Em 1675, por ordem de Carlos II, foi fundado o Observatório Real de Greenvich. O rei estava interessado em fazer um novo catálogo das estrelas para seu próprio deleite e distração dos navegantes, sempre intrépidos, na solidão dos mares. O edifício foi projetado por Sir Christopher Wren e ficou porreta. Mas, não se sabe se as estrelas estavam muito esquivas — com seus famigerados óculos escuros — ou se o astrônomo oficial, o Rev.º John Flamsteed não se sentia muito à vontade na presença dos corpos sensuais das modelos. Ele era observador experiente e perfeccionista pertinaz, mas querendo retocar, sem photoshop, todos os defeitinhos da pele das estrelas e, com apenas um assistente, levou 29 anos no trabalho sem completar o catálogo.
Nessas alturas o rei já havia comprado centenas de Playboy para garantir as horas de sufoco nos reais banheiros. A publicação do catálogo foi feita assim mesmo, incompleta. Faltavam Madonna, Britney Spears e a beiçuda Angelina Joly na primeira página. Além de centenas e talvez milhares de outras anônimas, porém de primeira grandeza corporal, que, como forma de protesto, se refugiaram nos sites de sexo da internet, totalmente à vontade. O astrônomo oficial apoderou-se de 300 das 400 cópias feitas e queimou. Alguns pedaços chamuscados mostrando carnudas estrelas foram achados em alguns banheiros públicos da época.
O Rev.º morreu em 1719 sem ter conseguido catalogar a tal cantora que apareceu na capa de uma revista famosa, no palanque, mostrando os países baixos, com um falecido presidente do Brasil. Agora, olhando para os céus, a olho nu, podemos refrescar a memória erótica.
Sabia que o pobre Galileu morreu em 1642 e o papa proibiu que se construísse um monumento (tipo Carmen Zeta-Jones) sobre seu túmulo? Bem feito para o papa! Só demorou 50 anos e a teoria de que a Terra era estrela maior e centro do Universo caía completamente de moda. Aí, entrou na moda o fio dental e foi um show de celulite que dura até hoje, encobrindo o céu para observação das verdadeiras estrelas.