A essa altura a singela cartinha, com adornos patrióticos, já evaporou do “story” da rapaziada. Sumiu do Instagram, mas ficará na memória como uma omissão histórica de personalidades que poderiam contribuir para esse momento triste do país. Nem um genérico reforço sobre a campanha de vacinação foi mencionado. Nada de viva o SUS. Um não-manifesto de um grupo que se diz coeso, porém se revelou anestesiado dos problemas de saúde pública.
“Quando nasce um brasileiro, nasce um torcedor”, diz a nota oficial. E quando morre quase meio milhão desses mesmos possíveis fãs da Seleção Brasileira? É só uma dúvida de quem leva em conta a influência de vocês para milhões de jovens que amam futebol e querem ficar vivos, apesar das autoridades crentes nas receitas do charlatanismo e na imunidade de rebanho.
A singela cartinha se revelou tão alienada quanto uma missiva que a dona Lúcia remeteu ao Felipão e ao Parreira depois do 7×1 da Copa de 2014. Quase plágio, em matéria de desligamento do mundo real. Até a crítica do grupo à Conmebol pareceu um cordial puxão de orelha de uma vovó nos seus netinhos.