Propaganda enganosa

SABE ESSES sites com chamadas marotas, tipo “o prefeito perdeu vinte arrobas na língua”? Você entra e começa a clicar no “seguinte”. Uma página, duas, três, chega a vinte e não é nada daquilo; lá no fim a propaganda enganosa e safada.

Ainda que escolado, cai numa dessas novamente, sobre a mulher que fazia xixi quando ria. Bem casada, o marido compreensivo até ajudava, mas tinha um problema: o cara era engraçado, de cada três palavras, uma era piada. Não havia meio de segurar o pândego.

Não havia calcinha que chegasse, o jeans mijado sempre no estilo hípico, a elipse recortada entre as coxas. Deu de culpar o gato pelo bodum da casa. A melhor amiga, cretina e irresponsável como as melhores amigas, sugeriu que largasse o marido risadeiro-mijaneiro.

Não largou, estavam nas bodas de prata das risadas. No fim do anúncio, doze dobras do site, o remédio, um preparado de frutas cítricas. O depoimento de Márcia, a senhora mijona, diz que a coisa funcionou. E que o marido anda azedo, mais até que o remédio…

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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