Liderado por Renan Calheiros (MDB-AL), mas não apenas, o grupo está certo de que pode convencer o presidente Lula de que entregar o banco público a novos aliados será não apenas um desprestígio para com os aliados de primeira hora, como atrapalhará o próprio governo.
A Caixa é considerada estratégica. O banco é responsável por financiar políticas públicas das mais diversas, desde projetos de infraestrutura até a habitação popular, como o Minha Casa Minha Vida. É um poder que muitos aliados antigos não têm.
Outro ponto é que o banco atua muito próximo dos ministérios das Cidades e dos Transportes, ocupados pelo MDB. A avaliação é que, se o banco for para o PP de Arthur Lira, vai haver ruído no andamento das políticas públicas. Tradução: o PP de Lira sabotaria os ministérios, um deles ocupado pelo filho de Renan.
Renan Calheiros e Lira são adversários figadais em Alagoas. E, com o argumento, os petistas do Senado levaram a preocupação ao ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e pretendem levar também a Lula.