Fontes que participam da disputa afirmaram que Favreto, não pode entrar na lista tríplice que será votada pelo STJ, pois sua nomeação seria certa. O receio é fundamentado na sua proximidade com o PT.
Além de ter sido o responsável pela decisão solitária que soltou Lula quando a Lava Jato ainda mandava no Brasil, ele integrou a equipe de Tarso Genro no Ministério da Justiça.
Apesar de o caminho de Favreto no Planalto parecer fácil, figurar na lista do STJ será uma tarefa árdua. Vários magistrados têm ótimas relações no Judiciário. Ney Bello é um deles. O mais uma vez candidato a ministro tem o apoio de Gilmar Mendes, Flávio Dino e Reynaldo da Fonseca.
Os ministros do STF são aliados antigos de Bello; Dino, inclusive, desde a adolescência. A ligação com Fonseca se dá por aliados em comum na terra natal, o Maranhão – o ministro do STJ é tio do desembargador do TRF1 Gustavo Amorim.
O local de nascimento também ajuda Carlos Brandão, também do TRF1. Piauiense, atrai a simpatia de Kassio Nunes Marques, Wellington Dias e Marcus Vinicius Furtado Coêlho, da OAB. Fora do Piauí, o desembargador do TRF1 é muito querido por Dias Toffoli.
Ainda no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Marcos Augusto de Sousa, atual vice-presidente da corte tem bastante força. O mesmo vale para sua colega de tribunal, Daniele Maranhão. A corte tem bastante capilaridade política no Judiciário por ter a maior abrangência (13 estados).
Aloisio Mendes, do TRF2, conta com o apoio de Luiz Fux mais uma vez. O desembargador disputou a vaga anterior destinada à magistratura federal, em 2023. Mas foi preterido por seu colega Messod Azulay. O acordo que o excluiu do jogo envolveu os grupos de outros ministros vindos do Rio, como Luís Felipe Salomão e Luís Roberto Barroso.
O TRF3 aposta em Marisa Santos, ex-presidente da corte responsável por processos federais em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Seis ministros do STJ são paulistas.
Pelo TRF5 na disputa está Rogério Fialho. Foi apadrinhado no STJ por Gurgel de Faria e Ribeiro Dantas, ambos egressos do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
A candidata do TRF6 é a presidente da corte, Mônica Sifuentes, que conta com o apoio de João Otávio de Noronha. O ministro do STJ um dos padrinhos da criação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região. Quando vota?
O fim do prazo de inscrição para a disputa também motiva as especulações sobre a data em que a escolha será feita. Espera-se que a votação ocorra entre a segunda metade de junho e o começo de agosto, por conta do recesso judicial em julho.
Candidatos com pouca chance na disputa confessam que torcem para votação ser marcada para agosto. Apostam no maior tempo de campanha para virar votos.