Salve-se quem puder – O Congresso Nacional prepara seu Black Friday com projetos de lei de fim de legislatura para beneficiar parlamentares que não conseguiram se reeleger.

E há o mais pernicioso deles, o de alteração da lei das execuções penais, que beneficia políticos e parlamentares processados em crimes de corrupção, Lava Jato incluída.

Entre estes, com interesse na matéria, está Rodrigo Maia, presidente da Câmara, que negocia sua volta à função tendo como moeda de troca o agendamento da discussão.

Também beneficiário Michel Temer, com poder de sancionar a lei. O presidente, na falta de um salva-vidas de última hora, pode descer a rampa do Planalto direto para a prisão preventiva.

Um afago na nostalgia – O governo Bolsonaro já tem quatro ministros militares, três generais e um tenente-coronel. Com o presidente e o vice, outro general, serão seis milicos em postos-chaves. Tem muito general sobrando, na reserva.

Centrão e partidos não gostam que o presidente nomeie sem os consultar, minando o presidencialismo de coalizão. Por isso o ideal é que todos os ministros sejam militares. Eles e o primeiro escalão dos respectivos ministérios.

O messias Jair – e vice-versa – não foi eleito para restaurar o autoritarismo? Pode até não vir a ditadura com os militares de Bolsonaro. Mas os militares no governo dão sossego aos nostálgicos de 1964.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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