Mais do mesmo
O senador Álvaro Dias mudou de partido. Novidade nenhuma. Novidade seria Álvaro raspar o cabelo.
Blasfêmia
Não há nada sagrado neste país: Rogério Ceni foi demitido como técnico do São Paulo.
Xô, Gilmar
Um bispo de Brasília benzeu o gabinete do ministro Edson Fachin, no STF. Benzeu coisa nenhuma, foi lá fazer exorcismo, um ‘xô, Gilmar’. É pouco. Fachin tem que queimar incenso nos quatro cantos do gabinete, levar vassouradas de arruda e passar por descarrego de sal grosso.
Tornozeleira privilegiada
Geddel Vieira Lima, político baiano, ex-ministro de Michel Temer, vice-presidente da CEF no governo Dilma, foi preso pela PF, investigado por corrupção. Ligeiro incômodo, logo o STF manda soltar. Para salvar as aparências – dele e dos ministros do STF – vai ganhar tornozeleira privilegiada.
Perda de tempo
Mais uma de Sérgio Cabral, o ex-governador presidiário do Rio de Janeiro: ele recebeu R$ 122 mi de propina das empresas de ônibus do Estado. Por isso o Rio está nessa pindaíba: o governador não governava, passava o tempo contando propina.
Troco sem troca
Roger Abdelmassih, o médico de inseminação que abusava sexualmente e inseminava com seu fluido as clientes, cumpre a pena em cela com outros três condenados, enfermos como ele. Sorte dele; tivessem saúde, Abdelmassih saberia o quanto doi uma inseminação.
Caixa único
Aécio Neves reassume o mandato no Senado, depois de afastado pelo STF no caso da suposta propina pedida a Joesley Batista, da Friboi. Ele diz que dará apoio ao presidente Michel Temer, acusado de receber propina da Friboi. Cara coerente, o Aécio, pois ele e Temer recebem pela mesma fonte.
Tudo a temer
Michel Temer viaja à Europa, reunião do G-20, cara de pau para Putin e Trump, outros que usam óleo de peroba como loção pós-barba. Na foto dos chefes de Estado os espertos do G-7 vão colocar Temer na primeira fila. Não pela importância do brasileiro, mas pela segurança dos estrangeiros, com medo de lhe dar as costas.
Caro colega
EHUD OHLMERT, ex-primeiro-ministro de Israel, está em liberdade condicional após cumprir um terço dos 27 meses de cadeia, réu de corrupção.
A quem não sabe, Ohlmert está perenizado na placa inaugural do obelisco dos anjos, no final da avenida Sete de Setembro. Nessa época era prefeito de Jerusalém em visita a Curitiba e cortou a fita inaugural com seu homólogo curitibano, o então prefeito Rafael Greca.
O obelisco é uma das obras obeliscárias de Greca; a outra está ao lado da Catedral, no Centro. Parece que há uma santa lá em cima, não tenho certeza, a figura é pequena e a coluna é longa.
Os obeliscos de Greca, pelo consenso artístico local, têm problema de escala: as esculturas no alto são minúsculas em relação às colunas que lhes fazem pedestal. O exato oposto do prefeito. Não há registro de que Greca tenha criticado a ‘masmorra de Tel Aviv’, como fez em favor dos corruptos brasileiros