O vício –O problema não é o vice. É o vício deles, aquele que não tem cura.
Justiça suína –A JBS/EUA descredenciou o fornecedor que maltratava os porcos. No Brasil, a JBS é punida por tratar bem demais os porcos. A alguns até alimenta com malas de dinheiro.
Troco na troca – Cinco partidos escolhem Josué Gomes candidato a vice-presidente da República. Ele é filho de José Alencar, duas vezes vice de Lula. Depois de Michel Temer, o vice passou a ser decisivo no Brasil de hoje, até mais que o candidato a presidente; este pode ser impichado ou internado, como pode acontecer com dois candidatos, a julgar pelo comportamento de ambos.
Josué Gomes, como seu pai antes dele, entra na chapa na categoria de homem rico, não na de líder ou vulto político. Josué já foi cogitado por Lula como seu vice. Se outros partidos, que não o PT, querem Josué, deve ser para retirar um produto da prateleira do PT. E para fazer aqueles negócios em que você, eu e o resto do povo entramos como troco na troca.
Hoje é dia de lembrar que: 1) A chapa Jair Bolsonaro / Janaína Pascoal e o slogan pronto: Apocalipse já já!
2) O negócio mais rentável do País é clonar celular de político e pedir dinheiro emprestado. O retorno é positivo-operante
3) A eleição presidencial: Lula escreve, Ciro Gomes xinga, Meirelles paga, Alckmin insiste, Alvaro teima, Bolsonaro pira e o Centrão comanda
4) A eleição estadual/governo: Cida viaja, Ratinho Jr. voa, Osmar Dias reflete e Ricardo Barros manipula
5) Bolsonaro não precisa de palanque forte no Paraná. Com tanto Coxinha, o Paraná é o palanque
6) O governo municipalista da família Barros acabou na hora em que a lei eleitoral proibiu a propaganda
7) No Paraná já começa a faltar governador pra tanto candidato a vice
8) Beto e Richa: os dois candidatos dos sonhos de Beto Richa ao Senado
9) Requião: o candidato dos sonhos de Roberto Requião para ocupar as duas vagas no Senado 10) Pela fuga depois da morte da paciente, o dr. Bumbum mostrou que é mesmo um dr. Bundão
No vazio de qualidade das comunicações no Brasil pelo menos uma notícia boa apareceu esta semana. William Waack está fechando contrato com a BandNews onde pode estrear um programa na TV por assinatura e depois na TV aberta, em prazos de acordo com cláusula de quarentena de sua rescisão com a Rede Globo, um ano no primeiro caso, seis meses no segundo. Como todo mundo deve saber, a saída do jornalista foi causada em tese pelo vazamento de um vídeo tolo de bastidores de gravação, inflado criminosamente com a injusta acusação de racismo atiçada pela esquerda nas redes sociais.
Este foi mais um estrago das batalhas vazias que esse pessoal arruma o tempo todo, que são um complicador muito forte da crise brasileira. Já foi pior quando o partido da raiva detinha o poder e podia usar a máquina contra qualquer um que fosse julgado como alvo de ocasião. Foi pesado o efeito da pressão da máquina nas mãos da esquerda. O duro foi aturar até jornalistas e sindicatos do setor aplaudindo a falência de publicações e demissão de colegas, sem levar em conta o desmonte causado em um setor essencial para qualquer país, ainda mais na situação de um país que precisa levantar-se, como acontece com o Brasil.
O resultado foi desastroso no setor de comunicações, de duas formas. Pelo abate e intimidação de vozes de qualidade e pela doutrinação de uma juventude que entra no mercado de trabalho já com a cabeça feita. Existem os que fizeram disso um meio de vida e tem também os profissionais ingênuos politicamente. Estes atuam com o engano implantado em suas mentes por um ensino superior dominado por doutrinários de esquerda. Juntam-se doutrinação e incapacidade técnica. Os coitadinhos pensam que atuam com os melhores ideais, quando na verdade são apenas instrumentos de projetos de poder baseados em fórmulas comprovadamente falhas e até criminosas historicamente.
Independente do que se pense de William Waack, sua demissão foi definida neste clima de manipulação e intimidação, sistema que depois de implantado artificialmente por meio da educação e o aparelhamento parece que agora anda sozinho. A Rede Globo errou tecnicamente na demissão de Waack, apesar de sua saída aparentemente fazer parte de questões políticas internas — o vídeo vazado tem todo o jeito de ter sido apenas pretexto para este acerto de contas na luta interna por poder. Digo “erro técnico” porque sua qualificação profissional é do tipo que pode alterar com qualidade o conjunto do trabalho de uma empresa. Se a Globo aproveitou com toda a amplitude suas qualidades profissionais, isso é outra questão, afeita também ao jogo de forças interno e suas implicações externas, com demonstrações muito claras de que até o momento o efeito não é bom na qualidade jornalística da emissora.
A Globo acabou ficando sem alguém muito competente, especialmente em uma área sempre importante e de ainda mais peso nos tempos em que vivemos: a da política internacional. Cito esta área pela condição de terra arrasada da cobertura internacional no jornalismo brasileiro, no entanto Waack é um jornalista completo, se dando muito bem na análise política e na economia, com muita capacidade de informação e interpretação dos fatos. Suas avaliações sobre as variadas crises dos últimos tempos são de inteligência rara, o que o coloca evidentemente sob a mira de um projeto de poder que parece ainda meter medo. Se este clima de medo teve influência na sua demissão, pode ser que um dia as razões venham ao conhecimento público.
É admirável a qualidade das publicações que o jornalista colocou em pouco tempo no ar na internet em seu canal no Youtube, o Painel WW. Nem vou falar de “volta por cima” porque pelo material apresentado pelo jornalista e a forma política da transição a condição é de uma mudança de qualidade. Para melhor. Na apresentação de seu canal na internet, num vídeo na cabeça da página, pode-se pegar uma menção de causa e efeito, quando ele diz meio brincando que “não tem nenhum chefe no ponto falando comigo”. De fato, pela qualidade dá para notar.
Houve época em que quando ocorria algum problema parecido a Globo mantinha profissionais desse porte em geladeira de luxo. Por economia ou outra razões deixaram de fazer isso com William Waack, que depois do vazio criado no lugar de onde saiu, agora pode vir a fortalecer uma emissora concorrente. O problema maior da Globo com isso nem é o da TV aberta, mas da TV por assinatura — por onde o profissional deve começar — e mais ainda pela interação da televisão com a internet, na criação dessa conexão do jornalismo com as novas tecnologias, sintonia essencial para a sobrevivência do jornalismo na TV, que Waack mostrou em pouco tempo que sabe fazer muito bem.
A patacoada daquele domingo do solta não solta Lula chegou ao Conselho Nacional de Justiça. O juiz federal Sérgio Moro e os desembargadores do TRF-4, João Pedro Gebran Neto e Rogério Favreto, foram intimados para tratarem de esclarecimentos sobre o ocorrido. Mas, como diz a música, não se afobe, não, que nada é pra já. Todo mundo tem 15 dias para escrever se explicando, a começar depois de 1º de agosto, porque até lá o Judiciário está de férias.
O CNJ recebeu oito reclamações contra Favreto e duas contra Moro, a depender de como as coisas caminhem daqui para frente, processo Administrativo Disciplinar pode ser aberto contra qualquer um dos envolvidos, que se terminar mal, acabará em advertência ou aposentadoria compulsória – aquela em que deixa-se o cargo, mas o salário integral é mantido até o final da vida.
Com clientes políticos de tão variadas ideologias – depois de Lula agora é Beto Richa – o escritório do advogado Luiz Fernando Pereira está se tornando uma verdadeira ONU.
Pereirinha começou a atuar na área política como advogado eleitoral, com o PT, e continua realizando análises sobre a elegibilidade de Lula. Com Beto Richa, no entanto, entram as operações e denúncias de malfeitos com recursos públicos, temas já tratados por René Ariel Dotti.
Em termos de Paraná, Pereirinha, que é filho do ex-governador Mário Pereira, é o advogado do momento para os políticos.
A advocacia para lados opostos – mas em ações não conflitantes – não o incomoda. Pragmático, afirma: “Tudo é público. Sou advogado e não militante partidário. Tenho compromisso profissional com os clientes, a favor de quem atuo com a técnica adequada. Se exigirem teor político, não sou a melhor pessoa”.
Pepino pequenino – O procurador Deltan Dallagnol tem agenda para 16 de agosto em São Paulo: a aula magna, tema ‘Operação Lava Jato – Como isso afeta o RH?’. Faz sentido, a Lava Jato levantou sujeira em todos os cantos deste Brasil.
Pretendo convidá-lo para dar palestra às minhas netas. Tema: Operação Lava Jato e as fraldas descartáveis. Ainda jovens, 18 meses, mas é de pequenino que se torce o pepino.
Desinteirado –O cara me aborda na rua e pede moeda “para inteirar a passagem”. Se não tinha dinheiro pra voltar, então pra que veio? (Saverio Marrone)
Impossível – O senador Roberto Requião desistiu da candidatura a presidente, aquele flato de pernilongo tísico. Queria ver Requião desistir de ser Requião. Mas isso só no dia em que o escorpião der carona ao sapo e beijá-lo na outra margem do rio.
Queria entender – O que acontece com o TRF4, dos desembargadores Gebran Neto e Rogério Favreto? O juiz Sérgio Moro absolve Cláudia Cruz – mulher de Eduardo Cunha – e o tribunal condena.
Quando Moro amolece, eles endurecem. Teve até o impensável vice-versa: Favreto amoleceu e Moro endureceu. Está por demais da conta nestes tempos de Lava Jato.
Tribunal existe para rever sentença de juiz. Mas agora vê o que o juiz não viu e estava ardendo no processo. Melhoraram os juízes, pioraram os desembargadores ou vice-versa?
Em qualquer aparição pública de Ciro Gomes dá logo para notar que ele gosta bastante dele mesmo. Ama de paixão. Quase tudo que é dito pelo pré-candidato a presidente do PDT tem um tom de autoelogio. Nas próprias frases ele destaca seu valor como administrador e político, bem do jeitão dele, sem nenhum respeito pela verdade histórica ou a condição atual dos lugares pelos quais passou.
Até o Ceará deve respeito a ele, pelas maravilhas que fez como governador, como costuma falar o tempo todo, sem atinar para a lamentável miséria e violência sem limites naquele estado depois de anos sob o poder de seu grupo político. Quando ao governo do PT, sua versão também não bate com o que sabe a maioria dos brasileiros. Os governos petistas contaram sempre com seu apoio, tanto para Lula quanto para Dilma Rousseff. Mas ele faz de conta que não teve nenhum comprometimento moral com a roubalheira que se desenvolveu por anos na frente de seus olhos e que começa a notar somente agora.
Em algumas falas ele tem criticado um pouco do que foi feito pelo PT, comentários amenos por enquanto, relevando responsabilidades, mas já apontando para um rumo que deve ser pauta prioritária de sua campanha se ele não conseguir o apoio do partido do Lula. Claro que ele esteve todo esse tempo com Lula e o PT, mas isso é detalhe para Ciro.Vai cair de pau nos malfeitos, sem lembrar que estava ao lado dos malfeitores, como costuma fazer quando a aliança não é mais do seu interesse. Se for preciso buscar o voto do eleitor apontando com agressividade a desonestidade e a incompetência de Lula (ou “meu amigo Lula”, como ele gosta de dizer) e seus companheiros, podem apostar que ele fará isso.
E vai fazer essas críticas com o mesmo ar de orgulho que demonstra para tudo que ele mesmo fala. Ciro acompanha suas explanações com acenos de rosto e sorrisos elogiosos que evidenciam uma satisfação com o que diz, saboreando cada frase como máximas de alta sabedoria. Ah, como Ciro Gomes gosta de Ciro Gomes. É evidente que ele se acha o cara mais esperto do Brasil. Mas na verdade, o político cearense está mais naquela condição da frase de Guimarães Rosa, que diz que quando a esperteza é demais ela come o dono. Como não cabe em si de satisfação consigo mesmo, Ciro vive sendo devorado por sua esperteza.
Uma dessas belas auto-mordidas é de agora, revelada pela decisão da ministra Rosa Weber, que numa liminar negou pedidos de Ciro na Justiça Eleitoral para tirar do ar dois vídeos. Um deles é de Arthur do Val, do canal Mamãe Falei. Ele chama Ciro de “Tiro Gomes”, ótimo apelido para quem disse que receberia “na bala” a “turma” do juiz Sérgio Moro. Outro vídeo é de um jovem youtuber, Carmelo Neto, do Ceará. No vídeo ele faz um relato sobre o currículo político do pré-candidato desde a época da sua juventude, quando era do partido da ditadura militar. Também chama Ciro de “frouxo” e “covarde” e diz que ele descende de uma oligarquia de escravocratas.
Nunca tinha ouvido falar de Carmelo Neto, que tem apenas 16 anos. E evidentemente fui assistir ao tal vídeo que Ciro Gomes quer tirar do ar. Claro que vi também o do Arthur do Val. Como se costuma dizer, eu e a torcida do Corinthians. Os vídeos bombaram assim que a notícia começou a correr na internet. E aí é que está o problema da esperteza de Ciro, tão grande que não permite que ele saiba que hoje em dia com as redes sociais a pior atitude que se pode tomar é tentar tirar do ar uma crítica de adversários. A decisão da ministra Rosa Weber é provisória. Mais adiante ela ou outro juiz podem até tirar os vídeos do ar, mas não fará diferença alguma porque já teve um efeito negativo terrível sobre a imagem do político mais esperto do Brasil.
Se soubesse que o procurador paulista, a quem se referiu como “filho da p…” por tê-lo denunciado por racista, será que o candidato a presidente, Ciro Gomes, mudaria o xingo?
É certo que sim. O ex-governador do Ceará sabe o quanto lhe custou aquela frase de que Patrícia Pilar tinha como função dormir com ele durante a campanha eleitoral em 2002.
Famosa, respeitada como atriz, ela fazia tratamento contra um câncer à época, estava sem cabelos, mas mesmo assim acompanhava o marido em atos públicos.
Ciro paga até hoje pelo destempero. Não adiantou nem mesmo a defesa de Patrícia, que conviveu com ele durante 17 anos e afirma que nunca presenciou qualquer comportamento machista do ex-marido. A frase, segundo ela, foi tirada do contexto e utilizada pela oposição contra o candidato.
Agora, novamente Ciro Gomes se vê diante de uma situação complicada. Se chamar um procurador da República de “filho da p…” já é ofensivo, imagina em se tratando de uma Procuradora? Abre, de novo, a discussão sobre o machismo para um candidato com antecedentes.
Ao menos quando se trata de se referir às mulheres, Ciro Gomes ganharia mais se ficasse calado.
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