Questão de peso

Os vereadores de Curitiba chegaram na madrugada para votar o saco de reformas do prefeito Rafael Greca. Aquela coisa, numa dessas a torcida organizada do Coritiba vai espera-los no estacionamento, como aconteceu. Muito peso pertencer à base parlamentar de Greca. No tempo do prefeito Gustavo Fruet ser vereador era coisa leve, até lúdica.

O horto dos abelhudos

A fiscalização municipal mandou acabar com a horta comunitária mantida em canto de calçada no Cristo Rei. Não incomodava ninguém, nem os feirantes da semana. Incomodava a prefeitura, sabe-se lá por quê. Até o secretário da área sacou uma lei de antanho para criminalizar a horta. Precisa dar serviço para essa gente abelhuda.

Genrência

Michel Temer em viagem de Estado, o Brasil tem Rodrigo Maia na presidência e Wellington Moreira Franco no ministério da cozinha. Genro e sogro no poder.

A crise que voa

Quando o presidente José Sarney saía para visitas ao Exterior, o senador FHC, maldoso, comentava: “A crise viajou”. Michel Temer foi à Rússia, a crise na bagagem.

Mãi, ói eu aqui!

O filme sobre a Lava Jato, ‘Polícia Federal – a lei é para todos’, terá pré estreia em Curitiba. Adivinhem quem estará lá no tapete vermelho, camisa marrom, gravata idem, cabelo pega-moça, mais a moça que mora com ele, a da revista?

Outro fofoquerro

O deputado Ney Leprevost, derrotado na eleição de prefeito de Curitiba, promete ir “às últimas consequências” para apurar a suposta fraude eleitoral noticiada pelo colunista Celso Nascimento, da Gazeta Virtual do Povo. No problem. Ney é meigo, o máximo que fará – a dita “última consequência” – será mudar a risca do penteado, da esquerda para a direita.

Celso Nascimento faz lembrar o episódio do tempo de Ney Braga, quando o deputado Miran Pirih, sob risco de perder o mandato devido a parecer do jurista Pontes de Miranda, que afirmava sua inelegibilidade por ser nascido na Croácia, desabafou, no sotaque dos Balcãs: “Esse Pontes de Miranda é um fofoquerro”. Para Rafael Greca, Celso não passa de um ‘fofoquerro’.

Olha quem está falando

“Quem quiser fazer política que vá aos partidos políticos e faça política lá. Não na promotoria, não nos tribunais” – do ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE e ministro do STF, em evento da justiça eleitoral. E como se chama isso que o ministro faz quando critica promotores e juízes?

Le Curitibá cé moá

O imbróglio da votação de seu pacote fiscal na câmara dos vereadores foi um “baque no ego” do prefeito Rafael Greca? Se foi, ele nunca irá admitir, nem para MinhaMargarita. Ególatras e narcisistas jamais se acham errados, isso é problema dos outros, dos que discordam deles. Admitamos, para encher linguiça, que o prefeito sofreu abalo no ego. Se sofreu, ainda a mexer no embutido, foi coisa leve, imperceptível. Se quisermos avaliar em quantidade física, seria um abalo de 20 kg, no máximo, no ego rafaélico. Ora, 20 kg num ego daqueles, é titica, nonada.

Rogério Distéfano

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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