A média de investimento com dinheiro público (Fundo Eleitoral) para os trinta deputados federais eleitos no Paraná foi de R$2.192.056,23(Dois milhões, cento e noventa e dois mil, cinquenta e seis reais e vinte e três centavos) para cada eleito.
A média do custo por eleitoral foi de R$17,90 (dezessete reais noventa centavos) por voto, nesse total dos trinta vencedores. O gasto global de todas as campanhas vitoriosas foi de R$65.761.686,96.
O voto mais caro, proporcional ao dinheiro investido na campanha, foi de R$47,30 por voto recebido e o mais barato em R$5,76.
Figuras notórias com ampla exposição diante de entrevistas e fatos políticos da operação lava-jato e da pandemia ainda sim precisaram de alto investimento nas suas campanhas.
Nenhum candidato contou com um fenômeno da popularidade que pudesse suplantar a necessidade de investimentos superiores a oitocentos mil reais (a campanha mais barata).
A campanha mais cara foi de mais de 3 milhões de reais.Não se considere ainda a média do tempo de televisão que também teve um elemento fixador da imagem do candidato(a) nem as dobradinhas com o governo do estado e seu apoio logístico, com outros candidatos a deputado estadual e o trabalho decisivo de prefeitos e vereadores como cabos eleitorais nos grotões, interior do Estado e na capital.
O grande vencedor das eleições foi o bloco Centrão, com Valdemar Costa Neto (PL), que receberá anualmente, para seu partido, cerca de 1 bilhão de reais no butim da partilha do fundão.
Um elemento decisivo, mas pouco considerado nesse pleito, foi o orçamento secreto (Secretão), que movimentou 16 bilhões neste ano eleitoral e 3 bilhões em emendas pix, farto volume de dinheiro, que foi completamente ignorado pelas instituições.
Essa distribuição bilionária favoreceu em grande monta os atuais deputados federais e senadores que irrigaram suas bases eleitorais e pleiteavam reeleição.
O fundo eleitoral foi partilhado pelos caciques políticos dentro dos partidos e assim garantiram-se somas vultosas às cúpulas.
Figuras conhecidas da elite paranaense fizeram régias doações para reforço nestes caixas eleitorais, sem contar os apoios que foram costurados para a próxima legislatura quanto às propostas de privatizações e, principalmente, a pauta dos costumes de espectro ultraconservador.
Registre-se que as religiões neopentecostais tiveram a sua expressão de apoio para diversos candidatos muito bem votados e eleitos no pleito federal e estadual.
Saíram fortalecidas as bancadas do agronegócio e da bíblia, com pouca expressão para a bancada da bala, que verdade seja dita, não ficou sem legislatura.
Não houve renovação considerando que alguns veteranos não se elegeram, mas retornaram figuras que já exerceram mandados anteriormente e urdiram sua volta nessa rodada.