Rá!

Uso o computador todos os dias, por isso posso garantir: boa parte do que circula no território livre da Internet é besteira. O que circula no território proibido também não é grande coisa. Mas dia desses recebi um apanhado de bobagens cometidas por meus pares, gente que escreve em jornal. Estou mostrando ao leitor, para ninguém dizer que pego no pé apenas de políticos e de autoridades. Selecionei aqui uma dúzia de escorregadelas insensatas ou curiosas de repórteres, redatores e mancheteiros. Divirtam-se:

1. A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano.
2. Apesar da meteorologia estar em greve, o tempo esfriou ontem intensamente.
3. No corredor do hospital psiquiátrico, os doentes corriam como loucos.
4. A vítima foi estrangulada a golpes de facão.
5. Ela contraiu a doença na época em que ainda estava viva.
6. Parece que ela foi morta pelo assassino.
7. A polícia e a Justiça são as duas mãos de um mesmo braço.
8. O acidente foi no tristemente célebre Retângulo das Bermudas.
9. Quatro hectares de trigo foram queimados. A princípio, trata-se de um incêndio.
10. O velho reformado, antes de apertar o pescoço da mulher até a morte, se suicidou.
11. Na chegada da polícia, o cadáver se encontrava rigorosamente imóvel.
12. Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério, para a satisfação dos habitantes.

Pode ser que tudo isso seja mentira, mais uma invenção dessa gente que anda inventando coisas na Internet. O que não diminui, em absoluto, a graça e o nonsense dos textos.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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