Reinan

renanjosecruzabr© JoseCruz|ABr

Renan Calheiros reclama que seu afastamento – liminar do ministro Marco Aurélio, STF – foi ação contra o Senado. Pode ser, assim como as ações de Renan – e do Senado também – são contra o Brasil. A política é ambiente esquizofrênico: a realidade lá é bem outra, diferente da que vemos aqui embaixo. Opinião pública, escândalos de corrupção que levam a condenações nos estritos termos da lei, líderes envolvidos até a alma em esquemas até infantis, nada disso os atinge – e às suas tão sensíveis instituições, como o Senado de Renan, a Câmara de Eduardo Cunha, a presidência de Lula/Dilma. É que no Brasil o poder tem dono. E não somos nós.

Quando os mecanismos constitucionais do impeachment, da sentença e das liminares são acionados contra eles, os políticos decretam que as instituições foram atingidas. Renan e parceiros têm-se por ungidos, acima do bem e do mal. Quando sob risco reencarnam-se como reis absolutistas, dos que diziam “o Estado sou eu”. Se a liminar do ministro Marco Aurélio que afastou Renan Calheiros foi “contra o Senado”, não há outra conclusão: o Senado é Renan, um só corpo, uma só pessoa. Isso é mais verdade do que dizem as palavras. Apenas o ‘pequeno’ detalhe: o absolutismo acabou na Idade Média. E no Brasil, Renan acredita ser rei. Até recuo em contrário (assim mesmo) ele será. Rogério Distéfano

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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