Pequeno dicionário governamental

Camisa verde-amarela: símbolo da seleção brasileira de futebol que foi utilizado pela campanha do grande líder e que perdeu seu significado esportivo original;

Centrão: grupo político que pode ser comparado com um telefone celular pré-pago, só funciona pagando antes, por meio de emendas parlamentares e tramóias, esse grupo está no Brasil desde a fase colonial, na época, defendia a escravatura de índios e negros e outros atrasos, a pauta continua a mesma, apenas está atualizada;

Certos grupos neopentecostais: determinados grupos religiosos (não todos) que possuem líderes carismáticos que tem forte inserção na política, donos de meios de comunicação, legalmente possuem isenção e imunidade tributária e apoiam o grande líder;

Congresso Nacional: instituição política constitucional amplamente dominado pelo centrão;

Grande líder: eleito com base em milhares de fake news espalhadas pelas redes sociais, pelo gabinete do ódio e outros, a cada dez palavras do grande líder, mais da metade são mentiras, distorções da realidade ou negação da ciência, teve como mentor Steve Bannon, responsável pela eleição de Donald Trump;

Ideologia do grande líder: pode mudar a qualquer momento, cada dia é um torpedo, reproduzem ideias como golpe de estado, fechamento das instituições democráticas, elogio da ditadura de 1964, a favor da tortura e outras temeridades;

Indicados para tribunais superiores: ver ministro;

Ministério da Saúde: local onde assumem personagens que reproduzem o discurso da presidência da república, com medidas anticientíficas, contra o lockdown (isolamento social) e a favor do tratamento precoce, com remédios que não resolvem rigorosamente nada, ao contrário, podem matar o paciente;

Ministra da mulher, da família e dos direitos humanos: com pautas ultraconservadores cuida de acabar com as políticas que dão nome à pasta;

Ministro das Relações Exteriores: cuida de acabar com o pouco que ainda resta na diplomacia brasileira com países estratégicos para o Brasil;

Ministro do Meio Ambiente: cuida em acabar com a biodiversidade da fauna e flora brasileira;

Ministro: pessoa que devem contar com o apoio de Olavo de Carvalho, que defendem pautas olavistas, tais como: terra plana, moralidade ultraconservadora, teorias conspiratórias malucas e, normalmente, apresentam currículos com mestrado ou doutorado, que nunca foram cursados, e devem seguir à risca as determinações do grande líder;

Presidencialismo de coalizão; termo jurídico que designa o toma-lá-dá-cá entre os poderes executivo e legislativo, ver centrão e congresso nacional;

Rede Globo, canais de televisão e jornalões: são os donos da opinião pública brasileira junto com as big techs (facebook, instagram, google, whatsaap e outras);

Suspeição judicial; ato que caracteriza a perda da parcialidade, com a orientação pelo juiz da produção das provas pela acusação, personagem que foi endeusado pela Rede Globo;

Tribunal Penal Internacional: tribunal que julga crimes contra a humanidades, é uma ameaça à governos negacionistas, tais como de Donald Trump, Bolsonaro, o presidente do Turquemenistão, e outros que fazem parte da aliança dos políticos avestruzes;

Vacina: palavra tabu no governo do grande líder, por ordem de Trump, não adquiriu em 2019 vacinas da China, da Rússia e outros países, o que atrasou em grandes proporções a vacinação do país, gerando novas cepas da pandemia e que segue discursando a favor da não obrigatoriedade do uso de máscaras, contra a vacinação, dentre outras medidas anticientíficas e catastróficas;

Venda de estatais: projeto neocolonial que visa a desindustrialização e a perda da soberania do país em setores estratégicos, financeiro, de recursos, para a tomada definitiva do poder econômico pelas corporações e a concretização da venda das principais riquezas, energia, jazidas, petróleo dentre outros.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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