A definição prematura dos seres simples é de que brincar é sinônimo de alegria espontânea, a manifestação da alma, a mais pura essência do ser humano sendo plenamente humano. Após as falas práticas, especialistas teóricos, entre psicólogos e filósofos confirmam as palavras das pessoas simplórias, que a priori, nada têm a oferecer a não ser suas vidas e sentimentos. O “deixar viver” faz parte da matemática inexata que rege a existência, como condição natura, irremediável e prazerosa do que forma o ideário do sujeito comum.
A criança vive pelo impulso, sua tensão e tesão está na pesquisa do mundo, o olhar criativo tem a ver com o ato de brincar, da unidade do homem com a natureza, perdido logo após a puberdade, na maioria das vezes. Sentir, querer, viver além das necessidades puramente obrigatórias. A criança viver sem qualquer discurso recalcante, que tende a driblar os aspectos comerciais, claro, quando se consegue evitar ser alvo da publicidade, com o capitalismo predatório sendo implantado desde cedo, que entre outros aspectos, visa matar o nível elementar da criação feito pelos infantes.
O costume educacional de cercear as brincadeiras naturais restringe a criatividade e até a felicidade futura do pequeno ser humano, ao menos de acordo com os depoentes, que visam com suas palavras e testemunhos, valorizar mais esse exercício, permitindo aos pequenos ter contato com a natureza de ser quem ela é, constituindo uma revolução comportamental, que ajudaria a formar uma sociedade um pouco mais otimista, em uma dimensão humana que não deixa de ser realista por jamais ter perdido contato com a veracidade do que é existir.
A vida adulta é comumente associado ao cativeiro, já que o brincar partia também do comum ato dos negros brasileiros, escravizados pelos brancos europeus. O ato de não dar vazão a pulsão da infância faz limitar a imaginação, o senso artístico e a vontade ser e fazer.
O retrato pintado por Cacau Rhoden é acima de tudo uma ode ao galhofar, aos gracejos que têm a sua base na fase inicial da vida, um milagre vivo, que deveria ser, segundo o documentarista e seus mentores – entrevistados – exemplo para todo o restante da vida e existência, onde as preocupações não sufocam o livre existir. Tarja Branca é um conjunto.