Não acham que qualquer outro livro seja sagrado se foi escrito por um simples mortal, mesmo que seja filho de Deus. Se foi esse Deus que deu o dom de escrever aos homens, por que os seus produtos não devem ser lidos? Por que o homem se corrompeu? Ah, mas sua alma geme em poemas lânguidos de paz! Não importa. Só se deve aceitar as palavras sagradas torrencialmente derramadas em metáforas, salmos, preceitos e mandamentos. Mesmo sabendo que a Bíblia é ‘uma coleção de velhos documentos’, não se deve deixar de acatar as ordens da Igreja – ler e acreditar na palavra de Deus e só. Já temos tão poucos leitores que de vontade própria compram livros… e ainda aparece um concorrente que se intitula ‘livro dos livros’ para pôr as livrarias em sério risco de morte. Além dos gráficos, dos editores, dos fabricantes de papel… todos indo à falência. Pode-se aprender muito com a Bíblia.
Mas a maioria dos preceitos morais está levemente ofuscada pelas tendências da sociedade. Pôr num relâmpago a ira de Deus, numa mulher bonita a tentação do Diabo, na escolha sexual a maldição dos infernos… é não ter noção da realidade. Porém, todos os que vejo lendo a Bíblia acatam tudo isso como descaminhos para o Céu. Não existe nem nunca existirá uma edição revisada e aumentada ou diminuída da Bíblia. A Igreja nunca chegaria a um consenso, pois diz que ninguém sabe o que se passa na mente de Deus. Será que a Bíblia ainda é o livro preferido do autor?
Rui Werneck de Capistrano não é bobo nem nada