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O procurador da força-tarefa da Lava-Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima, criticou a declaração do novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, que colocou em dúvida se “uma única mala” seria o suficiente para determinar se houve ou não crime. Em um post nas redes sociais, Lima ironizou: “Uma pergunta: quantas malas de dinheiro são suficientes para o novo diretor-geral da Polícia Federal?”.
Em entrevista coletiva após sua posse no principal cargo da Polícia Federal, Segovia prometeu que Temer continuará sendo investigado e que seus inquéritos terão celeridade. Segovia questionou as conclusões das investigações da JBS pela Procuradoria-Geral da República. De acordo com Segovia, se dependesse da PF, a averiguação não teria sido finalizada em um prazo tão curto.
— Talvez uma única mala não desse toda a materialidade para apontar se houve ou não crime, e quais são os partícipes. Isso poderia ter sido respondido se a investigação tivesse mais tempo. E quem colocou esse prazo foi o Ministério Público Federal. E também seria esclarecido por que Joesley (Batista, dono da JBS) sabia quando iria acontecer (a divulgação da delação) para ganhar milhões no mercado de capitais — disse Segovia.
Ontem, o procurador já havia criticado Segovia. Segundo Lima, a opinião do novo diretor-geral seria desnecessária e irrelevante.
“Sua opinião pessoal é totalmente desnecessária e sem relevância, ainda mais quando dada em plena coletiva após a posse que lhe foi dada pelo próprio denunciado”, escreveu. O Globo