Luz e empate – Bolsonaro e Haddad empatados tecnicamente. Faz sentido. Um navega na nostalgia da ditadura, outro na nostalgia de Lula. Só uma diferença: Bolsonaro, que não é poste, tem luz própria; o poste Haddad é alimentado pelo gerador de Lula.
O tiozinho do PSoL – In su por tá vel – tem que escandir para definir o debate entre os candidatos a governador. Não deu para aguentar até o final do primeiro segmento. Os candidatos apostam na estupidez de quem assiste como fazem com a estupidez de quem vota.
Na apresentação dizem para o quê pretendem governar o Paraná. Pergunta cretina, com perdão aos formuladores da produção. Vão dizer o quê? Aquele besteirol messiânico, sem objetividade e nada factível. Debate morno, ninguém sabe de quem vai precisar no segundo turno.
As estocadas, entre o pueril e o tolo. Como aquela de Ratinho Júnior dizer que o Paraná esteve na mão de dinastias nos últimos trinta anos. Logo ele, o delfim da dinastia que se inicia, diante da governadora Cida Borghetti, que inicia a sua e da qual Ratinho participou.
Foi essa a resposta que recebeu de João Arruda, sobrinho-nepote do chefe da outra dinastia. Não paga a pena analisar os candidatos um a um a não ser para apontar o melhor: Piva, o tiozinho do PSoL, que foi objetivo, claro e agressivo na medida durante a parte que consegui assistir.
Em não pequena medida abandonei o debate em solidariedade e alguma pena da governadora. Ela respondia às questões no estilo aluno-que-enche-linguiça: iniciava dizendo que tudo era importante, fundamental, como se exercer o mandato de governador fosse uma brincadeira de criança.
A menos que lá no subconsciente viesse-lhe a imagem de Beto Richa, o governador que recebeu e exerceu o governo como um presente do pai. Não sei quanto ao eleitor que me lê, mas o debate só serviu para reforçar a candidatura do PVN, partido do voto nulo.