Rita Pavão, um ícone da dança moderna

Fotos de Alberto Melo Viana.

O acervo do setor de Preservação e Memória do Centro Cultural Teatro Guaíra está mais rico. O motivo são 12 reproduções recebidas pelo teatro da bailarina e coreógrafa curitibana Rita Pavão. Falecida em 2006, a bailarina foi referência na dança moderna e responsável pela coreografia de diversos espetáculos de dança para o Teatro Guaíra. Tais como C.B. on the rock e Let it be.
Provenientes de uma exposição feita em homenagem a ela -em abril desse ano -, as fotos são grandes ampliações de imagens, com dimensões de 1,5 metro por 50 centímetros, produzidas por profissionais que acompanharam Rita nos palcos e também em momentos descontraídos com seus amigos e seu grupo de dança. O material foi doado pelo fotógrafo Reginaldo Fernandes e é composto de reproduções de imagens feitas por alguns dos fotógrafos mais conhecidos do Paraná. Como, por exemplo, Alberto Viana, Júlio Covello, Karin van der Broock, Luciana Petrelli e até mesmo Reginaldo Fernandes.
Para o assessor de comunicação do Teatro Guaíra, Cesar da Fonseca, o material recebido pelo teatro é de extrema importância para todo o Estado. “Rita foi pioneira na dança moderna. Quando abriu seu estúdio, na década de 80, não existiam escolas de dança desse estilo em Curitiba. Por isso, todo o material que recebemos será importante para construirmos um grande registro da atuação da bailarina no Estado que poderá ser utilizado, inclusive, como fonte de pesquisa para o público e por aqueles que quiserem conhecer a história dela. Trata-se de um material muito valioso e que não poderia ser descartado em qualquer lugar, como normalmente acontece após o término de exposições”, conta.
Atualmente, o acervo está sendo catalogado pela equipe do Teatro Guaíra e poderá, futuramente, servir de conteúdo para exposições sobre a vida da bailarina.

Trajetória

Aos 28 anos de idade, a bailarina abriu o Studio Rita Pavão, criado em 1981, foi uma das academias mais conhecidas de Curitiba em função das novidades que apresentava em dança e pela frequência de alunos de classes menos influentes.
Já em 1982, montou um grupo que reuniu não só bailarinos, mas também atores, músicos, cantores e artistas plásticos. Era a União de Artistas Independentes Contemporâneos (Uaic), que tinha em suas atividades a realização de pesquisa e dança para o teatro experimental.
Nos últimos anos de sua vida, aos 53 anos de idade, a bailarina atuava num trabalho teatral e coreográfico no Espaço Cultural Glasser e dividia o seu tempo entre Curitiba e São Paulo, onde estudava.

Leonardo Coleto, Almanaque, O Estado do Paraná.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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