A onda “Direita Volver” está jogando no mesmo saco do petismo militante todo brasileiro que exerça o mínimo senso crítico sobre qualquer ato, fato, nomeação, pronunciamento ou declaração do grupo que cerca o presidente eleito, Jair Bolsonaro. É um comportamento padrão que veio para ficar. E a reação já virou um mantra, quase um grito de guerra, ou de defesa, que ecoa no Brasil inteiro “Eu não sou petista!”.
Reunimos aqui, com certo cuidado, um pequeno glossário para esclarecer aos novos donos do poder que nem todo brasileiro é petista, assim como, na música de Maria Rita, nem toda brasileira é bunda. Trata-se de exercer o direito de criticar e opinar, hábito que foi estabelecido desde os anos Collor no Brasil, e que em democracias ocidentais é parte do jogo político. E também de gostar, ou não gostar, de músicas, artistas, personagens políticas e celebridades que povoam a imaginação de todos nós.
Pois bem, ninguém pode ser chamado de petista quando:
1) Gosta do Chico Buarque, do Caetano, do Gil e da Mãe Menininha
2) Tem no grupo de amigos, um gay e outro que passou na universidade por cota
3) Foi fã da Marta Suplicy na juventude (dela)
4) É católico, admira o Papa Francisco e o casal Obama
5) Não gosta do Ciro Gomes e desdenha a Marina Silva
6) Lê, todos os dias, a “Folha de São Paulo”
7) Defende o meio ambiente, os índios, os animais e os povos da floresta
8) Ainda lembra, muito de vez em quando, do refrão “Lula lá”
9) Não faria campanha pra santificar o juiz Sérgio Moro
10) Não sabe se chama um General de “General” ou V. Excia
11) Virou réu em algum processo de corrupção. Ex: Beto Richa
12) Viajou de avião, pela primeira vez, no governo Lula e
13) Votou no capitão Bolsonaro tremendo. De medo