Pino a mais, pino a menos

O PRESIDENTE QUER ACABAR com a tomada dos três pinos. Qual é o problema, o pino a mais de Dilma Roussef ou o pino a menos de Jair Bolsonaro? Não resolve o anterior e cria o mesmo, replicado. Cidadãos, comércio e indústria terão despesas para se adaptar ao pino a menos como tiveram antes com o pino a mais.

Extinguir a tomada significa destruir o passado a pretexto de construir o presente. Porque o futuro não é, como seria desejável. Melhora alguma advirá. Coisa pequena, de político menor, que, já eleito, leva um mandato em campanha para derrotar o antigo antecessor. Algo com o ódio que responde ao amor recalcado.

Lembra o caso emblemático do Paraná, quando Roberto Requião assumiu o governo e uma de suas primeiras medidas foi mudar o nome do museu construído em fim de governo por Jaime Lerner, seu antecessor e nêmesis desde a juventude. O pino e o museu são atos mais freudianos que maquiavélicos.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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