Má companhia – O ministério público impugna a candidatura de Cida Borghetti: seu governo estaria favorecendo a candidatura de Beto Richa ao Senado. Embora cite a mãe em todos os debates, Cida esqueceu o primeiro conselho de qualquer mãe: evite as más companhias. Agora é tarde. Quem abraça o náufrago morre afogado.
Tira o bigode – O senador Romero Jucá (MDB/RR) deixou a liderança do governo Temer por discordar da política quanto aos refugiados venezuelanos em Roraima. Seu gesto seria mais eloquente se cortasse o bigode. Porque Jucá e seu bigode foram líderes em todos os governos desde a presidência José Sarney.
Um novo exército para Lula – O PT atingiu mais um patamar em sua constante evolução. Foi esquerdista, vergado e entumescido nas intenções de mudança. Com isso sacrificou quatro eleições de seu líder. Adaptou-se ao meio e passou a eleger o presidente da República. Elegeu duas vezes. Na primeira eleição alugou partidos políticos para ajudá-lo a governar. Foi o mensalão.
Na segunda eleição entregou fatias do governo para os partidos que antes alugara, incluída a Petrobras, joia da coroa. Graças ao modelo do petrolão, o líder elegeu um poste. Duas vezes, até que os locatários do poder derrubaram o poste e assumiram o governo. Veio a desgraça e o líder foi preso, condenado – mas jamais morto e sepultado como o outro Messias.
Sempre inventivo, o PT agora adota o híbrido norte-americano/russo da mobilização eleitoral fake pela internet. Ela se origina do Piauí, montada por deputado de Minas e operada em benefício de Gleisi Hoffmann e do candidato a governador de São Paulo. Não tem tecnologia pós-soviética porque o PT traz a originária, estalinista, no DNA.
Mas pode trazer o benefício como o da eleição de Donald Trump. Louve-se o PT, que chega a esta altura da maioridade com o mesmo nome, pleno de seguidores cegos e fanáticos, sendo o mesmo partido e – algo que nem o velho Partido Comunista conseguiu – nas mãos do mesmo líder. E mais um exército, junto ao do Stédile, o exército hacker.