se omitiu permitindo que o Supremo Tribunal Federal – STF – derrubasse ainda em maio a lei do voto impresso.

NEM O EXÉRCITO IMPEDIU

Outra descoberta de arrepiar é que nem o Exército Brasileiro conhece, tecnicamente, a capacidade das urnas eletrônicas em se tornar autônomas e ser permeáveis a qualquer tipo de auditoria.

Ainda há poucas semanas o general Edson Leal Pujol, Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, deu entrevista para desmentir a notícia de que sua instituição iria fiscalizar as urnas eletrônicas. Ele informou que o papel do Exército é apenas garantir que o pleito seja realizado com tranquilidade.

Não deve saber, portanto, que por trás da ordem aparente será praticado o maior crime contra a  democracia brasileira, com a destruição do valor sagrado do voto…

Logo após a incontroversa declaração de Jair Bolsonaro sobre a ameaça de fraude via urnas eletrônicas, ainda não se sabe por qual razão, seu vice na chapa, o general Hamilton Mourão, pediu que a declaração fosse relevada, enquanto o candidato Fernandinho Beira Haddad cobrou providência do TSE contra as declarações como se quem as fez não soubesse o que dizia.

Sabe sim, tanto que a lei que instituía o voto impresso em 2015 – e derrubada em maio de 2018 – é de autoria de Jair Bolsonaro…  A anedota do dia em torno do mesmo assunto veio do novo presidente do STF – logo ele – Dias Toffoli afirmando que as urnas eletrônicas são “confiáveis” – só não disse para quem…

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