Pediu? Agora, aguente!

1
Se a batalha te chama na história
Voltarás com verve e augusto
Pra ser forte no amor e na glória
Defender Itararé a todo custo
Levas sempre no peito o encanto
De uma Terra de infinita Sé
Dessa aldeia que adoras tanto
Santuário chamado Itararé
(Refrão)
Se a honra de Ser te pertence
Deste chão és ternura e fé
Pra viver sempre Itarareense
E morrer por Itararé

2
Sentinela que guarda a fronteira
Um celeiro de pinha e maná
Da legalidade és trincheira
Às barrancas do Paraná
Se te fundas Boêmio que vence
Desde os bosques, planícies até
Te engalanas tão Itarareense
Feito nau ao luar de Itararé

3
Se o Brasil ergue a clava forte
Pra ornar a Carta-Constituição
Lutarás com ardor até a morte
Para valorizar teu rincão
Esse Itarareense-Andorinha
Encantada, do rio verde ao tembé
Sobre a Coronel Jordão se aninha
Chão de Estrelas de Itararé

Silas Correa Leite
e Vanderlei Garcia do Nascimento

Não posso deixar passar em branco a ousadia de algumas pessoas de Itararé (aliás, nem são de de lá, foram adotadas pela cidade). O Maestro Gaya deve estar em pânico no túmulo! Sou grouchomarxista, vivo em estado de graça, porque não custa nada. Esse hino será cantado pelas crianças da cidade? Essa brincadeira de péssimo gosto, nos remete vigorosamente ao passado! Celeiro de pinha e maná é de matar! Te engalanas! Bah, tchê! Meu ouvido não é penico, catzo! Mais respeito com as pessoas, brincadeira tem hora. Deve ser divertido cantar em rodinha de boêmios – depois de dezenas de cerveja e para usar a linguagem do autor, na nau ao luar. Cozidos compondo hinos! Garanto que vão exigir que Rogéria Holtz cante essa coisa quando pintar na cidade! É preciso acabar com esse mito de “poetinha”. Triste poeta, que fica tecendo loas ao metalúrgico e à quadrilha que tomou conta do Brasil.

Estão decompondo a cidade.

Eu não levo a sério essa coisa. Musiquinhas desse tipo a gente fazia aqui em Curitiba, na década de 70, pra se divertir nos botecos. E se tornaram clássicos! Mas ninguém nunca se teve a ousadia de atribuir à nenhuma delas o título de “hino”. Escrevo isto porque venho sendo atacado constantemente pelo “bardinho” (de curtura) em blogs que endeusam o
cavaleiro da triste, muito triste figura. Blogs dele, naturalmente, onde não posso postar comentários, craro, cróvis! Solda.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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