Perdão foi feito pra gente pedir

LULA veta o perdão que o governo pediria neste 31 de março, aniversário do golpe de 1964, pelos crimes da ditadura militar. Por trás do veto está a gratidão de Lula aos militares de 2023, que não instalaram a ditadura de Jair Bolsonaro. Se o clima é do perdão reverso, de a vítima defender o culpado, Lula deve perdoar Sérgio Moro e o ministro Dias Toffoli, um que o prendeu, outro que não permitiu que saísse da prisão para o enterro do neto. No entanto, Lula, a metamorfose autodefinida, muda de pensamento, forma e figura conforme determinam seu interesse e sua conveniência.

E esperar que tenha a decência e a grandeza de explicar por que vetou o pedido de perdão, é inconcebível na moralidade dos políticos que vivem de chafurdar na lama da hipocrisia. Também exigiria, coragem, aquela que acusou faltar em Jair Bolsonaro para o autogolpe. Como Lula é mais Raul Seixas que Ataulfo Alves, preferiu não atirar a primeira pedra.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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