No Paraguai, com 18% de rejeição presidente não pode nem renunciar

Afundado na má gestão e acusado de “vendedor do país”, o presidente do Paraguai, Horácio Cartes, chegou a 18% nas pesquisas, índice que o impediu até de renunciar ao cargo. Se o fizesse, poderia ocupar uma vaga no Senado com poder de voto, mas foi impedido pelo Congresso.

Ainda nesta semana assume Mário Abdo, da ala jovem do partido conservador. Comparada ao Brasil, a situação de Cortes leva a Michel Temer. Se o vice de Dilma Rousseff tivesse 18% nas pesquisas seria candidato à reeleição e faria tantos acordos e alianças que chegaria, fácil, ao segundo turno. Aqui, a autoridade, por mais rechaçada, não tem vergonha nem da rejeição.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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