Omissão papal – O papa Francisco canonizou o arcebispo Óscar Romero, de El Salvador, e o papa Paulo VI. Imperdoável ter-se omitido na canonização de Lula, ainda que em vida.

Céu escuro, inferno luminoso Merece respeito e reverência pela história de vida, vida que se confunde com a História. Repete sua história da História, que ouço educadamente tantas vezes, tanto por educação como para conferir se não é reescrita. Segue com as mesmas, a história e a História – uma e outra com o viés do interesse, compreensível, tolerável e perdoável. Na vida e na arte, são assim todas, história e História.

Experiência única, privilégio, o seu convívio. Gera admiração, não adesão cega e irrestrita, materiais para os tolos e os mal intencionados. Agora deixa perplexos os admiradores: deu de apoiar Jair Bolsonaro, nada mais contrário às suas  histórias. Viveu e sofreu o mal que o candidato evoca, por si, pelo que fala, pelo que propõe, pelos que representa e pelos que vêm com ele.

O apoio seria plausível fosse o argumento forte, mais forte que o sofrimento que o saudosismo que o candidato encarna. Diz apenas que nesta altura o importante é derrotar o outro – que no confronto objetivo não é ameaça real. Direitos de quem fala e vota, sagrados e invioláveis. Porém o argumento não honra quem o expressa. Lembra a música sobre os moços que deixam o céu por ser escuro e vão ao inferno à procura de luz.

Fedor fatal – Chamada no Uol: “Fedor nocauteia Sonnen”. Primeiro, o susto. Depois fica-se sabendo que era a luta entre Fedor Emelianenko e Chael Sonnen. Por que não escrevem direito?

Não vale a pena ver de novo – A autossuficiência, a arrogância e a vaidade dos eleitos e suas equipes. Histórias requentadas, cujo fim trágico antecipamos os que as vivemos tantas vezes. Mudam atores e diretores como nos filmes de Hollywood, que se repetem nos remakes. Sempre os canastrões, nenhum talento.

Não vale a pena ver de novo. No entanto, a gente insiste e assiste. Depois, a inevitável dor de cabeça. E o arrependimento, logo esquecido. O que fazer quando só há dois filmes em cartaz, velhos e datados, ambos ruins? Não há canais por assinatura na cidadania.

Os três furos de Temer – A penúltima foi a tomada de três furos que Dilma nos impôs. Alguém, que não somos nós, leva vantagem: os políticos que ganham dinheiro das empresas que fornecem. Agora são as placas do Mercosul, os proprietários de veículos a gastar dinheiro com os números que permitem a circulação nos países do tratado aduaneiro. Tirando os caminhões, já escasseando com as crises crônicas das economias da área, quem viaja para o Paraguai, a Argentina, o Uruguai e outros?

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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