Leite quente explícito –O Uol passou a oferecer pacotes de filmes pornográficos, produção e artistas nacionais. E pensar que a nossa Gazeta do Povo, agora portal como o Uol, perdeu leitores ao recusar anúncios de garotas de programa – hoje em propaganda enganosa nos orelhões da cidade. Não seria o caso de a Gazeta imitar o Uol? Ganha dinheiro e incentiva artistas locais.
Hermenêutica –O ministro Dias Toffoli declara que na presidência do STF terá que sufocar suas convicções pessoais. Quer dizer que Lula continua preso?
Tráfico, subst. masc. –Na conferência dos povos que falam português, Michel Temer “fez ver” ao presidente cabo-verdiano sua preocupação com os brasileiros condenados por tráfico de drogas pela justiça local.
O presidente de Cabo Verde não “fez [Temer] ver” sua preocupação com Lula, condenado por tráfico de influência no Brasil. Mas concordaram que ‘tráfico’ significa o mesmo em todas as línguas portuguesas.
Procuração demais –Os advogados de Lula não se entendem. Cristiano Zanin critica Sepúlveda Pertence, Eugênio Aragão fala mal de Luiz Fernando Pereira. Em causa com muita procuração, todos gritam e ninguém tem razão.
Dilma e Gleisi Hoffmann na reunião do Foro de São Paulo, em Cuba. A foto é de Ricardo Stuckert, fotógrafo pessoal de Lula. Com a prisão do chefe, ele vem servindo também aos companheiros. A faixa em inglês, exibida em um país de língua espanhola e de histórica antipatia aos Estados Unidos é por conta da notória asnice das duas.
Parece que o PT resolveu assumir a piada. Não é preciso dizer para eles irem pra Cuba. Não saem de lá. Frei Betto é um que está o tempo todo na ilha dominada pela dinastia dos Castro, onde costuma descer o sarrafo na oposição ao regime comunista e elogiar o sistema de vigilância e repressão do governo, participando de eventos promovidos pelo PC cubano, em encontros locais de exaltação ao regime e fortalecimento do esquema de poder. Nesta semana, uma porção de petistas está na ilha, participando do encontro anual do Foro de São Paulo. A presidente do PT, Gleisi Hoffman, e a ex-presidente Dilma Rousseff são os destaques na comitiva brasileira.
Deviam aproveitar para decretar a falência desse Foro criminoso. Dos governos instalados sob a inspiração do grupo internacional de esquerda sobraram apenas o governo de Evo Morales, que aparentemente sossegou, e os da Nicarágua e Venezuela. Em pouco mais de uma década, o sonho prometido ao continente virou um pesadelo cruel para vários países que experimentaram a receita política e econômica. O Brasil está na pindaíba que todos conhecemos. A ditadura bolivariana na Venezuela, um dos orgulhos de Fidel Castro, deixou o país numa situação desesperadora. Outro bolivariano e fã do modelo cubano, o ex-presidente do Equador, não poderá comparecer à reunião em Cuba. Foragido na Bélgica, está com pedido de prisão preventiva e extradição para responder em seu país pelo envolvimento na tentativa de sequestro do ex-deputado Fernando Balda na Colômbia, em 2010. Até as FARCs, grupo terrorista da Colômbia, teve que depor armas e participar de eleições, levando uma memorável surra nas urnas.
Mas e Daniel Ortega, será que marcará presença? Seu governo na Nicarágua está sob pressão da população, com multidões exigindo sua saída do poder. Ortega responde da forma que aprendeu com os cubanos: o governo nicaraguense já matou mais de 300 pessoas nas ruas.
O Foro de São Paulo só semeou desgraças na América Latina, mas Dilma e seus companheiros exercitam em Cuba o velho costume de apontar defeitos apenas nos outros. Da ex-presidente derrubada democraticamente no Brasil por um impeachment não se ouviu nenhuma palavrinha sobre os crimes de Ortega ou a situação desesperadora dos venezuelanos, mas teve muita crítica ao que contestam no Brasil o projeto de poder do PT e por extensão de todos seus comparsas do Foro de São Paulo, uma espécie de PCC da política. Ela passou a maior parte de seu discurso chorando as pitangas pelo seu impeachment e lamentando a prisão do chefão do PT, Lula, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Dilma discursou nesse domingo no encontro do Foro. Pobres cubanos. Ficaram livres do palavrório de Fidel Castro, para agora terem que suportar o dilmês. O falecido ditador cubano fazia discursos longuíssimos, algumas vezes de mais de cinco horas. Castro pode não ter sido o ditador mais sanguinário da História. Neste aspecto a competição é feroz. Mas com certeza foi o mais chato. Ele só se calou com a interferência da morte, cessando mais este sacrifício aos cubanos. Depois de Castro, seus ouvidos mereciam descanso eterno de palavrório inútil. Não é justo que tenham que suportar Dilma Rousseff.
O santo óleo e a banha profana – Dois deputados federais do Paraná são criticados por terem assumido a relatoria de projetos de lei que beneficiam áreas de atividade econômica em que suas famílias têm participação expressiva. Deveriam ter recusado a relatoria no pressuposto de suspeição? Não necessariamente. Eles têm conhecimento da área e poderiam até contribuir para o aperfeiçoamento da matéria, o que diz aqui apenas para dar aos deputados o benefício da dúvida; a certeza só virá de estudo criterioso do efetivo benefício da lei às áreas nela disciplinadas. Mas é preciso ter em mente alguns atenuantes antes de criticar os deputados relatores.
O primeiro: eles relatam, influem, convencem, mas não decidem pela maioria de sua casa no Congresso; estão lá os colegas que votam e aprovam, e acima deles, até decidindo por eles, as lideranças partidárias. O segundo: o deputado atua no pressuposto da idoneidade, independência e do interesse público – pelo menos em tese, essa tese todos os dias derrubada. Terceiro: se o deputado fere valores só por ter parentes na área do projeto que relatou, que dizer dos ministros do STF que relatam processos não de parentes, mas de amigos de casamentos, festas e jantares, com os quais são fotografados aos abraços e risadas?
Ninguém chega em Brasília – e lá permanece – ungido pelos óleos da santidade. Deputados e ministros chegam a Brasília besuntados na banha animal das alianças profanas, dos favores, dos compromissos. A execração do ministro Édson Fachin por amigos e esquerdas tem origem no apoio histórico do PT à sua postulação de ingressar no Supremo; a execração até que o dignifica por revelar que virou a página e assumiu a sacralidade da toga. Deputados e senadores precisam de financiadores antes do voto dos eleitores. O financiamento de campanha não sai de graça, vem de contribuições de quem pode e tem interesse, empresários em suma.
O sistema de controle não se esgota nos freios e contrapesos da revisão pela outra câmara, da sanção-veto pelo presidente e a eventual declaração de inconstitucionalidade pelo STF. Também existe na denúncia da imprensa – como acontece nos projetos cujos relatores são criticados – e na atuação dos lobbies, áreas científicas conservacionistas e no convencimento de consumidores e eleitores. Complicado, mas democrático – até quanto aos relatores. Se algo se pode dizer em benefício dos relatores, diga-se que não são os primeiros a relatar projetos com eventuais conflitos de interesses, que não são os únicos e não serão os últimos.
*
Liminar para infiéis –O prefeito Marcelo Crivella, do Rio, está com uma liminar tolhendo seu acordo com os pastores da Igreja Universal do Reino de Deus, aos quais prometeu atendimento médico privilegiado e rápido pela prefeitura aos respectivos fiéis.
A liminar foi dada porque os cariocas infiéis esperam até 8 meses por uma consulta médica. A liminar não resolve. Quem sabe a conversão, os infiéis batizados na Igreja Universal. Pode não ter consulta para todo mundo, mas o Reino de Deus estará garantido.
*
Nada de novo desde o Estado Novo –O Ministério do Trabalho foi invadido por desconhecidos no final de semana, em Brasília. Ao que parece, sem prejuízos materiais, a não ser a barafunda de papeis espalhados pelo chão, gavetas e arquivos arrombados.
Em língua policial não está descartada a hipótese de serviço interno, queima e desaparecimento de provas da venda de registros sindicais, intensificada neste governo depois que o PTB assumiu o ministério.
Nada de novo desde o Estado Novo, quando foi criado o ministério. Só a intensidade e a pressa da improbidade no mandarinato petebista, pois o ministério tem sido um balcão de negócios na área sindical.
*
Meu reino por uma vaquinha –É tão grande a rejeição do eleitor a todos os candidatos a presidente que seria o caso de mais um referendo sobre a volta da monarquia. Aliás, não precisa, já temos o rei pronto. Chama-se Lula.
Acontece que o rei está preso, que nem Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra, que só foi solto depois que a mãe fez vaquinha para pagar seu resgate. Tarefa para Gleisi, mãezinha de Lula.
*
Cai-cai & sobe-sobe –Neymar caiu e Mbappé subiu na Copa do Mundo, hoje quase empatados no valor de mercado. Se um continua no cai-cai, outro avança no sobe-sobe.
*
A memória do pedaço –Não trouxe emoção e ansiedade para quem passou o mês com a Copa do Mundo. Cruzeiro e Atlético Paranaense fizeram partida apenas razoável no jogo de ontem pela Copa do Brasil.
Destaque para quatro atletas que lembram certos funcionários públicos, gente que conhece e resolve tudo, que chega antes e sai depois de todo mundo, a memória do pedaço.
Caso de Rafael Sóbis e Thiago Neves, do Cruzeiro, e Paulo André e Thiago Heleno, do Atlético.
A torcida organizada do PT caminhou alguns passos e ficou mais próxima do ídolo. Militantes alugaram um terreno a menos de 10 metros da entrada da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e assim conquistaram o direito de ir e vir a hora que quiserem sem precisar dar muitas satisfações.
O próximo passo é colocar tendas e um palco no lugar. A ideia é de que o espaço se transforme como concentração para o ‘bom dia, boa tarde, boa noite’ ao chefe preso e às discursarias habituais.
A vigília tem um advogado, Eduardo Godoy, que tratou de colocar tudo legalmente:
“O direito de livre acesso a uma área privada não pode ser cerceado por qualquer ação policial, a não ser que haja alguma infração legal, mas aqui não há nenhuma”.
Os militantes que dormem no entorno da Superintendência da PF à noite continuarão onde estão: num terreno alugado mais ou menos a um quilômetro do prédio, de dia poderão ir ao novo endereço.
Apesar da própria mulher, dona Rosangela, negar, são vários os indícios de que o juiz Sérgio Moro é um agente da CIA disfarçado. Por exemplo:
1) Ele se confunde muito com o uso do verbo “haver”, transitivo ou intransitivo dependendo da colocação na frase. Americano nato ou treinado desde criancinha na Virginia (EUA) não aprende nunca
2) O uso de gravata preta com camisa preta. Só um agente da CIA montaria um figurino tão desconexo da realidade tropical. E tão feio, claro
3) A obsessão por Lula, e não é por causa do perigo vermelho, mas sim, por causa da barba. Todo agente da CIA relaciona qualquer barba com Fidel Castro e a frustração por não ter conseguido eliminar o líder cubano da face da terra. Pura vingança tardia 4) E, finalmente, o fato de ter ido a Mônaco recentemente. Qual agente da CIA não sonha em surgir em Mônaco impecável, único lugar do mundo em que se pode usar blazer branco com gravata borboleta preta sem ser chamado de garçom?
Jair Bolsonaro faltou a mais uma votação importante, a da Lei de Diretrizes. É ótima a explicação dele para faltar ao trabalho de deputado. O pré-candidato a presidente da República disse o seguinte: “Meu voto não ia fazer nenhuma diferença lá. Nenhum deputado ia se indispor com milhões de servidores”. O deputado deu também outra justificativa para não ter que aparecer se posicionando em relação à proibição de reajustes para o funcionalismo em 2019, medida que foi derrubada. Ele disse que não quis ficar com a “marca na testa”.
Político esperto ele, não é mesmo? Mas de fato, o voto de Bolsonaro não ia fazer nenhuma falta, da mesma forma que outros votos seus como deputado também não fizeram diferença, diga-se que felizmente, porque como deputado ele é danado para votar errado. Um voto importante de Bolsonaro, por exemplo, foi na apresentação do Plano Real ao Congresso Nacional, em 1994. Para ficar apenas num exemplo da qualidade do plano comandado por Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda do governo de Itamar Franco, basta lembrar a hiperinflação que acabava com o país.
Com o Plano Real houve de imediato uma fantástica redução da inflação, que chegou a 2.477% em 1993. Como todos sabem, a expectativa inflacionária atual é de 6%. Bolsonaro não fugiu à votação do Plano Real. Estava lá, cumprindo sua obrigação. Mas votou contra. Ainda bem que também dessa vez seu voto não fez falta. Ele votou contra o Brasil.
onde andam vocês, bolachas maria? amiguinhos toddys cream crackers piraquê por que me abandonaram? venham, duchens voltem, zequinhas bidu-cola, crush e mirinda apareçam antes que eu morra pela boca cheia de formiga édson de vulcanis & marcos prado
O grau de sucesso de um político para a sua autopromoção é diretamente proporcional à ingenuidade do povo que acredita nas suas perorações, empulhações, enrolações, enganações e inversamente proporcional ao exíguo espaço que ele consegue ocupar na mídia. Elementar, minha gente.(José Zokner)
Grey Gardens –Em 1973, um escândalo ocupou as manchetes dos jornais americanos. Alegando falta de condições sanitárias, autoridades locais tentaram expulsar mãe e filha de Grey Gardens, uma mansão decadente no balneário de luxo de East Hampton, a 160 quilômetros de Nova York. Seria uma notícia banal, não fossem elas as ex-socialites Edith Bouvier Beale e sua filha Edie, respectivamente tia e prima de Jacqueline Kennedy Onassis. Dois anos depois, Big Edie e Little Edie, como eram conhecidas, abrem as portas para os documentaristas Albert e David Maysles.
Câmera e microfone em punho, eles flagram excentricidades de duas mulheres que vivem isoladas há mais de 20 anos e travam diálogos dignos dos melhores textos dgRE
Documentário. Direção de Ellen Hovde, Albert Maysles e David Maysles. 100 minutos. 1975. EUA.
Mulher bonita, interessante, inteligente, já era doutora em alguma coisa. Todos pensavam em chegar junto, havia nela mistérios a serem explorados. Acontece que chegou antes a adulação dos homens gordos, feios, não resolvidos, onanistas de plantão.
Virou narcisista, tudo girava em torno dela. Aos 30, como era possível? Antes, modesta, pés-no-chão, consciente de si mesma e de sua circunstância. Agora, pós-gordos, era ela e mais ela, só ela. Lembrei da outra que conheci, em quem a esquizofrenia se manifestou aos 20.
Entendi. O narcisismo é a esquizofrenia dos falsos saudáveis. E pode se manifestar na idade adulta. Irreversível, incurável nos dois casos. Poucos percebem, todos sofrem. (Saverio Marrone)
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Funcional
Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos.O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.