Primeiro relato de Copa.

Chegou a ser divulgado pelas autoridades que o palco dos Stones ficaria a 100 metros da platéia, quer dizer, na melhor das hipóteses seria melhor assistir pela televisão. Mas depois veio o desmentido e o gabarito diminuiu para 70 metros. Menos mal 30 metros. Hoje, quinta-feira, um amigo de BH que desceu no Galeão informou pelo telefone: “Copacabana está cheia de cabeludos. Parece que vai haver um Woodstock na cidade.”

Os mais cabeludos ainda gritam para a burguesia: gime shelter! Camisas e bandeiras com a língua vermelha junto ao nome ROLLING STONES ocupam os espaços antes pertencentes ao Flamengo, Vasco etc. Sem parâmetros: 2 milhões de pessoas são esperados. Sem guia de sobrevivência. Muito incenso na rapaziada para tudo correr direito. Drogas sem cheiro são perigosas – mas a maresia medicinal pode dar cadeia. Birita alucina e transtorna: é a pior droga. Todo cuidado é pouco. No palco, um exemplo de longevidade onde se equilibram a formiga e a cigarra.

(Já repararam que o Charlie Watts não transpira na camisa? Tocando bateria. Uma sabedoria tal que só os dedos se flexionam… provando que não adianta espernear ou vociferar com as baquetas.)

Toninho Vaz

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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