Bolsonaro pretende trazer Michelle para a campanha de reeleição. O objetivo é patriótico, como sempre: diminuir a rejeição do eleitorado feminino. Agora, depois de toda morte de crianças, pais e avós na indiferença de seu governo com a pandemia; agora, depois de uma história de vida marcada pela misoginia (a aversão espiritual ou física pela mulher).
Como sempre tem o cego que não vê quando seu guia rouba o dinheiro da esmola, tem gente que não só absolve como ignora os males de Bolsonaro. Males, leia-se, não erros. Porque tudo em Bolsonaro é não só intencional como premeditado. Michelle trará um batalhão de mulheres, as ‘Pistoleiras do Mito’, subcomandadas pelas combatentes Damares Alves e Sara Winter, as mais sanguinárias.
Será briga boa, porque Lula também tem seu exército feminino, que ele próprio batizou de “Companheiras do Grelo Duro”. As comandantes, ora, começam com Gleisi Hoffmann, que conquistou a patente no campo de batalha. Como candidato debate com candidato, primeira dama enfrenta primeira dama: Michelle terá que debater com Janja. De tão boa, essa briga exigirá um terceiro turno das eleições.
Sobre Solda
Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido
não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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Rogério Distéfano - O Insulto Diário e marcada com a tag
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