Em agosto de 2016 os bancos UBS, da Suíça, e Citibank, dos Estados Unidos devolveram US$ 25 milhões à prefeitura de São Paulo, dinheiro de movimentação financeira desviado da prefeitura paulistana na década de 1990. Maluf e seu filho Flávio são réus nos Estados Unidos, onde estiveram presos. O ex-deputado também já foi condenado na França a três anos de prisão por lavagem de dinheiro em grupo organizado. Ele ficou durante anos na lista de procurados da Interpol e por isso não podia sair do país.
Em maio de 2017, Maluf foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro durante a gestão como prefeito de São Paulo, entre os anos de 1998 e 2006. Finalmente em dezembro do ano passado ele começou a cumprir a pena em regime fechado, até que em março deste ano o ministro Dias Toffoli autorizou que ele cumprisse prisão domiciliar, alegadamente por problemas de saúde. Coisas de um país como o Brasil, inclusive com absurdos como o de ter um tipo como Dias Toffoli como ministro do STF.
O engraçado é que a saída de Maluf acontece sem que a Câmara Federal tenha demonstrado nenhuma dignidade política na cassação. Ele foi preso em dezembro e só foi afastado das funções legislativas em fevereiro, medida determinada pelo STF e não pela Câmara. Os líderes da Câmara também vinham adiando a cassação, evidentemente dando tempo para a renúncia do deputado ao mandato. Ao longo de agosto, a decisão pela cassação foi adiada por três vezes. Sem piada, os crápulas estavam permitindo uma “saída honrosa” para o colega Paulo Maluf. Isso no conceito de honra de grupos similares aos dos nossos políticos, a exemplo do que acontece na máfia.