Um tática tem sido tentar postergar as diligências que os deputados que compõem a comissão pedem. A bancada de esquerda não tem votos suficientes – e nem força – para negociar quais visitas devem ser priorizadas. Há o temor de que a CPI seja estendida por mais 120 dias, totalizando oito meses de desgaste para o movimento.
Os deputados e o MST dizem que elegeram o relator da comissão, Ricardo Salles (PL-SP), como o inimigo número 1. Afirmam que há diálogo até com o presidente do colegiado, Coronel Zucco (Republicanos-RS), mas não com o ex-ministro do Meio Ambiente – que queria fazer da CPI um palco para alavancar a sua candidatura à prefeitura de São Paulo.
Em desvantagem, o movimento cobrou do governo uma atuação maior junto ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) – que, como mostrou o Bastidor, também tem exercido a sua influência na CPI.
O argumento é que as investigações não devem parar no movimento e podem chegar ao governo federal. Por enquanto, o Palácio do Planalto não interferiu.