Do Goela de Ouro
O habeas-corpus conseguido pelos advogados do ex-governador Beto Richa no Tribunal de Justiça do Paraná, que o tiraram da terceira prisão, depois de 17 dias, começou a ser questionado nos bastidores a partir do resultado apertado da decisão dos desembargadores: 2 a 1. O relator, desembargador José Maurício, foi voto vencido na sua tese de manutenção da prisão ocorrida no âmbito da Operação Quadro Negro. Quem conhece o intrincado relacionamento e influência familiar entre os poderes na capital paranaense desconfia que a relação próxima do Legislativo e do próprio Executivo, além da Ministério Público, no caso do posicionamento do representante contra a ação do próprio MP, podem ter pesado no resultado. O novo relator da Quadro Negro será o desembargador Francisco Rabello Filho porque, por ser voto vencido, uma norma do Regimento Interno do TJ, cuja constitucionalidade é contestada, tirou o caso das mãos de José Maurício. Uma varredura em cargos comissionados no Executivo foi feita para encontrar parentes diretos dos protagonistas no julgamento. Deu positivo.