Escudos & espadas – O vice-presidente diz que é “o escudo e a espada de Jair Bolsonaro”. Esse patoá de quartel começa a incomodar. Ou o general Hamilton Mourão sonhou com o general Walter Pires, o ministro do Exército, a quem o presidente João Figueiredo prometia recorrer caso as coisas ficassem complicadas.
Nunca chamou. O general Figueiredo também ameaçou com o “prendo e arrebento” os radicais militares que armassem confusão em seu governo. Eles armaram – atentado ao Riocentro, carta-bomba à OAB e explosão de bancas de jornais. Nunca prendeu. Foi ele que se arrebentou. Pediu que os brasileiros o esquecessem.
Disrupção, de volta ao atraso – Pois é, os médicos cubanos não serviram. Eram escravos, jogada do PT para financiar Cuba. Podiam ser tudo isso. Mas vieram a lugares remotos, sem estrutura, de difícil acesso e de vida difícil, que os médicos brasileiros recusavam – e há indicações de que continuam recusando.
Em suma, os médicos cubanos funcionavam, não eram comodistas e ambiciosos como os brasileiros diante da perspectiva de exercer a profissão sob precariedade. A incontinência verbal do presidente eleito deixou sem médicos populações que nunca tiveram tratamento de saúde.
É a disrupção, como diz o novo ministro da privatização no bolodório empolado sobre a inovação que quebra as rotinas. A saída dos cubanos foi disruptiva ao quebrar a rotina do atendimento a populações carentes e remotas. Disrupção, o avanço bolsonárico, o desmanche sem alternativa.