Maldade bíblica

O ministro da educação  Abrão Vaintroba, em transliteração para o presidente pronunciar – pediu a interdição do pai. Ele e o irmão, também na tropa do  Capitão. Porque o pai era esquerdista – ainda é, felizmente continua vivo e na esquerda. A juíza mandou o pedido para o arquivo, disse que o pai estava com as ideias no lugar.

Quanto aos filhos, nada disse, não puxou as orelhas dos dois nem condenou a pagar honorários altos. Mas é só ir ao Velho Testamento para ver a quantidade de filhos como os jovens Vaintroba. Se o MP funcionasse neste país teria feito a interdição do bingolim do velho Vaintroba, lá atrás, no tempo em que ele produzia os dois olavelhos.

No mundo da lua

Queremos uma garotada que comece a não se interessar por política. [Prefiro alunos que aprendam] coisas que possam levá-los ao espaço no futuro.

Palavras do capitão-de-mato na posse do ministro da Educação. Ele deve ter pensado nos filhos, que começaram a se interessar por política e viraram esse terror que conhecemos. Quanto a mandar a garotada ao espaço, primeiro tem que conseguir espaço no espaço para os imigrantes ilegais brasileiros, essa gente que – como diz o filho Zero Três – envergonha o Brasil. Nosso capitão, sem dúvida, vive no mundo da lua.

As togas estão limpas

O Senado enterrou ontem a CPI da Lava Toga. Ainda bem. Se a coisa vai até o fim os magistrados iriam criar o auxílio-lavanderia. Já imaginou pagar 200 mil contas de lavanderia por semana, mais o alfaiate para as togas sobressalentes?

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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