PEDRO GUIMARÃES transformou a Caixa Econômica em caixa de pandora. Um parêntese: caixa de Pandora é originariamente conhecida como boceta de Pandora, que, aberta, deixa escapar os males do mundo. Pandora foi a primeira mulher, pela mitologia grega, arquétipo da Eva bíblica. Bocetas também eram chamadas as bolsas de guardar fumo para cachimbo ou cigarro de enrolar. Caixa, boceta – boucette, do francês medieval -, males ou fumo, tudo converge para a Caixa Econômica na gestão do priápico Guimarães.
Outro parêntese: priápico vem de Príapo, o deus grego da fertilidade, representado por um pênis ereto, túrgido e gigante. Príapo também converge para a Caixa Econômica de Pedro ‘Príapo’ Guimarães, o presidente com membro independente, que se agita ao avistar qualquer mulher. Agora que a CEF abriu a boceta de pandora, os males de Pedro Príapo afloram, pois que ele trocou a gestão da poupança pelo ataque à poupança das funcionárias. Mas o assédio não teria começado com Pedro Príapo.
Parece exagerado dizer que Pedro é o epifenômeno Bolsonaro do vício, do abuso e do assédio. Pedro não inventou, apenas desenvolveu e ampliou a sacanagem, genérica ou específica em todos os níveis e lados no atual governo. O banco terá de instalar monitores de encoxamento em corredores, elevadores, bastidores, etc. Com regras estritas para os diretores tarados e funcionárias oferecidas – porque na concepção moralista do regime Bolsonaro a culpa do assédio é das minissaias, do rebolado e das pernas cruzadas.