Procurador defende liberdade do pensamento discordante

Cada vez mais assíduo nas declarações públicas em defesa das investigações do Ministério Público no combate à corrupção, o procurador federal Luiz Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, lembrou, no Facebook, que o juiz da Suprema Corte Americana, Oliver Wendell Holmes, “poderia ensinar muito por aqui”.

E o cita: “Se há um princípio constitucional que seja de mais imperativo cumprimento que os demais, é o princípio de liberdade de pensamento, não o de liberdade de pensamento com aqueles que nós concordamos, mas a liberdade do pensamento que detestamos.”

O procurador Santos Lima sabe que, sem a liberdade de imprensa, uma operação do porte e da importância da Lava Jato não vingaria no Brasil. E nem seria defendida com tanta veemência pela população.

Por tudo isso, a conclusão é que o procurador Santos Lima condena, com veemência, toda e qualquer ação contra a liberdade de imprensa – e, principalmente, processos contra jornalistas que cumprem o dever de cobrar das autoridades os procedimentos pelos quais são responsáveis.

Como diz o próprio juiz Holmes, citado por Santos Lima, o princípio constitucional mais imperativo “é a liberdade do pensamento que detestamos”.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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